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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Os perigos do verão



Tatiane Calve


O verão é uma das estações mais desejadas e amadas por muitos brasileiros. Um país tropical com muito calor, no verão, nos faz associar ao período de férias, praia, piscina, corpo em forma. Mas, as altas temperaturas trazem riscos à saúde, provocando alterações no organismo, como vasodilatação, hipertermia, desidratação e insolação.


A dilatação dos vãos sanguíneos leva à diminuição da pressão arterial, ocasionando mal-estar, tontura e desmaios. Além disso, o estresse térmico corporal pode ocasionar lesão muscular, dores de cabeça e maior esforço do cardiovascular.


Nossa temperatura corporal se mantém constante, independentemente da temperatura do meio externo, por sermos seres homeotérmicos. Para que a temperatura corporal se mantenha equilibrada, mesmo exposta ao calor, o Sistema Nervoso Central envia informações para que aumente a sudorese, liberando calor pela pele, dilata os vasos sanguíneos da superfície corporal para liberar calor ao meio externo.


Em casos extremos, essas ações orgânicas não são suficientes para resfriar o corpo, podendo causar danos ao organismo, incluindo infarto e acidente vascular cerebral (AVC).


Vale ressaltar que, idosos, crianças e pessoas com doenças cardiovasculares, diabetes são mais suscetíveis ao impacto do calor excessivo do verão e, ainda que, a exposição contínua ao calor excessivo aumenta o risco de morte em aproximadamente 11%, indica publicação de pesquisadores australianos na The Lancet Planetary Health.


A prática de exercícios físicos é recomendada, mas exige cuidados. Há adaptação do organismo, durante o a realização do exercício físico, aumentando a frequência cardíaca, dilatação dos vasos sanguíneos e temperatura corporal. Com as altas temperaturas do verão brasileiro, praticar exercícios físicos, pode acarretar um hiperaquecimento do corpo, causando câimbras, mal-estar (tontura, náusea, vômito, desmaio), redução do desempenho físico, entre outros sintomas.


Os riscos são aumentados quando os praticantes possuem alguma comorbidade, como baixo condicionamento físico e obesidade ou quando realizado sem aclimatação, em horários em que as temperaturas estão mais elevadas ou, ainda, com uso de vestuários inadequados e sem proteção.


Para evitar os prejuízos causados pelo calor excessivo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), recomendam menor exposição ao sol e evitar a prática de exercícios físicos ao ar livre em horários de altas temperaturas e sem proteção adequada, hidratação (com água) a cada 2 horas.


Busque ingerir alimentos leves e locais climatizados para a prática do exercício físico e, nas atividades realizadas ao ar livre, refresque o corpo, jogando água sobre a pele, aumento o intervalo entre as práticas de exercício, dê preferência a roupas com tecidos que permitam a transpiração, utilize protetor solar e bonés. E lembre-se, consulte sempre um profissional de educação física antes de iniciar a prática de exercícios físicos e atividades esportivas.


*Tatiane Calve é Doutora em Ciências da Saúde e professora da área de Linguagens Cultural e Corporal, do curso de Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter

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