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terça-feira, 9 de maio de 2017

A cada 3 brasileiros, 1 tem parente ou amigo vítima de assassinato, revela Datafolha/FBSP

Pesquisa inédita produzida para a campanha Instinto de Vida, ação que visa reduzir a violência na América Latina, relata que ao menos 50 milhões de brasileiros dizem ter um parente ou amigo vítima de homicídio ou latrocínio

Rio de Janeiro, 8 de maio de 2017 – Ao menos 50 milhões de brasileiros com 16 anos ou mais afirmam ter um parente ou amigo que foi vítima de homicídio ou latrocínio (roubo seguido de morte). O resultado consta de pesquisa inédita produzida pelo Instituto Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e faz parte da campanha “Instinto de Vida”.

Segundo o Datafolha/FBSP, 35% dos entrevistados (o que corresponde a 50 milhões de brasileiros) possuem um conhecido próximo morto violentamente e de forma intencional, sendo que a recorrência entre negros (38%) é maior do que entre brancos (27%). O levantamento também mostra que a população reconhece que jovens, negros, do sexo masculino são as maiores vítimas da violência letal (64%). A íntegra da pesquisa está disponível em www.forumseguranca.org.br.

O levantamento também aponta que12% dos respondentes, o que equivale à estimativa de ao menos 16 milhões de brasileiros, perderam um parente ou amigo em virtude de homicídio praticado por policial ou guarda municipal, percentual que se eleva entre os mais jovens, chegando a 17% da população entre 16 e 24 anos.

Outra constatação de grande impacto é a de que ao menos 5 milhões de pessoas relatam ter sofrido agressão com arma de fogo. 12% dos entrevistados (correspondendo a 16 milhões de pessoas) dizem já ter sofrido ameaças de morte. Além disso, 8% dos entrevistados (ao menos 10 milhões de pessoas) afirmam já ter sido feridos por facas ou outras armas brancas.

Há, ainda, números que não entram nas estatísticas de violência, mas também impressionam: 17% dos entrevistados têm algum amigo ou parente desaparecido.

Desarmamento e integração governamental
A pesquisa Datafolha/FBSP relata que 78% dos entrevistados acreditam que quanto mais armas em circulação, mais mortes haverá no País, reforçando que a população reconhece a importância do controle de armas na redução da violência.

Também foi captado o sentimento da população para que se expanda a articulação governamental em torno do enfrentamento à violência. Quase todos os respondentes (94%) reconhecem que o nível de homicídios é muito alto no Brasil e (96%) acreditam que as diversas esferas do governo precisam se unir para diminuir os crimes e a violência no País e que esta não é obrigação apenas das Polícias, mas também do Governo Federal (84%), dos Governadores (83%), Prefeitos (81%) e Congresso Nacional (77%).

Ao analisar o raciocínio dos brasileiros com relação as ações de segurança pública, a pesquisa constatou que 93% dos entrevistados acreditam que é dever das polícias preservar a vida acima de tudo e 92% afirmam que todos têm direitos iguais e devem ser protegidos pelas polícias. Entretanto, 56% acreditam que em situações de confronto as polícias podem ocupar sem autorização judicial residências localizadas em favelas, ocupadas ou comunidades.

Metodologia: pesquisa quantitativa, com abordagem pessoal em pontos de fluxo populacionais e de abrangência nacional. As entrevistas foram realizadas com a população brasileira adulta com 16 anos ou mais, em 150 municípios de pequeno, médio e grande porte entre os dias 03 e 08 de abril de 2017.


Sobre a campanha Instinto de Vida
Trata-se de um chamado à ação voltado a autoridades e cidadãos para reduzir os homicídios em sete países da América Latina (Brasil, Colômbia, El Salvador, Guatemala, Honduras, México e Venezuela). Ao todo, quase 30 organizações integram a iniciativa, que tem apoio da Open Society Foundations e de organismos multilaterais, caso de Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), CAF - Banco de Desenvolvimento da América Latina e Organização dos Estados Americanos (OEA). A meta é reduzir os homicídios na região em 50% em 10 anos e é integrada, no Brasil, por Anistia Internacional Brasil, Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Instituto Igarapé, Instituto Sou da Paz, Nossas e Observatório de Favelas.

Sobre o FBSP
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública foi constituído em março de 2006 como uma organização não-governamental, apartidária, e sem fins lucrativos, cujo objetivo é construir um ambiente de referência e cooperação técnica na área de atividade policial e na gestão de segurança pública em todo o País. O foco do FBSP é o aprimoramento técnico da atividade policial e da gestão de segurança pública. Por isso, avalia o planejamento e as políticas para o setor; a gestão da informação; os sistemas de comunicação e tecnologia; as práticas e procedimentos de ação; as políticas locais de prevenção; e os meios de controle interno e externo, dentre outras; sempre adotando como princípio o respeito à democracia, à legalidade e aos direitos humanos. O FBSP faz uma aposta radical na transparência enquanto ferramentas de prestação de contas e de modernização da segurança pública.


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