“Os acidentes de moto representam hoje o maior e mais grave problema de saúde pública do estado, tendo em vista os elevados custos econômicos e sociais, além da elevada taxa de ocupação de leitos hospitalares”, afirmou o secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, durante a abertura do 12º Congresso Brasileiro de Medicina de Tráfego, na noite desta quinta-feira (14), em Costa do Sauípe.
Hoje (15), às 17h, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, apresentará o impacto dos acidentes de trânsito no Sistema Único de Saúde (SUS) e amanhã (16), às 14h, o secretário da Saúde da Bahia será um dos palestrantes da temática “Como estamos lidando no país com os fatores de risco de acidentes apontados pela OMS – álcool, velocidade, cinto de segurança e cadeirinha e capacete”.
Apenas na Bahia, nos últimos 17 anos, foram registradas cerca de 35 mil mortes em acidentes de trânsito, o equivalente à população de cidades baianas como Cachoeira ou Riachão do Jacuípe. Deste total, 6.695 pessoas estavam dirigindo motos, enquanto 12.080 eram ocupantes de carros. “Se o número de óbitos assusta, o que dizer sobre os 300 motociclistas que se acidentam nos finais de semana em toda a Bahia, aumentando o número de casos de traumatismo craniano e toráxico?”, questiona Vilas-Boas.
Na avaliação do Secretário é preciso contribuições efetivas dos legisladores e especialistas em tráfego para reduzir essa epidemia. “Na Bahia, pretendemos incluir os acidentes de trânsito como doença de notificação compulsória pelas unidades de saúde, ampliar e descentralizar as blitz de alcoolemia, criar um plano de segurança viária e unir entidades governamentais e sociedade civil através de um aplicativo para dispositivos móveis que permita o georeferenciamento dos acidentes”, destaca o titular da pasta da Saúde da Bahia, ao revelar que está em curso a instalação de um Comitê Estadual de Prevenção dos Acidentes de Moto.
Ascom Sesab
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