Exposição do IV Centenário fica em Minas até o dia 22

A Exposição Itinerante do IV Centenário foi aberta na sexta-feira em Belo Horizonte, na Galeria de Arte do Fórum Lafayette, onde fica até o dia 22, com a presença do desembargador

Raimundo Queiroz, integrante do comitê organizador do IV Centenário, representando a presidente Sílvia Zarif, que agradeceu à Justiça mineira pelo acolhimento e ressaltou a importância da construção de uma memória sólida para a humanidade: “O que vale em um homem é o que ele deixa de herança para a posteridade em termos de cultura e ensinamentos”.O corregedor-geral de Justiça de Minas Gerais, desembargador Célio César Paduani, que representou na solenidade o presidente do TJ mineiro, desembargador Sérgio Antônio de Resende, destacou a riqueza cultural e política da Bahia e disse sentir-se gratificado em poder acolher a exposição comemorativa.Estiveram presentes o diretor do Foro de Belo Horizonte, juiz Marco Aurélio Ferenzini, e a secretária da Comissão de Memória do Judiciário do TJBA e curadora da exposição, Márcia Dória Barbosa.Os presentes puderam acompanhar a exibição de um filme de época, com duração de sete minutos, que faz uma análise da influência da Justiça na vida e no comportamento dos brasileiros, desde os tempos de colônia até os dias atuais, especialmente no início, com os 10 primeiros desembargadores que aportaram na capital baiana.A mostra, promovida em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), dentro das comemorações dos 400 anos de instalação do Tribunal da Relação do Estado do Brasil, relata a história do Judiciário na Bahia desde a data da regimentação do Tribunal da Relação do Estado do Brasil, em 7 de março de 1609.Composta de painéis fotográficos, a exposição retrata a evolução do Poder Judiciário no Brasil e sua participação no desenvolvimento cultural, político, social e econômico do País desde o século XVII.As fotos são de autoria de Gláucio Dettmar, do CNJ, e do baiano Nei Pinto, fotógrafo oficial do TJBA, que registrou em 26 anos de profissão a história do Tribunal, seus magistrados e servidores.São retratados documentos, como um pergaminho em árabe, relativo à revolta muçulmana dos malês (levante de escravos africanos islamizados, organizados para libertação dos demais escravos africanos), ocorrido em Salvador, em 1835; cartas de alforria e salvo-condutos para escravos; sinetas de convocação de desembargadores para as sessões plenárias desde o Brasil Colônia e fotos dos juristas Teixeira de Freitas e Ruy Barbosa.A exposição poderá ser vista até o dia 22 de outubro, na Galeria de Arte do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas. A Galeria de Arte fica na avenida Augusto de Lima, 1.549, no Barro Preto.A Exposição Itinerante do IV Centenário, que será aberta amanhã em Lisboa, passará pelo Pará e será encerrada, em dezembro, no Maranhão, depois de ter sido vista, também, em São Paulo e Porto Alegre.