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sábado, 1 de março de 2025

Carnaval e sexo seguro

  


Carnaval e sexo seguro: conheça os principais métodos disponíveis para prevenção ao HIV


Para curtir os dias de folia com segurança, a prevenção é fundamental 


O Carnaval chegou e com ele muita curtição. Mas para que os dias após a folia não sejam repletos de preocupação, é preciso aproveitar a festa cuidando da saúde sexual. Em 2023, foram registrados 46.495 novos casos de infecção pelo HIV, um aumento de 4,5% em relação ao ano anterior, com alta incidência entre jovens de 15 a 24 anos.1 Felizmente, existem diversas formas de prevenção ao vírus, incluindo opções disponíveis gratuitamente no SUS.2 Logo, é possível aproveitar o Carnaval com segurança e consciência. 


O preservativo é um método conhecido, acessível e eficaz para prevenir a infecção pelo HIV e outras ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis).3 Mas, hoje em dia, ele não é mais o único método distribuído gratuitamente para a prevenção ao HIV. Uma das principais maneiras de se evitar a transmissão é com a Prevenção Combinada, que consiste no uso simultâneo de diferentes métodos de prevenção.4 O uso do preservativo, por exemplo, pode ser combinado com a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) oral, um medicamento que reduz significativamente o risco de infecção pelo HIV e está disponível no SUS.5 Também temos aprovada no Brasil a PrEP injetável bimestral, que traz a comodidade de aplicação a cada 2 meses.6 Porém, ainda não está disponível no SUS. 


Já para quem passou por uma situação de risco, como rompimento do preservativo, sexo sem camisinha ou violência sexual, há a opção da PEP (Profilaxia Pós-Exposição), a qual deve ser iniciada preferencialmente nas duas primeiras horas e no máximo em até 72h do ocorrido e utilizada por 28 dias.7  


A testagem para HIV e outras ISTs deve ser realizada regularmente. Há testes rápidos disponíveis gratuitamente no SUS.8 


“Os métodos de prevenção ao HIV são para qualquer pessoa com vida sexual ativa e que ache que pode estar em risco de contrair o HIV, independente de gênero, orientação sexual, estilo de vida, idade ou outros fatores. As diferentes opções que temos atualmente nos permitem ter mais liberdade de escolha, mas o ideal é ter orientação para que as medidas sejam individualizadas, garantindo bem-estar e boa adesão. Quando as estratégias são usadas de forma combinada, as chances de infecção pelo HIV diminuem consideravelmente”, afirma o infectologista Rodrigo Zilli, diretor médico da GSK/ViiV Healthcare. 


Entre os métodos de prevenção que podem ser combinados estão a testagem regular para o HIV, disponível gratuitamente no SUS; a prevenção da transmissão vertical, que evita a passagem do vírus da mãe para o bebê durante a gestação; a profilaxia pré-exposição (PrEP), que consiste no uso de medicamentos antes da exposição para reduzir o risco de infecção; e a profilaxia pós-exposição (PEP), uma medida de emergência que utiliza medicamentos após uma situação de risco para minimizar as chances de infecção; tratamento para todas as pessoas que já vivem com HIV; entre outros. Essas ações podem ser combinadas de acordo com as características individuais e o momento de vida de cada pessoa.4 O folião bem informado pode curtir o Carnaval com segurança!


 


Material destinado ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.


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terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência

 


Adolescentes grávidas estão mais vulneráveis à depressão e ansiedade; veja 5 formas de acolher


Na Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, psicóloga perinatal alerta para os riscos à saúde mental e reforça a importância do acolhimento


A gravidez na adolescência não é apenas uma questão de planejamento familiar, mas também de saúde mental. De acordo com a psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, autora de centenas de estudos científicos e fundadora do Instituto MaterOnline, a prevalência de gestações não planejadas em mulheres com menos de 20 anos é alta e varia entre 15% e 20%. Isso acontece porque a adolescência, por si só, já é uma fase de intensas mudanças emocionais e, quando combinada com os desafios da gestação e da maternidade, pode aumentar os riscos de sofrimento psíquico.


“Gestantes adolescentes são um grupo de risco para a saúde mental. A fase da adolescência já é um período potencial de risco para ansiedade e depressão, e o período perinatal também é um período de risco. Imagine então quando esses dois períodos de risco se encontram", alerta Rafaela. 


A Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, realizada anualmente na primeira semana de fevereiro, busca ampliar o debate sobre o tema e garantir que adolescentes tenham acesso à informação e suporte adequado.


"Precisamos abordar essa temática, levando informações e orientações não somente aos adolescentes, mas também aos pais, professores e profissionais da saúde. Sem o apoio desses, o trabalho pode ser ineficaz". Ela também destaca que muitas gestações na adolescência não ocorrem apenas por falta de informação, mas por fatores sociais, religiosos e culturais, que impactam a segurança das relações sexuais desses jovens.



"Achei que não teria apoio"


O medo do julgamento e a insegurança sobre o futuro foram os primeiros sentimentos que surgiram quando Nicole Gomes, aos 16 anos, descobriu que estava grávida. Como muitas adolescentes na mesma situação, ela não sabia como contar para a família e temia enfrentar tudo sozinha.


“Fiquei em choque e pensei que não conseguiria dar conta. As pessoas sempre falam que uma gravidez na adolescência muda tudo, e eu tinha medo de não ter apoio”, conta.


