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sexta-feira, 26 de maio de 2023

Publicadas portarias de reconhecimento de territórios quilombolas na Bahia

 
Publicadas duas portarias de reconhecimento de territórios quilombolas na Bahia 


Os territórios quilombolas Iúna e Vicentes, na Bahia, tiveram suas portarias de reconhecimento publicadas nesta segunda-feira (22), no Diário Oficial da União (DOU). As áreas estão situadas, respectivamente, nos municípios de Lençóis, na Chapada Diamantina, e de Xique-Xique, na mesorregião do Vale do São Francisco. 


Nesta etapa da regularização fundiária, os documentos consolidam as 39 famílias inseridas em Iúna e as 29 do Vicentes como remanescentes de quilombo. As portarias também dão legitimidade ao conteúdo dos Relatórios Técnicos de Identificação e Delimitação (RTID) destas comunidades. 



Passos seguintes 


Com os reconhecimentos, o Serviço de Regularização Fundiária de Territórios Quilombolas do Incra/BA inicia a elaboração dos decretos, reunindo as documentações necessárias para que as áreas Iúna e Vicentes possam ser decretadas como de interesse social pelo governo federal. 


Com os decretos presidenciais, a regional baiana iniciará a obtenção das terras inseridas nos territórios. Com as posses dos imóveis rurais, o Incra providenciará a titulação comunitárias das comunidades. 


Iúna 



O território quilombola Iúna está situado a 18 quilômetros da cidade de Lençóis e é formado por uma área delimitada de 1,4 mil hectares. O RTID publicado em 2015 contabilizou 39 famílias remanescentes de quilombo na composição do grupo. 


Iúna fica no Marimbus – uma área pantanosa, alagada, semelhante ao pantanal –, com biodiversidade, fauna e flora específica. As famílias chegaram ao local na seca que assolou o Nordeste em 1932, fugindo de outros quilombos. 


De acordo com o seu relatório antropológico, a população é ligada à mística religião do Jarê, aos espíritos das florestas da Chapada Diamantina e aos contos sobre os encantados. 


Vicentes 


 



Com o RTID publicado em 2017, o território quilombola Vicentes é formado por uma área delimitada de 355 hectares. As 29 famílias inseridas nesta comunidade vivem da agricultura, pesca, coleta de mel, caça e criação de bovinos, suínos, ovinos e caprinos. 


A formação do grupo remonta à chegada de Vicente Pereira Baldoíno no local que, posteriormente, seria chamado de Vicentes. Isso ocorreu no fim do século XIX, em algum momento entre a proximidade do fim da escravidão e o período inicial pós-abolição. 


Vicente Baldoíno se casou com Joventina Pereira, nascida numa comunidade ribeirinha próxima. A partir da união dos dois foi originada a atual comunidade de Vicentes. Até hoje, os membros vivos conservam algum grau de parentesco com o casal. 


Acesse as portarias de reconhecimento dos territórios quilombolas Iúna e Vicentes 


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