Com direção de Jorge Alencar, espetáculo desnuda artistas da Bahia em suas trajetórias artísticas
Depois de apresentar cinco sessões com ingressos esgotados de seu primeiro volume no último final de semana, “Strip
Tempo – stripteases contemporâneos” coloca em cena a segunda montagem
de sua temporada de estreia, com um elenco diferente, formado agora por
Douglas Gibran, Fábio Osório Monteiro, João Rafael Neto, Jorge Oliveira e
Lia Lordelo. Reunindo solos em formato de stripteases, que
revelam não apenas corpos, mas também o resumo estético e erótico do
trajeto de criadores contemporâneos da Bahia, o espetáculo fica em
cartaz no Teatro do Goethe-Institut Salvador-Bahia, de 8 a 11 de
novembro, de quinta a domingo, às 20h, com sessão extra na sexta-feira,
às 23h59. A obra, com direção do encenador, coreógrafo e realizador
audiovisual Jorge Alencar, acessa cenas, figurinos, trilhas sonoras e
outros componentes estéticos utilizados na carreira dos artistas,
desnudando suas inquietações enquanto se despem diante do público.
Ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) e podem ser adquiridos
em www.sympla.com.br/dimenti.
“Strip
Tempo” foi contemplado pelo Edital Setorial de Dança, tendo apoio
financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Fundação
Cultural do Estado da Bahia, Secretaria de Cultura e Secretaria da
Fazenda da Bahia. Sua concepção articula dança e memória, uma vez que
toma como matéria de criação obras pré-existentes, produzidas ao longo
dos últimos anos, fazendo deste repertório o motor de um novo trabalho
artístico. Assim, cria visibilidade tanto para uma geração de criadores
da cena baiana como para um dado contexto temporal e geográfico,
constituído de produções singulares e heterogêneas. No primeiro volume,
as performances foram de Isaura Tupiniquim, Jaqueline Elesbão, Leonardo
França, Neto Machado e Rainha Loulou.
O
diretor Jorge Alencar ressalta o desejo de conectar arte contemporânea
às ditas “artes da noite”: arte drag, striptease, burlesco etc. “Em um
momento histórico no qual o corpo nu nas artes volta a ser atacado por
setores conservadores e fundamentalistas da sociedade brasileira, é um
ato extremamente político celebrá-lo e trazê-lo à cena”, opina Jorge.
Ao revelar zonas normalmente ocultas do corpo, o striptease (do inglês strip, desnudar; e tease,
provocar) é um gênero tão popular quanto marginal, presente das casas
noturnas aos clássicos do cinema e até na TV brasileira, a exemplo de
Rita Hayworth em “Gilda”; de Kim Basinger em “Nove Semanas e Meia de
Amor”; e do Clube das Mulheres da telenovela “De Corpo e Alma”, escrita
por Glória Perez. “Strip Tempo” vem propor outras formas e significados a
esse famoso gênero, nos dias atuais.
MINIBIOS
Jorge Alencar:
cria com dança, teatro, audiovisual, curadoria, escrita e educação. É
graduado em Comunicação Social e em Dança e mestre em Artes Cênicas.
Dentre as suas obras em atividade, estão “Tombé” (stand up dance
comedy), desde 2001, e “Biblioteca de Dança” (instalação), desde 2017, e
os filmes “Sensações Contrárias” (curta-metragem), “Miúda e o
Guarda-Chuva” (curta de animação) e “Pinta” (longa-metragem).
Articulando assuntos como humor, sexualidade e deslocamentos culturais,
seus trabalhos têm circulado por todas as regiões brasileiras e por
contextos internacionais. Em 1998, fundou a Dimenti, produtora cultural e
ambiente de criação. Jorge foi professor da Universidade Federal da
Bahia e, desde 2013, ministra a “Oficina de Honestidade Artística” pelo
Brasil. Em 2015, fez parte da comissão de jurados do Prêmio Braskem de
Teatro. Em 2018, estreia sua primeira série televisiva, “A Lei do Riso:
Crimes Bizarros”, na TV Aratu/SBT; circula por 40 cidades brasileiras
com a peça “Desastro”, de Neto Machado, pelo Palco Giratório do Sesc;
apresenta seus trabalhos “Biblioteca de Dança” e “Tombé” em diferentes
cidades do país; participa da Tanzplattform Pact (Essen – Alemanha),
performando o trabalho “Temporary Title”, de Xavier le Roy, e do
Sommerwerft (Frankfurt Am Main – Alemanha), com seus filmes; dirige a
criação de solos com as atrizes Lia Lordelo e Maria Marighella no
projeto “Solas”; e faz parte da equipe de curadoria da programação do
ano do Centro de Dança do Distrito Federal, coordenada pela Associação
Conexões Criativas.
Douglas Gibran: bailarino, pilateiro e capoeirista. Sua pesquisa transita entre capoeira, artes marciais e dança com grande vigor físico.
Fábio Osório Monteiro: ator
e dançarino. Seu percurso é marcado pela atuação em criações de
importantes artistas que vão do coreógrafo francês Jérôme Bell ao
diretor teatral Márcio Abreu.
João Rafael Neto:
dançarino e ciclista. Pesquisa a hibridação entre técnicas de movimento
e esportes de ação urbanos como BMX Street e Le Parkour.
Jorge Oliveira: dançarino, suas criações articulam moda e corpo, resultando em performances e roupas performativas.
Lia Lordelo: cantora, atriz e pesquisadora. Seus trabalhos pesquisam a relação entre palavra, teoria e musicalidade.
FICHA TÉCNICA
Direção e criação: Jorge Alencar
Diretor assistente: Neto Machado
Assistência de direção: Marina Martinelli
Criação e performance:
Douglas
Gibran, Fábio Osório Monteiro, Isaura Tupiniquim, Jaqueline Elesbão,
João Rafael Neto, Jorge Oliveira, Leonardo França, Lia Lordelo, Neto
Machado e Rainha Loulou
Concepção de luz e edição de trilha sonora: Moisés Victório
Temas musicais originais: Leonardo França e Moisés Victório
Operação de luz: Moisés Victório e Larissa Lacerda
Identidade visual e direção de arte: TANTO - criações compartilhadas (Daniel Sabóia, Fábio Steque e Patricia Almeida)
Supervisão de figurino: Neto Machado
Produção: Dimenti Produções Culturais
Direção de produção: Ellen Mello
Produção executiva: Marina Martinelli
Equipe de produção: Natália Valério, Priscila Santos e Lísia Lira
Financeiro: Marília Pereira
Comunicação: Marcatexto
Apoio institucional: Goethe-Institut Salvador-Bahia
Apoio cultural: Conexões Criativas | Centro de Dança do DF | Educadora FM Bahia | Escola Contemporânea de Dança | Guima Viagens | Haus Kaffee | Teatro Castro Alves | Villa Salute
Apoio financeiro: FUNCEB | FCBA | SecultBA | Sefaz | Governo da Bahia
STRIP TEMPO – stripteases contemporâneos
Volume 2 – 8/11 a 11/11 (qui a dom)
Douglas Gibran | Fábio Osório Monteiro | João Rafael Neto | Jorge Oliveira | Lia Lordelo
Horário: sempre às 20h; sessão extra às sextas, às 23h59
Onde: Teatro do Goethe-Institut Salvador-Bahia
(Av. Sete de Setembro, 1809, Corredor da Vitória)
Quanto: R$ 20 (inteira) | R$ 10 (meia)
Vendas: www.sympla.com.br/dimenti
Classificação indicativa: 18 anos
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