A reação da família foi diferente do que ela imaginava. “Minha mãe ficou receosa no começo, mas me ajudou. Meu pai disse que já desconfiava e minha irmã ficou dividida entre a preocupação e a felicidade. Mas o mais difícil foi perceber que, dos muitos amigos que eu tinha, apenas uma realmente esteve ao meu lado”, relembra.


Com o passar dos meses, os desafios aumentaram. O pai do bebê se afastou, e Nicole precisou aprender a lidar com a nova rotina sem o suporte dele. "Eu queria que ele estivesse presente, mas isso não aconteceu. Além disso, as pessoas comentavam e me olhavam diferente, e isso machuca. O começo foi o mais difícil, porque eu não sabia como cuidar do meu filho. Aprendi aos poucos, mas foi um processo", diz.


Os impactos também atingiram seus estudos e a vida profissional. “Parei de estudar no começo porque tinha medo do que as pessoas falariam. Depois que meu filho nasceu, voltei aos estudos e tive que buscar empregos que me permitissem estar com ele. Meu maior receio sempre foi perder momentos importantes da infância dele”, afirma.


Hoje, com quase 20 anos e com mais maturidade, Nicole explica que a “maternidade não é fácil, principalmente no começo. É normal sentir medo e insegurança, mas aos poucos tudo melhora. Com apoio e paciência, a gente aprende e segue”.



Mais acolhimento, menos cobrança


Além das pressões emocionais e culturais, as adolescentes grávidas enfrentam barreiras sociais que tornam o período ainda mais desafiador. “A sociedade costuma responsabilizar apenas a jovem pela gravidez e ignora o papel do parceiro. Isso agrava a pressão e aumenta o risco de isolamento e abandono emocional”, alerta a psicóloga.


Para Rafaela, o acolhimento não deve ser apenas para a mãe, mas para toda a rede de apoio envolvida, incluindo os próprios adolescentes que desejam assumir a paternidade, mas enfrentam essas barreiras sociais e familiares.


“Acolher essas jovens com empatia e respeito é o primeiro passo para transformar o futuro delas e dos bebês. Com suporte adequado e um olhar empático sobre as barreiras culturais e sociais, é possível enfrentar os desafios da gestação precoce de forma mais segura”, conclui.


Ainda segundo a psicóloga, a prevenção da gravidez na adolescência vai além do acesso a anticoncepcionais. É necessário criar um ambiente seguro para que os adolescentes tomem decisões com mais consciência e desenvolvam relações saudáveis. 



Veja 5 formas de acolher:



1. Evite julgamentos


Frases como “você estragou sua vida” aumentam o isolamento da adolescente. Acolher sem críticas é essencial para que ela se sinta segura e tenha o suporte necessário para enfrentar a gestação.




2. Incentive o início do pré-natal


Muitas jovens escondem a gravidez por medo ou vergonha, o que pode atrasar o início do pré-natal e aumentar os riscos de complicações. Oferecer apoio emocional é essencial para que busquem atendimento médico o quanto antes.



3. Fique atento a sinais de depressão


Rejeição ao bebê, tristeza persistente ou falta de motivação podem ser sinais de depressão. Nem toda rejeição ao bebê está ligada a transtornos mentais, mas uma avaliação psicológica é fundamental para entender o contexto e oferecer suporte adequado.



4. Apoie a continuidade dos estudos


O abandono escolar é uma das consequências mais comuns da gravidez precoce, comprometendo o futuro da jovem e do bebê. Com apoio familiar e uma rede de apoio, é possível reorganizar a rotina para que ela conclua os estudos.



5. Oriente sobre os direitos disponíveis


Muitas adolescentes desconhecem que têm acesso a serviços como pré-natal gratuito pelo SUS e, em casos previstos em lei, ao aborto legal. Informar sobre esses direitos pode salvar vidas e oferecer mais segurança durante a gravidez.




Quem é Rafaela Schiavo?

Profª-Dra. Rafaela de Almeida Schiavo é psicóloga perinatal e fundadora do Instituto MaterOnline. Desde sua formação inicial, dedica-se à saúde mental materna, sendo autora de centenas de trabalhos científicos com o objetivo de reduzir as elevadas taxas de alterações emocionais maternas no Brasil.

Possui graduação em Licenciatura Plena em Psicologia e em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

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sábado, 1 de fevereiro de 2025

Carnaval e sexo seguro



 Carnaval e sexo seguro: conheça os principais métodos disponíveis para prevenção ao HIV


Para curtir os dias de folia com segurança, a prevenção é fundamental 


O Carnaval chegou e com ele muita curtição. Mas para que os dias após a folia não sejam repletos de preocupação, é preciso aproveitar a festa cuidando da saúde sexual. Em 2023, foram registrados 46.495 novos casos de infecção pelo HIV, um aumento de 4,5% em relação ao ano anterior, com alta incidência entre jovens de 15 a 24 anos.1 Felizmente, existem diversas formas de prevenção ao vírus, incluindo opções disponíveis gratuitamente no SUS.2 Logo, é possível aproveitar o Carnaval com segurança e consciência. 


O preservativo é um método conhecido, acessível e eficaz para prevenir a infecção pelo HIV e outras ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis).3 Mas, hoje em dia, ele não é mais o único método distribuído gratuitamente para a prevenção ao HIV. Uma das principais maneiras de se evitar a transmissão é com a Prevenção Combinada, que consiste no uso simultâneo de diferentes métodos de prevenção.4 O uso do preservativo, por exemplo, pode ser combinado com a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) oral, um medicamento que reduz significativamente o risco de infecção pelo HIV e está disponível no SUS.5 Também temos aprovada no Brasil a PrEP injetável bimestral, que traz a comodidade de aplicação a cada 2 meses.6 Porém, ainda não está disponível no SUS. 


