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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

FESTAC ano II | "Auto da Barca de Camiri" abre festival dia 08 de dezembro na Praça do Campo Grande

Montagem integra programação do II FESTAC e inspira-se na morte do guerrilheiro Che Guevara

Primeiro espetáculo de rua da Universidade LIVRE do Teatro Vila Velha, Auto da Barca do Camiri abre o Festival Estudantil de Artes Cênicas – FESTAC no dia 08 de dezembro, às 17h, na Praça do Campo Grande. Com dramaturgia da renomada dramaturga e critica paulista Hilda Hilst, a peça marca a estreia dos artistas Vinicius Bustani e Erick Saboya na função de direção e retrata a elaboração de um processo investigativo sobre um misterioso homem que muitos declaram ter poderes milagrosos.

Escrita em 1968, a montagem é um marco para o programa de formação de atores e atrizes do Vila. Na peça, o auto e produzido por dois juízes da capital que chegam a uma cidade do interior e recebem testemunhas que afirmam ter presenciado, ou não, feitos extraordinários oriundos do tal “Homem dos Milagres”. A autora Hilda Hilst se inspirou na morte do revolucionário Che Guevara no mesmo ano que a dramaturgia foi escrita.

“Esse homem que ninguém sabe e ninguém vê representa o espírito revolucionário do povo”, explica Vinicius Bustani, que, enquanto integrante da LIVRE, protagonizou montagens como “Hamlet” e “Sete Contra Tebas”, dirigidas por Marcio Meirelles, e retornou recentemente de estágio no Théâtre du Soleil (França).

“A gente se inspirou muito no Teatro do Oprimido [método criado pelo teatrólogo Augusto Boal], no teatro como uma arma política, ideológica e social. A nossa proposta foi unir o ideal socialista da Hilda com o pensamento dessas correntes de teatro social e jogar isso para o público, não para o privado”, conta Erick Saboya, que venceu em 2014 a categoria especial do Prêmio Braskem de Teatro pela cenografia da peça “A Bunda de Simone” e assinou, já em 2017, os cenários das peças “A Besta” e “Luzes da Boemia”, da LIVRE, além das cerimônias de entrega do Prêmio Braskem de Teatro e do Prêmio Caymmi de Música.

Neste trabalho, a rua é cenário e também laboratório de pesquisa e experimentação. “Estar na rua é uma experiência única. Pensamos em como ser receptivos para transformar cada estímulo, formatando uma proposta que usasse a própria realidade como um modo de construir uma vivência estética. Inclusive a cenografia, aqui, é uma resposta ao meio, uma tentativa de pensar uma cenografia que tirasse partido desse estímulo que já existe, daquilo que é real e está”, comenta Erick, ao acrescentar que foram dois meses de intenso trabalho, o que possibilitou um processo para interferências da cidade e seus personagens.

Durante a temporada, as intervenções na rua acontecem antes mesmo do início do espetáculo. “Antes da apresentação, acontece o que chamamos de ‘ato poético’. Os atores chegam cerca de 1h antes, se dispersam e cada um escolhe um ponto no espaço para se instalar, iniciando uma performance que tem como objetivo instaurar a presença e começar a construir o personagem. Eles vão recebendo as pessoas que chegam, causado um estranhamento...”, adianta Vinicius Bustani. Depois do ‘ato poético’, os personagens se reúnem para o início da peça.

Para Saboya, a participação do projeto Auto da Barca de Camiri em festivais de teatro é uma poderosa plataforma para o alcance de um público mais ampliado, além de existir todo um apoio na realização e produção das apresentações, especialmente, “nós que fazemos na rua e exige uma série de cuidados especiais, além de contar com uma divulgação mais abrangente”.

O projeto conta com um “time da pesada” de colaboradores: Edson Migracielo, como dramaturgista; Vanda Cortez, no treinamento de rua; Ian Cardoso, como diretor musical; Tiago Ribeiro, na criação do design das máscaras; além da participação do diretor Daniel Guerra, como consultor, e de Bia Simões, Carla Leite e Ariel Oliveira na preparação física e corporal dos atores.

FESTAC
O Festival Estudantil de Artes Cênicas - FESTAC chega ao seu segundo ano querendo discutir como é criar, produzir e gerir montagens cênicas dentro das escolas secundaristas e universidades de Artes Cênicas baianas. Em 2017, o festival realizado numa parceria entre os coletivos teatrais COATO e COOXIA, e a Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (ETUFBA) ocorre entre os dias 08 e 17 de dezembro, em vários espaços culturais da cidade e ocupando ruas do centro soteropolitano.

Ao todo, serão apresentados 12 espetáculos da capital e do interior do Estado (Feira de Santana, Ilhéus, Jequié e Santo Antônio de Jesus); Mesa de Debate: Gerir Resistência, sobre sustentabilidade e manutenção de festivais universitários; e um Workshop de Crítica Cultural com profissionais da Revista Barril.

O II FESTAC tem o apoio financeiro do Calendário das Artes 2017, edital da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), Governo do Estado da Bahia; e do Programa de Extensão Universitária, da Universidade Federal da Bahia (PROEXT/Ufba).

Serviço
O quê: Auto da Barca do Camiri - II FESTAC
Quando: 08 de dezembro, às 17h
Onde: Praça 2 de Julho, s/n - Largo do Campo Grande
Valor: Gratuito

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