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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Salvador lidera ranking de violência contra mulheres no Nordeste

Psicólogo explica que vítimas podem desenvolver problemas psicológicos e dá dicas de como enfrentar relacionamentos abusivos

Está nos noticiários, nas telenovelas ou pode acontecer dentro da sua própria casa. A violência, com relação às mulheres, tem se tornado uma preocupação generalizada, sobretudo quando se trata de relação abusiva entre cônjuges, em que há excesso de poder sobre outra pessoa, oprimindo-a, humilhando-a e anulando seus desejos e escolhas. De acordo com recente estudo realizado pela ONU Mulheres, em parceria com a Universidade Federal do Ceará, Salvador lidera o ranking de agressão contra esse público, no Nordeste. Ainda segundo o estudo, na capital baiana, quase 20% das mulheres foram vítimas de violência doméstica. 

Para o psicólogo e diretor da Clínica Fênix, Joaquim Moura, relacionamentos abusivos podem desencadear problemas psicológicos na vítima, sendo a Síndrome do Pânico e a Depressão as doenças mais frequentes. O psicólogo ainda explica que, “através de movimentos sedutores e de conquista, é perfil do abusador elaborar um ambiente hostil, fazendo com que sua parceira não consiga sair do relacionamento, pois seus atos, muitas vezes, são justificados pelo uso de álcool ou por conta de um descontrole momentâneo”.

Ainda de acordo com o especialista em Saúde Metal, o abusador, que mantém esse tipo de relacionamento, possivelmente tem problemas de autoestima ou já sofreu traumas na infância. “Reviver essa situação, na posição de algoz, dá uma falsa relação de controle da situação e é validada pelas suas outras relações, já que é uma tendência de pessoas inseguras se cercarem de outras como ela”, explica.

Um movimento muito utilizado pelos abusadores é chamado de “gaslighting”, que é um tipo de violência psicológica, em que o abusador distorce as informações para favorecer o seu discurso e deixar a vítima confusa e duvidosa de sua própria memória, percepção e sanidade. Esse é um tipo de violência que acontece com muita frequência, embora ainda existam outros tipos, como a física, verbal ou sexual.

Preciso de ajuda?

Sabendo de todo esse processo, por que alguém se mantém em um relacionamento abusivo? Algumas se mantêm, pois não têm para onde ir, são  dependentes financeiramente, sofrem ameaças de morte, têm medo de não receber apoio ou da exposição, além de vergonha, desconfianças,  autoestima baixa e, muitas vezes, por já possuir algum transtorno psicológico, que impede de ter energia para superar esse problema.

Para Joaquim, muitas mulheres ainda suportam, por muito tempo, o relacionamento abusivo, pois simplesmente amam seus parceiros. “Para todos esses casos é indicado procurar um tratamento com psicólogo ou psiquiatra. Esses profissionais ajudarão a vítima a encontrar saídas mais saudáveis, para que as consequências não sejam ainda piores. Vale lembrar ainda que existe o telefone gratuito, 180, que dá suporte e orientação à população feminina, em qualquer tipo de violência ou ameaça”, conclui.

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