Já para quem passou por uma situação de risco, como rompimento do preservativo, sexo sem camisinha ou violência sexual, há a opção da PEP (Profilaxia Pós-Exposição), a qual deve ser iniciada preferencialmente nas duas primeiras horas e no máximo em até 72h do ocorrido e utilizada por 28 dias.7  


A testagem para HIV e outras ISTs deve ser realizada regularmente. Há testes rápidos disponíveis gratuitamente no SUS.8 


“Os métodos de prevenção ao HIV são para qualquer pessoa com vida sexual ativa e que ache que pode estar em risco de contrair o HIV, independente de gênero, orientação sexual, estilo de vida, idade ou outros fatores. As diferentes opções que temos atualmente nos permitem ter mais liberdade de escolha, mas o ideal é ter orientação para que as medidas sejam individualizadas, garantindo bem-estar e boa adesão. Quando as estratégias são usadas de forma combinada, as chances de infecção pelo HIV diminuem consideravelmente”, afirma o infectologista Rodrigo Zilli, diretor médico da GSK/ViiV Healthcare. 


Entre os métodos de prevenção que podem ser combinados estão a testagem regular para o HIV, disponível gratuitamente no SUS; a prevenção da transmissão vertical, que evita a passagem do vírus da mãe para o bebê durante a gestação; a profilaxia pré-exposição (PrEP), que consiste no uso de medicamentos antes da exposição para reduzir o risco de infecção; e a profilaxia pós-exposição (PEP), uma medida de emergência que utiliza medicamentos após uma situação de risco para minimizar as chances de infecção; tratamento para todas as pessoas que já vivem com HIV; entre outros. Essas ações podem ser combinadas de acordo com as características individuais e o momento de vida de cada pessoa.4 O folião bem informado pode curtir o Carnaval com segurança!


 


Material destinado ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.


 

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quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Transa rápida pode ser ejaculação precoce

 


Qual o tempo ideal do sexo? Transa rápida pode ser ejaculação precoce


O médico terapeuta sexual João Borzino também fala sobre as causas da ejaculação precoce



Sendo feito com proteção e consentimento, o sexo só traz benefícios à saúde fisica e mental. E tanto uma relação demorada ou rápida pode ser prazerosa para ambos os parceiros. Mas será que existe um tempo ideal para uma transa? E quando é caracterizada ejaculação precoce?


De acordo com o médico e terapeuta sexual João Borzino, a duração da relação sexual pode variar bastante entre os casais e depende de vários fatores, como a intimidade, a experiência e as preferências pessoais.


"Em média, estudos sugerem que a relação sexual costuma durar entre 5 a 30 minutos. No entanto, o mais importante é que ambos os parceiros estejam satisfeitos com a experiência, independentemente da duração.


Detalhe importante: homens tendem a ser como “fogão a gás”; acende rápido, fica em fogo alto e apaga facilmente. Mulheres são “fogão à lenha”; demoram a acender, é difícil pegar chama, mas dura mais para apagar. Em outras palavras, homens se excitam com mais facilidade pois são muito visuais e “carnais”, enquanto as mulheres tem de ser mais seduzidas pela admiração, são mais auditivas e bem menos genitalizadas. O corpo todo é fonte de prazer para uma mulher", explica.


E dar “uma rapidinha” pode ser uma condição situacional, prazerosa e de momento. De acordo com o especialista é muito diferente do indivíduo que não consegue ter prazer pois já está na iminência desesperadora do orgasmo desde que se sente excitado. "É um sofrimento e desgaste muito grande, pois existem casos que o homem já ejacula no beijo. Depois não consegue mais se excitar ou, quando se excita o descontrole é iminente de qualquer maneira. A hora do sexo vira um pesadelo angustiante".


O médico afirma que existem casos de ejaculação precoce onde não há queixas, pois ambos os parceiros chegam ao orgasmo rapidamente e ficam satisfeitos com a relação. "Isso é bastante incomum, mas acontece. Nesses casos, o homem geralmente não sofre da sensação desconfortante do orgasmo iminente ( precoce), durante as preliminares. Por sinal, o que é muito comum: homens com ejaculação precoce só apresentarem o problema na penetração e não nas “brincadeirinhas” preliminares como sexo oral, masturbação, “pinceladas” e etc. Tal apresentação faz com que muitos optem por ficar só nisso, sem partir para a penetração, mas quando é assim, já é sinal de grande sofrimento e desgaste com a ER".


João Borzino diz que a ejaculação precoce ( ou Ejaculação rápida – ER) é um problema comum que afeta muitos homens em diferentes fases da vida. "Estima-se que a incidência variem entre 20% a 30% da população masculina, mas alguns estudos apontam que esse número pode ser ainda maior, dependendo da definição e dos critérios utilizados para avaliar a condição.


É uma condição em que um homem ejacula mais rapidamente do que ele ou sua /seu parceira/o gostaria durante a relação sexual. Isso causa estresse e insatisfação em um relacionamento, mas é uma situação comum. As causas podem incluir fatores emocionais, psicológicos ou físicos, sendo as causas físicas ainda uma hipótese não bem estabelecida e provavelmente relacionada àqueles que eram normais e passam a apresentar descontrole ejaculatório em algum momento da vida ( ejaculação rápida secundária)".


O terapeuta sexual diz que a imensa maioria é fruto da ansiedade de mau desempenho associada ao estado de excitação. "A maioria é primária, ou seja, vem desde a primeira relação sexual".


