Procedimento que ajuda a identificar qual o tratamento medicamentoso mais adequado para cada paciente, de acordo com as características genéticas e especificidades do indivíduo
O sofrimento de um paciente psiquiátrico é inquestionável e, muitas vezes, intensificado pela falta de exames que apontem de forma precisa o diagnóstico da doença, podendo levar à demora no ajuste das medicações e dosagens mais adequadas para o paciente. Uma inovação disponível no mercado e já utilizada na Bahia pela Holiste Psiquiatria promete ser uma aliada no sentido de ofertar mais agilidade e assertividade no tratamento de algumas patologias.
O Teste Farmacogenético do Sistema Nervoso Central, do laboratório GnTech, é um procedimento que ajuda a identificar qual o tratamento medicamentoso mais adequado para cada paciente, de acordo com as características genéticas e especificidades do indivíduo. O resultado prevê, entre outras coisas, se o medicamento prescrito pode causar reações adversas, além da dosagem mais adequada.
O exame GnTech é dirigido às pessoas com diagnóstico de depressão, TDAH, transtorno bipolar, transtorno de ansiedade, síndrome do pânico, transtorno de estresse pós-traumático e esquizofrenia, reunindo assim algumas das doenças mais comuns na área da psiquiatria.
Diferente de outras doenças, que apresentam alterações identificáveis em exames diversos, o diagnóstico dos transtornos mentais é essencialmente baseado em critérios clínicos, no conhecimento e experiência do médico psiquiatra. Além disso, a despeito de todo cuidado e perícia do profissional, não é incomum que o paciente não responda de forma eficaz à primeira prescrição do tratamento medicamentoso, ou apresente efeitos colaterais indesejados.
“O teste farmacogenético apresenta-se como uma alternativa para auxiliar na escolha do melhor tratamento, respeitando as especificidades genéticas daquela pessoa. Podemos definir se é necessário aumentar ou reduzir a dosagem da medicação, ou buscar outra alternativa que se adapte melhor ao tipo de metabolismo do paciente, possibilitando uma melhor adesão ao tratamento e uma maior qualidade de vida”, explica a psiquiatra Fabiana Nery.
CONTRIBUIÇÕES
A adoção do teste farmacogenético pode contribuir para diminuir tanto o impacto do tratamento na vida do paciente, quanto seus custos. Ele ajuda o médico a selecionar a melhor estratégia terapêutica para cada paciente de forma personalizada, reduzindo a possibilidade de reações adversas e trazendo um aumento de confiabilidade na escolha do tratamento.
Em Salvador, a coleta do material é realiza na própria Holiste (Pituaçu), o exame é realizado de forma simples, com a coleta de uma amostra da saliva do paciente. O material é enviado para o laboratório que analisa 79 medicamentos e 25 genes individuais, gerando um laudo que auxilia o trabalho do psiquiatra.
“O grande propósito da Holiste é levar todos os recursos da moderna psiquiatria para nossos pacientes e seus familiares. Dessa forma, o teste farmacogenético vem para fortalecer o nosso ‘arsenal terapêutico’ e ampliar a eficácia do nosso tratamento”, pontua Luiz Fernando Pedroso, psiquiatra e diretor clínico da Holiste.
DEPRESSÃO E GENÉTICA
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 350 milhões de pessoas sofrem de depressão em todo o mundo. Esse número equivale a 5% da população mundial, e em alguns países, como os EUA, o percentual pode chegar a 7%.
Atualmente, existe uma variedade de remédios para tratar essa doença crônica. O psiquiatra tem que avaliar bem os sintomas do paciente, seu histórico de vida, para então escolher o remédio mais adequado. Caso não tenha êxito, o especialista tentará ajustar o tratamento com outra medicação. Muitas vezes, encontrar a medicação mais adequada pode ser uma tarefa árdua, principalmente para o paciente.
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