Apesar de ser conhecido pelo sincretismo, ainda são registrados casos de intolerância religiosa na capital baiana. Desde 2013, quando foi criado o Centro de Referência de Combate ao Racismo e à IntolerânciaReligiosa Nelson Mandela, foram denunciados mais de 100 casos de violação de direito à livre manifestação de culto e religião. Pensando nisso, o 'Movimento Mais Defensores Públicos na Bahia' realizará, no dia 02 de fevereiro, a partir das 8h, ‘Ato contra a Intolerância Religiosa e a Favor da Paz’, no Rio Vermelho. Durante a ação, advogadas, aprovadas no último concurso público da Defensoria, distribuirão materiais educativos sobre o tema, alertando a população sobre a prática criminosa e a importância do respeito às diferenças.
De acordo com a advogada Lavinie Eloah, uma das líderes do Movimento, a ideia é estimular a prática do amor, valorização, reconhecimento e do respeito às diferentes religiões existentes. “Não é admissível que em um estado, como a Bahia, ainda existam casos de intolerância religiosa sendo registrados em delegacias”, afirma. Ainda de acordo com ela, o dia 2 de fevereiro foi escolhido pela importância histórica e por ser uma das festas em que a mistura entre religiões, de matriz africana e católica, está tradicionalmente presente entre os baianos.
Reparação
Além de distribuir informes sobre a prática e penalidades, o Movimento também prevê a conscientização da população, através de esclarecimento de dúvidas, ao longo do ato a favor da paz. No estado, cabe à Defensoria Pública promover a defesa dos direitos aos vulneráveis, promover a reparação das vítimas no ato de discriminação, bem como dos grupos sociais também vulneráveis. O déficit de defensores, em todo o estado, é de 1.239 profissionais, o que coloca a Bahia como o 20º pior estado em relação ao número de Defensores Públicos, no ranking nacional, de acordo com levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
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