Ele afirma que é importante ressaltar que esse fato comprova a característica psicossomática do quadro:


"Falta de educação sexual efetiva: ninguém nasceu sabendo fazer sexo e isso é um problema pois a realidade vivida em nossa sociedade gera uma expectativa angustiante de que o homem imaturo sexualmente vai se comportar como um já experiente e maduro. Resultado: trauma"


"Mito da Virilidade": os adolescentes continuam sendo levados por amigos ou parentes, contra a sua verdadeira vontade ou devido momento, a situações de “primeira vez” com garotas de programa ou parceiras meramente desconhecidas . Aqui , claramente fica dissociada a questão da afetividade e intimidade. Resultado: ansiedade no desempenho por medo, constrangimento e vergonha".


"Ilusão do controle: depois de percebido o problema, o indivíduo começa a tentar “malabarismos” no momento sexual como prolongar as preliminares, evitar posições mais instigantes, pouca penetração e tentativa de continuar a penetração mesmo após o orgasmo ( ejaculação)".


"Alcoolismo: muito comum o uso de álcool na tentativa de retardar a ejaculação, levando ao alcoolismo, depressão e exposição à condições perigosas ( para contrair ou transmitir doenças, gravidez indesejada e golpes como “boa noite cinderela”)".


"Isolamento social e depressão: o indivíduo passa a evitar situações sociais por se sentir incapaz , impotente diante de todo um grupo de pares que “estão felizes e contentes com suas vidas sexuais”. Sente-se excluído, triste, frustrado e assim deixa as interações sociais de lado. Condição depressiva ou no mínimo melancólica".


"Silêncio: notadamente o indivíduo sofre sozinho, pois não vislumbra com quem falar, desabafar ou realmente procurar ajuda. 'Homens não falam sobre falhas sexuais com ninguém”.


"Descaso dos profissionais de saúde: infelizmente há pouco ou nenhum preparo por parte dos colegas médicos que não sabem dar o devido aporte e encaminhamento dos pacientes que os procuram com queixa de ER. Na maioria das vezes os urologistas ( mais procurados pelos sofredores de ER), dão uma dimensão pouco acolhedora e soluções paliativas como uso de antidepressivos, pomadas anestésicas e até medicações para ereção. Quando melhores orientados, encaminham para algum profissional de psicologia sem a devida formação e experiência em tratar"


"Prejuízo econômico/financeiro: na busca de uma solução, a maioria cai nas garras das propagandas enganosas vendidas em todos os tipos de mídia: suplementos milagrosos, clínicas com soluções imediatas, e-books com o segredo da solução, pomadas e tônicos retardantes. Assim, esses homens gastam fortunas com métodos inescrupulosos. Resultado: tristeza, dívidas e frustração com a possibilidade da verdadeira cura".


"Associação com Disfunção erétil e baixa libido: com o tempo, a ansiedade/frustração/medo/ isolamento faz com que muitos passem a ter tanta insegurança com o contexto sexual, que passam a perder a ereção. Isso é tão comum, que muitos chegam a mim como primeira queixa ser disfunção erétil, e quando vou pesquisar a história, tudo se inicia com ER".




O médico diz que ejaculação rápida não é doença, é uma manifestação física da ansiedade sexual misturada com excitação.



"Resolver é primeiro psicoeducar e depois aplicar técnicas dessensibilizatórias para que o indivíduo não “queime na largada”. O programa de terapia cognitivo comportamental é o que resolve. É um método gradual, mais caro e que depende muito de um profissional altamente habilitado ( psicoterapeuta sexual), e do alto grau de consciência do paciente. Isso não é fácil nos dias de hoje, pois a maioria não quer lidar com o autoconhecimento, psicoeducação e modulação afetiva. Acabam comprando os tratamentos enganosos, que dominam o mercado", destaca.



Borzino afirma que, após 22 anos fazendo apenas isso, tendo dezenas de milhares de pacientes atendidos, pode dizer: ainda é muito difícil tratar pois é quase impossível conscientizar. "A concorrência desleal com a indústria que se nutre do adoecimento da sexualidade é de fato o pior dificultador.


Hoje entendo perfeitamente o estado de cansaço e desesperança no tratamento que vejo nos pacientes que finalmente chegam até mim. É natural que depois de passarem por tantos enganos e prejuízos emocionais e econômicos, cheguem descrentes e desconfiados de tudo".


"Apenas 33% dos pacientes que trato continuam até o final e assim obtém o sucesso e trabalho com afinco para essa média aumentar. Oitenta por cento do tratamento depende do paciente. Luto diariamente ao lado de quem vem a mim, pois sei que posso ajudar e não vou desistir mesmo que muitos desistam do tratamento. É a realidade: trabalho com mudança de consciência e hábitos, e assim é. A verdadeira dica é: ejaculação rápida não se resolve de imediato. Tratar é uma transição. Não se iludam, mas não desistam", completa.

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quinta-feira, 20 de junho de 2024

Sexólogo esclarece mitos sobre o uso de vibradores

 

Apesar de temas relacionados à sexualidade estarem crescendo entre as rodas de conversa, muitas vezes a falta de conhecimento ou a vergonha em buscar respostas, acaba criando dúvidas que viram grandes questões. O uso dos sextoys nas relações é um desses temas. Renan de Paula, sexólogo e Co-fundador da Dona Coelha, destaca as três principais dúvidas que recebe de seus seguidores e esclarece os fatos para acabar de vez com alguns mitos. “Sempre me deparo com muitas questões pessoais nas minhas redes, e consigo perceber que a falta de conhecimento, que muitas vezes se dá pela vergonha em buscar as respostas, acaba gerando aqueles famosos “Mitos” da internet e da vida real. Para tentar diminuir alguma dessas dúvidas, selecionei aqui três perguntas que mais aparecem no meu Instagram”.



