A defesa de Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) nega a acusação do Ministério Público Federal, que enquadrou o ex-ministro em uma ação de improbidade administrativa por supostamente ter exercido pressão sobre o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, para conseguir a liberação de um empreendimento imobiliário na Ladeira da Barra. Na última quarta-feira (16), o MPF ingressou com a ação na Justiça alegando que Geddel queria que o ministro interviesse junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A intenção, segundo o Ministério Público Federal, ‘era conseguir um parecer técnico favorável a seus interesses pessoais’.
A defesa de Geddel afirma que ele jamais exerceu pressão "contra quem quer que fosse, muito menos em relação ao ex-Ministro da Cultura Marcelo Calero, para aprovação de empreendimento imobiliário na cidade do Salvador". "Chega a ser incoerente a acusação, até pela evidente impossibilidade de se exercer qualquer ingerência sobre alguém com mesma posição hierárquica no âmbito da Administração Pública", afirma o advogado Gamil Föppel.
Segundo o defensor, Geddel não formulou qualquer pedido para que o empreendimento imobiliário fosse aprovado. "Apenas e tão-somente, apontou-se para a necessidade de que fosse realizada análise técnica, para dirimir o conflito instalado no âmbito do IPHAN, mormente diante da autorização concedida pela superintendência regional na Bahia da referida autarquia federal para realização das obras", diz a defesa.
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