Motoboy viraliza após gravar vídeo na chuva em Salvador para filho autista ver no futuro: ‘Não desisto nunca de você’; assista
Registro, que já foi visto mais de 1 milhão de vezes, emocionou usuários; João Bernardo, de 3 anos, é diagnosticado com autismo nível 2 de suporte
Um vídeo do motoboy Wanderlei Luz viralizou nas redes sociais nesta quarta-feira — e emocionou os usuários. Morador de Salvador, na Bahia, ele estava em meio à chuva quando decidiu fazer uma gravação para mostrar o propósito do seu trabalho: dar qualidade de vida ao filho João Bernardo, de 3 anos, diagnosticado com autismo nível 2 de suporte.
— Eu sou motoboy, sou pai do João Bernardo, autista, de 3 anos, nível 2 de suporte, não-verbal. Essa mesma bag que carrega o seu pedido, carrega [também] o meu sonho de ver o meu filho falar — disse ele no vídeo. — Eu trocaria tudo nessa vida, tudo. Viraria um andarilho para realizar esse sonho. Eu não desisto nunca de você, viu, meu filho?
Na sequência, Wanderlei afirmou que “faça chuva ou faça sol” ele segue “correndo atrás dos sonhos” do filho. Depois, virou de costas para a câmera e mostrou a bolsa de entregas, que possui uma foto de João.
O registro, que já acumulou mais de um milhão de visualizações, deixou milhares de pessoas emocionadas. “Um pai que se importa e se sacrifica todo dia para dar o melhor para o filho”, escreveu um usuário. “Não há dinheiro no mundo que compre o amor desse pai”, publicou outro. “Vai dar tudo certo”, desejou um terceiro.
'Único propósito de vida'
Ao portal BHAZ, o motoboy afirmou que seu “único propósito de vida é ver o filho se comunicar”. Disse, ainda, que algumas vezes acorda cansado, “sem vontade nenhuma de trabalhar”, já que “sofre muito preconceito diariamente”. Apesar disso, busca fazer vídeos de incentivo para que as pessoas “não desistam dos seus filhos com deficiência”.
Agora, a rotina de João Bernardo conta com o apoio de um psicólogo, um terapeuta ocupacional e um fonoaudiólogo. E, segundo Wanderlei, o menino também vai começar a frequentar um fisioterapeuta, uma vez que anda na ponta dos pés. Entre as conquistas, ele afirmou que o pequeno “já tem o contato visual, que antes não tinha”.
— O problema dele é a fala — disse ele ao portal. — A gente quer que ele fale de qualquer jeito, até pela própria segurança dele. Só eu e a mãe dele sabemos o que ele quer, o que precisa, quando está doente ou triste. A gente conhece ele pelo gesto, pelo olhar.
FONTE GLOBO
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