1 – Minha parceria quer usar vibrador, não sou o suficiente?


Essa é uma questão muito comum entre homens que estão em relacionamentos heterossexuais e temem que o uso de brinquedos sexuais possa ser um sinal de insatisfação com o desempenho masculino. Mas, a verdade é que isso é muito mais sobre a outra pessoa do que sobre você. O uso de vibradores e outros brinquedos sexuais pode ser uma ótima maneira para sua parceira explorar sua sexualidade e ter mais controle sobre seu próprio prazer. Não pense nisso como uma ameaça à sua masculinidade ou desempenho sexual. Na verdade, o uso de brinquedos sexuais em conjunto pode ser uma forma de criar ainda mais intimidade e explorar novas sensações juntos. Se você tem medo ou insegurança sobre o uso de brinquedos sexuais, saiba que isso é completamente normal e compreensível. Mas não deixe que esses sentimentos atrapalhem a comunicação e a abertura sexual em seu relacionamento. Converse abertamente com sua parceira sobre suas preocupações e desejos, e esteja disposto a experimentar coisas novas juntos.



2- Vibrador pode me fazer broxar?


Sabemos que vibradores e pessoas são bem diferentes e não dá nem pra comparar, mas ambos nos dão prazer. Quando você usa sextoys junto com a parceria, as coisas podem ficar bem quentes, e às vezes no calor do momento, brochamos. Não é culpa sua e nem do vibrador, são coisas que acontecem e não conseguimos controlar, e tá tudo bem! O importante é só usar quando se sentir confortável e com vontade, ele pode ajudar, e muito, você e sua parceria saírem da rotina e apimentar um poucos as coisas.



3 - Vibrador pode me fazer perder a sensibilidade e não ter ereção?


Pera, não é bem assim! O que pode ter rolado é um excesso de estímulos contínuos que fazem o local, seja o pênis, vulva ou ânus, diminuir consideravelmente a sensibilidade e não ter ereção. Por conta disso, recomendamos sempre usar por, no máximo, 15 minutos seguidos um vibrador.


Imagem afroditesequiser


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quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Dia Mundial do Orgasmo: é possível ter um orgasmo na menopausa


Ginecologista Loreta Canivilo relata dificuldades e dá dicas para mulheres que passam por este momento


No dia 31 de julho é celebrado o Dia Mundial do Orgasmo. Em 1999 uma loja britânica de produtos eróticos teve a iniciativa de comemorar o auge do prazer sexual e instituiu a data.


Mulheres que se encontram na menopausa tendem a ter complicações de alcançar o clímax da relação sexual. O climatério é uma época da vida da mulher em que ocorre a interrupção natural da menstruação, pois os hormônios femininos já não são mais produzidos pelos ovários. “Uma mulher entra na menopausa após a ausência consecutiva da menstruação por 12 meses. Situação que costuma ocorrer entre 45 e 55 anos, marcando assim, o fim da fase reprodutiva”, pontua a médica ginecologista Loreta Cavinilo.


As dificuldades das mulheres que desejam o orgasmo, mas se encontram na menopausa são separadas em três fatores: mental, físico e emocional. “Insegurança, ou baixa autoestima em relação às mudanças que ocorrem em seu corpo, diminuição da libido e do desejo sexual, falta de intimidade emocional com o seu parceiro, problemas de continência urinária, secura vaginal, pouca sensibilidade no clitóris são alguns dos fatores que atrapalham o prazer”, explica Dra Loreta.


Apesar da idade dificultar, é possível que qualquer mulher atinja o orgasmo. Saiba quais as soluções para resolver esses fatores e atingir o maior momento do ato sexual. “Use lubrificantes vaginal feitos à base d’água, tenha uma comunicação aberta e sincera com o seu parceiro, dê um tempo maior para as preliminares como beijos e carícias, esvazie sua mente de qualquer tipo de problema e ocupação que possa tirar o seu foco do ato sexual” diz a ginecologista.


Lembre-se: aproveite ao máximo todos os momentos à dois. Estas medidas contribuirão para que você retome uma vida sexual prazerosa e feliz.


 


Sobre Loreta Canivilo


Médica ginecologista, obstetra e ginecoindócrino Loreta Canivilo, especialista em reposição hormonal feminina.


Experiente na área, a ginecologista, obstetra e ginecoindócrino Loreta Canivilo é especialista em assuntos relacionados a reposição hormonal, estética íntima feminina e tratamentos de doenças do útero e endométrio.


A profissional possui diversas pós-graduações em instituições de referência como: Reprodução, Ginecologia Endócrina no Hospital Sírio Libanês e Medicina em Estado da Arte no Hospital Albert Einstein. É especialista em Nutrologia e Endocrinologia pela Faculdade BWS, referência em educação em medicina.Nas redes sociais, Loreta já possui mais de 30 mil seguidores - @draloreta, e oferece conteúdo explicativo sobre assuntos relacionados à saúde da mulher, gestação, reposição hormonal e implantes.


Loreta Canivilo também é idealizadora de projeto social, em parceria com o Instituto BWS – onde também ministra aulas -, que promove atendimento de saúde feminina gratuito a mulheres em situação de vulnerabilidade.


