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domingo, 16 de abril de 2023

Rede de produção de café de alto padrão da agricultura familiar

 


Governo da Bahia estrutura rede de produção de café de alto padrão da agricultura familiar 


Nesta sexta-feira (14), Dia Mundial do Café, a agricultura familiar baiana mostra seu potencial com uma rede estruturada para a produção de café de alto padrão. Para isso, o Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), já investiu mais de R$31,7 milhões no sistema produtivo do café, nos últimos oito anos.  

 


São investimentos que visam apoiar agricultores e agricultoras tanto na base produtiva, por meio da disponibilização de novas tecnologias como despolpamento do fruto, secagem em estufas apropriadas e Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), quanto na estruturação de um parque industrial capaz de armazenar grandes quantidades de produto nas safras e processá-los sem necessidade de terceiros. E, para garantir a qualidade dos produtos os empreendimentos apoiados contam ainda com laboratório de classificação sensorial.   

 


A CAR vem estimulando as organizações produtivas a produzirem o café de forma mais qualificada, e que no  pós a colheita, seja tratado com todo o cuidado para se tornar um café de alto padrão, com potencial para disputar em pé de igualdade com qualquer café do mundo. Com isso, a Bahia conta hoje com 17 empreendimentos diretamente apoiados pela CAR, por meio do projeto Bahia Produtiva, localizados nos territórios Sudoeste, Médio Sudoeste, Chapada Diamantina e Extremo Sul e Costa do Descobrimento. Destes, quatro receberam recursos para a estruturação do processamento desses grãos de melhor qualidade.  

 


O diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, ressalta que a Bahia é um importante produtor de café, sendo o terceiro maior produtor de café conilon e quarto maior produtor de café tipo arábica. Ele observa ainda que a agricultura familiar se destaca nessa produção. “Diante deste cenário, entendemos que era importante intensificar os investimentos nesse sistema produtivo vinculado a cooperativas, para que pudéssemos ter bons exemplos, intensificando a produção de café de qualidade, com identificação geográfica (IG), e que possa ofertar a agricultura familiar uma renda digna. São esses belos exemplos que queremos irradiar para todos outros estabelecimentos”.  

 

A Cooperativa Mista de Produção e Comercialização Camponesa (CPC), localizada no Sudoeste, por exemplo, cultiva café de produção sustentável, pelos camponeses do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), com os princípios da agroecologia, respeito às comunidades e à biodiversidade local. Lá, os investimentos foram concentrados na estruturação do beneficiamento primário do café. Antes dos investimentos da CAR, o café era vendido para atravessadores por preço abaixo do mercado, agora será direcionado para a Cooperativa Mista dos Cafeicultores de Barra do Choça e Região (Cooperbac).  

 

Parques industriais da cafeicultura 

Localizada no Sudoeste, em Barra do Choça, a Cooperbac é referência na região. Além dos 323 cooperados, a cooperativa já atende a mais de nove mil agricultores (as) de todo o estado. A organização recebeu recursos para a implantação da unidade de processamento e torrefação de café, no desenvolvimento de embalagens e rótulos e outras estratégias para o acesso a mercados. Entre as marcas de café comercializadas estão o Feminino Cooperbac, o Cooperbac Premium, o Café Cooperbac Premium Orgânico, o Café Cooperbac, o Café Premium em grãos e o Café Tia Rege.  

 

Assim como no Sudoeste, o território Chapada Diamantina possui duas organizações que cumprem o mesmo papel de concentrar a produção. A Cooperativa de Produtores Orgânicos e Biodinâmicos (Cooperbio), localizada em Seabra, que está prestes a iniciar o funcionamento da Unidade de Beneficiamento de Café, localizada na comunidade do Churé. Os produtos da Cooperbio já são comercializados em cafeterias de Salvador, Brasília e São Paulo e exportados para países como Portugal, Austrália, Inglaterra e Alemanha. 

Já a Cooperativa de Cafés Especiais e Agropecuária de Piatã (Coopiatã), em Piatã, conta com avanços e valorização do produto e é outra referência para os produtores de café da região. Os cafés especiais da Coopiatã já são referência internacional, premiados no Cup Of Excellence Brazil.  

No Extremo Sul, a Cooperativa Agropecuária do Extremo Sul da Bahia (Coopaesb), destaca-se na organização das redes produtivas e possui quase 290 associados. Lá, o Movimento Sem Terra (MST) registrou a marca Terra Justa, como marca dos produtos da Reforma Agrária produzidos pelos trabalhadores e famílias Sem Terra no estado. Com os recursos investidos, a cooperativa aumentou a quantidade de produção e melhorou a qualidade do café.  

Os investimentos foram realizados por meio do Bahia Produtiva, projeto executado pela CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Banco Mundial.  

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