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Dia Mundial do Orgasmo


 Dia Mundial do Orgasmo: 5 passos importantes para ressignificar a falta de libido em qualquer idade, ter mais qualidade de vida e orgasmos na rotina


A ginecologista Beatriz Tupinambá, especialista em longevidade humana, detalha esta realidade das mulheres, principais queixas, e ainda revela como ter prazer até os 100 anos


O Dia do Orgasmo acontece dia 31 de Julho, e quando o assunto envolve 'relação sexual', não dá para escapar de uma polêmica muito comum na vida de milhões de pessoas pelo mundo: a falta de libido. 


''Ter orgasmo melhora os hormônios, faz a pessoa dormir melhor, e mais relaxada, faz bem para a pele, entre muitos outros benefícios, por que fugir disso? E no caso de pessoas mais velhas, eu dou um conselho, se alguém disser que na terceira idade não existe prazer, saiba que é um mito, não aceite. Mulheres e homens podem sentir prazer e ter relação até o final da vida', dispara a médica Beatriz Tupinambá. 


A falta de libido é uma realidade que pode afetar a todos, e ter diversas causas. Se ocasional é normal, mas se ela persistir e causar desconforto, afetando negativamente a qualidade de vida, é preciso agir. Segundo a Dra. Beatriz Tupinambá, médica ginecologista e especialista em longevidade da Mulher, o tema é um problema muito comum porém tratável. 


''Com a ajuda adequada, é possível superar esse desafio, e recuperar uma vida sexual saudável e satisfatória, até os 100 anos de idade - Risos. É importante se atentar aos mitos que rodeiam o assunto, e claro, incluir na rotina alguns cuidados essenciais para melhorar este problema o quanto antes'', conta a ginecologista. 


Beatriz ainda revela que muitas mulheres recorrem à testosterona, utilizada muitas vezes em altas dosagens, onde na verdade a reposição mais assertiva seria o feminino estradiol. E mesmo assim, apenas hormônios não resolvem o problema, é necessário outras vertentes em paralelo ao tratamento. 


''Muitas mulheres utilizam a testosterona, e suplementos como a maca peruana, androsten, ginseng africano, entre muitos outros, como alternativas para recuperar a libido. Mas é o que digo para minhas pacientes no consultório, 'se nem hormônios resolvem, como seria tão fácil cessar este problema apenas com esses suplementos que nada mais são do que placebos?' Não existiriam tantos casos pelo mundo se fosse algo simples e rápido de se resolver. É preciso despertar a libido na própria pessoa, antes de qualquer coisa. Todas as mulheres que possuem conhecimento não sofrem mais com isso, porque elas conseguem ressignificar, na prática, e despertar a libido nela, independente dela ter um parceiro(a) ou não. 


Selecionamos os cinco passos mais importantes para ressignificar a falta de libido, ter mais qualidade de vida, e consequentemente, incluir os orgasmos na rotina sexual. 


1 - Autocuidado


O autocuidado é o principal ponto para melhorar a libido. Ela não tem a ver com o parceiro ou relacionamento, ela está totalmente ligada à própria pessoa. O autocuidado precisa ser essencial e prioridade na vida, assim como o autoamor, e ambos os pontos estão totalmente conectados com a libido. Quando a mulher se cuida, ela consegue receber e retribuir todos os afetos e cuidados que chegam até ela.


A libido só pode ser resgatada pela própria pessoa, porque ela precisa se reconhecer como merecedora de tê-la. Faça elogios na frente no espelho, valorize as coisas difíceis que você passou que foram tão difícies e mas que superou, pare de ver e colocar defeitos em si, olhe para as vitórias e as comemore. Tenha orgulho de si e não se despreze.  Estes exercícios valem para todos, casadas, solteiras, viúvas, divorciadas, ou qualquer outra condição.


2 - Autoamor


O autoamor anda de mãos dadas com o autocuidado, e poderia ser o primeiro tópico dessa lista. As mulheres precisam se amar. Sem isso, os estímulos e afetos externos nunca serão reconhecidos por ela.


Outros pontos muito importantes do autoamor, são a autoaceitação (aceitar a si mesmo, com todas as suas qualidades, imperfeições e peculiaridades), reconhecer e valorizar quem você é, sem buscar a validação externa ou se comparar com os outros. Ser gentil consigo, adotar hábitos mais saudáveis, estabelecer limites no dia a dia (respeitando suas próprias necessidades e prioridades), e ser verdadeiro e autêntico com você. É importante lembrar que o autoamor é um processo contínuo e individual. Cada pessoa pode ter suas próprias ênfases e prioridades dentro desses aspectos. O mais importante é desenvolver uma relação saudável e amorosa consigo mesmo, reconhecendo seu valor intrínseco.


3- Skincare íntimo da magnífica


Fazer diariamente o skincare íntimo na magnífica (apelido carinhoso da vagina) é fundamental para recuperar a libido. Do mesmo jeito que você escova os dentes, toma banho, penteia os cabelos, passa protetor solar, a magnífica não pode ser deixada de lado, ela faz parte de você, e precisa de cuidados, ser valorizada e admirada. A grande maioria das mulheres não veem sua própria vagina, não as tocam, e não sabem nada a respeito. É preciso conhecer todas as partes da região. Pega um espelhinho e olhe ela. Eu falo para as minhas pacientes, conversa com ela, troca intimidade, faz uma massagem, passa um creme, cuida da magnífica como ela merece, afinal, é ela a responsável por te dar prazer.


Um ponto que influencia também, é a mulher achar que existe um padrão. A vagina é igual a digital, cada mulher tem uma diferente. Não compare com nenhuma outra, essa é a sua identidade, então valoriza a magnífica que você tem. Não existe perfeição para ela. É direito da mulher não gostar dela, e se isso mexe com a autoestima, sem problemas, busca uma ajuda, procura uma solução. O que não dá é para ficar complexada e abalada. Hoje, o Brasil está  batendo recorde de cirurgia na magnifica. E eu me pergunto, porque as brasileiras não estão satisfeitas e querem mudá-las? E se seu parceiro(a) colocar defeito na sua magnífica, repense nesta relação.  


4 - Resolva a dor/desconfortos na relação sexual


Não tem como pensar em ter relação sexual se você sabe que vai te causar um sofrimento. O prazer foi feito para ser bom para os dois. Não postergue quando estiver ruim. Eu sempre aconselho a dividir com o parceiro os pontos que não estão bons para você, porque senão ele nunca saberá, vai achar que está tudo certo,  e nada vai melhorar. Pelo contrário só piora. Em casos apenas de desconfortos, vale sugerir alternativas como usar brinquedos, cremes e outras coisas que cada casal saberá definir bem.


Um dos pontos mais importantes desta quarta dica é a importância de tratar a atrofia vaginal. Existem vários métodos, entre eles, utilizar hormônio local, fazer a massagem diariamente na magnífica e fisioterapia pélvica. E se tudo isso não resolver, aí sim, parte para outro nível, que é o tratamento com o laser. Mas eu recomendo em último caso. A relação sexual não pode ser um martírio e algo ruim. Se dói, ninguém quer, e consequentemente a libido baixa muito. Eu escuto queixas no meu consultório diariamente ''quero voltar a ter prazer como eu sentia há 20/30 anos''. A idade não pode ser limitante, até o último dia da vida, dá para namorar.



Outro ponto, se falta carinho, que é um estimulador importante para as mulheres, senta com o parceiro e conversa. O que não dá é para aceitar e não agir. Se existirem outras situações que envolvem mágoas, rancores de problemas passados, resolva. Chame um especialista, busque a terapia de casal, e vire a página. Manter sentimentos ruins em um relacionamento não pode. Ou desiste e termina, ou se ama muito joga fora essa dor emocional e recomeça, senão isso também vai impactar muito na libido. Existem as dores físicas e as da alma.


Fiz uma enquete no meu Instagram, e mais de 70%, revelou que fingem ter orgasmo para o parceiro. E isso é péssimo porque não pode ser vergonhoso. As mulheres têm muitas barreiras contra elas mesmas. Chega de tabus com a magnífica, esse encontro tem que acontecer.


5 - Pare de Fugir


Pare de fugir da sua sexualidade e relacionamento. Fingir que está dormindo, ou com enxaqueca não resolve, tem que enfrentar a causa. Porque pode funcionar por pouco tempo, mas isso encolhe e apaga a mulher. Quando a gente se abre para um relacionamento, a sexualidade deve ser uma das prioridades. Dizer ''não'' para o parceiro e  deixar quieto é mais fácil. 


Quando planejar pensar em uma boa desculpa para fugir, pare, pense e liste nos bons motivos para ter aquela relação. E em seguida, faça o mesmo para o oposto. Quais são esses motivos positivos e negativos e os compara. Eles nos dizem muitas coisas.


Enfrentar  é melhor para reverter a insatisfação. Quando a mulher fala ''não''para o parceiro, na verdade, ela está dizendo ''não'' para ela. Não deixe o desânimo vencer. 

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Para 24% das brasileiras, o sexo ainda é um tabu, revela pesquisa

 


A informação é de um estudo promovido pela Miess Sex Shop


A sexualidade é uma parte profundamente pessoal e natural da vida humana, mas as percepções sociais em torno dela continuam a variar entre as culturas. Segundo a pesquisa “Prazer sexual! Você sabe o que é isso?”, organizada pela Miess Sex Shop, 24% dos brasileiros ainda rotulam o sexo como um ato pecaminoso.  


Em muitas tradições religiosas conservadoras, o sexo é muitas vezes considerado pecaminoso quando praticado fora dos limites do casamento e para fins puramente prazerosos. 


Essa perspectiva decorre da ideia de que o sexo deve ser apenas para procriação e dentro dos limites de um relacionamento monogâmico. A noção de pecado original, presente em alguns ensinamentos religiosos, contribui ainda mais para a visão de que a sexualidade humana é inerentemente pecaminosa ou impura. 


Apesar disso, há quem não pense dessa forma. De acordo com o estudo feito pela Miess, 10,19% das pessoas afirmam que mudaram de opinião sobre o assunto e 5% tiraram essa ideia da cabeça a partir da mudança de suas crenças religiosas.


Sexo como pecado: uma concepção histórica


A percepção do sexo como pecaminoso no Brasil remonta à sua história profundamente influenciada pelo catolicismo. O predomínio do catolicismo no país incutiu fortes valores morais e religiosos, onde se enfatiza a abstinência antes do casamento e a fidelidade dentro do casamento. Essas normas culturais e religiosas contribuíram para a percepção do sexo como um assunto tabu ou moralmente errado, muitas vezes associado à culpa e à vergonha. 


Apesar da crescente secularização e do surgimento de interpretações religiosas mais liberais, os valores religiosos tradicionais ainda dominam uma parcela significativa da população.

 


Por que sexo ainda é considerado tabu?


O termo “sexo” está no ranking dos mais buscados na internet. De acordo com a plataforma de marketing digital SemRush, a palavra movimenta mais de 1 milhão de buscas mensais no Brasil. Isso só confirma a natureza curiosa do ser humano sobre este assunto. 


Não importa a idade, seus olhos sempre vão captar rapidamente a palavra no meio de um texto qualquer. Mas por que temos tanta curiosidade sobre o assunto? 


Especialistas afirmam que a curiosidade pelo ato sexual é mais normal do que imaginamos, afinal, os humanos foram criados para reproduzir e já nasceram condicionados ao sexo. Assim, é natural que tenhamos tanto interesse no assunto. 


Mas, apesar da curiosidade e dos avanços feitos ao longo do tempo no que diz respeito à abertura e aceitação, o tema ainda é visto como um tabu por muitos.  


Vários fatores contribuem para o estigma contínuo em torno do sexo. Em primeiro lugar, as influências históricas e culturais enraizaram crenças e normas em relação à sexualidade, muitas vezes associando-a à vergonha, sigilo e imoralidade. A religião, com suas diversas doutrinas e interpretações, desempenhou um papel significativo na formação de atitudes sociais em relação ao sexo. 


Além disso, a falta de educação sexual abrangente e inclusiva em muitas regiões perpetua o tabu, pois prevalece a ignorância e a desinformação. O medo do julgamento, a pressão social para se conformar e as preocupações com a privacidade e os limites pessoais contribuem ainda mais para o desconforto em torno das discussões sobre sexo. 


Quais tabus sexuais ainda existem?


Vários tabus sexuais importantes ainda persistem na sociedade, apesar dos avanços nas atitudes e na conscientização social. Esses tabus podem ser categorizados em vários tópicos, como você vê abaixo.


Sexo é coisa de homem


Esse é um dos tabus mais antigos, ao mesmo tempo em que é o que traça seu caminho para o esquecimento também com maior velocidade. A exclusividade masculina quanto ao gosto por sexo já não faz sentido para a larga maioria da população mundial. Já é sabido que essa foi uma construção cultural que objetivava manter as mulheres submissas e sob controle.


 


Não há nem nunca houve qualquer indício científico que aponte que a apatia em relação ao sexo tenha qualquer relação com o gênero da pessoa. Em regra, toda pessoa adulta e saudável tem interesse, desejo e atração sexual, sendo plenamente capaz (e merecedora) de aproveitar o prazer no sexo.


Sexualidade e envelhecimento


Os desejos e necessidades sexuais dos adultos mais velhos são frequentemente negligenciados ou descartados, levando a um tabu em torno de discutir e reconhecer suas vidas sexuais. O preconceito de idade e os estereótipos sociais contribuem para a marginalização das experiências sexuais dos idosos e dificultam seu acesso a cuidados de saúde sexuais adequados.


Sexo é sujo


Em uma de suas citações mais famosas, o cineasta Woody Allen brinca que sexo bom é sexo sujo, se referenciando aos fluidos corporais. Porém, não há nada de sujo nas secreções que saem do pênis e da vagina, ambas servem para ajudar na lubrificação, diminuindo o atrito durante a atividade sexual.  


Somente em casos de infecções os órgãos genitais vão apresentar mau cheiro, ardências ou coceiras, sendo importante, nessas situações, realizar uma consulta com um médico para obter um diagnóstico preciso sobre esses sintomas.


Sexo oral se faz sem camisinha


Um levantamento realizado na Universidade do Pacífico, na Inglaterra, mostrou que a prática ainda é cercada de mitos entre os jovens. Mas, o maior tabu e, talvez o mais nocivo, é de que as atividades realizadas com a boca, língua e lábios não requer o uso de preservativos.  


Infecções como herpes e HPV podem passar da boca para os genitais, e vice-versa. 


Masturbação feminina e orgasmo

Na internet, os resultados de pesquisas sobre masturbação feminina são, em sua maioria, pornográficos. Enquanto isso, os relacionados à prática masculina tendem a ser mais informativos. 


A nível mundial, as mulheres, sempre tiveram a masturbação como uma tarefa pendente. A prática é encarada de forma diferente entre homens e mulheres e, portanto, por várias questões, muitas nunca nem conseguiram chegar ao clímax.  


Pesquisas apontam que 3 em cada 10 brasileiras nunca tiveram um orgasmo e, no mundo,  80% das mulheres têm dificuldade para atingir o clímax na relação sexual.


Como quebrar tabus sexuais: educação e informação


Esforços para desafiar a percepção do sexo como pecaminoso ganharam força no Brasil. Programas de educação sexual e grupos de defesa têm trabalhado para promover uma compreensão saudável e informada da sexualidade. Além disso, outras formas de quebrar os tabus do sexo são: 


Educação sexual abrangente: é essencial implementar uma educação sexual abrangente nas escolas e comunidades. Essa educação deve incluir informações precisas sobre saúde sexual, consentimento, questões LGBTQ+ e diversas práticas sexuais;


Reformas legais e direitos humanos: defender reformas legais que protejam os direitos sexuais e abordem a discriminação também é importante. Isso inclui descriminalizar atividades sexuais adultas consensuais e garantir o acesso a cuidados de saúde sexual abrangentes, incluindo direitos e serviços reprodutivos.


Diversidade cultural: enfatizar a sensibilidade cultural nas discussões e educação sobre sexo ajuda a criar um ambiente mais inclusivo, garantindo que diversas práticas e crenças sejam compreendidas e aceitas sem julgamento. 


Estas iniciativas visam capacitar os indivíduos com conhecimento, incentivando-os a fazer escolhas informadas e promover uma atitude positiva e respeitosa em relação ao sexo.


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