O presente capítulo aborda as mudanças que ocorrem na família atual, destacando as políticas familiares. As necessidades que a família contemporânea enfrenta, geram uma demanda cada vez maior por políticas sociais que possam oferecer respostas. A família é muitas vezes escolhida como parceira da administração pública para enfrentar, em caráter preventivo, problemas relativos à saúde, à educação, à segurança, entre outros, especialmente junto à população de baixa renda. O estudo, que apresenta um resultado parcial do grupo de pesquisa “Família em Mudança” da Universidade Católica do Salvador (Mestrado “Família na Sociedade Contemporânea”), depois de apresentar algumas características da família contemporânea, sem a pretensão de uma visão exaustiva, discute as políticas públicas e as políticas sociais, procurando identificar o “
da administração pública para enfrentar, em caráter preventivo, problemas relativos à saúde, à educação, à segurança, entre outros, especialmente junto à população de baixa renda. O estudo, que apresenta um resultado parcial do grupo de pesquisa “Família em Mudança” da Universidade Católica do Salvador (Mestrado “Família na Sociedade Contemporânea”), depois de apresentar algumas características da família contemporânea, sem a pretensão de uma visão exaustiva, discute as políticas públicas e as políticas sociais, procurando identificar o “proprium” das políticas familiares.
Mudanças na sociedade e na família
A família participa dos dinamismos próprios das relações sociais e sofre as influências do contexto político, econômico e cultural no qual está imersa. A perda de validade de valores e modelos da tradição e a incerteza a respeito das novas propostas que se apresentam desafiam a família a conviver com certa fluidez e abrem um leque de possibilidades que valorizam a criatividade numa dinâmica do tipo tentativa de acerto/erro. A família contemporânea caracteriza-se por uma grande variedade de formas que documentam a inadequação dos diversos modelos da tradição, para compreender os grupos familiares da atualidade (SARACENO, 1997).
O valor da igualdade foi progressivamente assimilado ao quotidiano da convivência familiar, dando origem a formas mais democráticas e igualitárias de partilhar tarefas e responsabilidades entre marido e mulher. São abandonados os modelos tradicionais que atribuíam o primado ao marido, reservando para as mulheres tarefas prevalentemente domésticas, mas não emergem novos modelos familiares que tenham uma validade universalmente reconhecida e aceita. A igualdade entre os sexos estende-se do quotidiano familiar até o trabalho profissional e ao empenho cultural e político, com uma progressiva tendência a não identificar nenhum trabalho como tipicamente masculino ou exclusivamente feminino. Estas mudanças foram incorporadas ao 1 Artigo original publicado em BORGES, A; CASTRO, M. G. (orgs). Família, gênero e gerações. Desafios para as políticas sociais. São Paulo: Paulinas, 2007.
2 Bispo Auxiliar de Salvador, Bahia, é Doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP, Coordenador do Mestrado em Família na Sociedade Contemporânea da Universidade Católica de Salvador, Diretor do Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e Família, seção brasil
A família participa dos dinamismos próprios das relações sociais e sofre as influências do contexto político, econômico e cultural no qual está imersa. A perda de validade de valores e modelos da tradição e a incerteza a respeito das novas propostas que se apresentam desafiam a família a conviver com certa fluidez e abrem um leque de possibilidades que valorizam a criatividade numa dinâmica do tipo tentativa de acerto/erro. A família contemporânea caracteriza-se por uma grande variedade de formas que documentam a inadequação dos diversos modelos da tradição, para compreender os grupos familiares da atualidade (SARACENO, 1997).
O valor da igualdade foi progressivamente assimilado ao quotidiano da convivência familiar, dando origem a formas mais democráticas e igualitárias de partilhar tarefas e responsabilidades entre marido e mulher. São abandonados os modelos tradicionais que atribuíam o primado ao marido, reservando para as mulheres tarefas prevalentemente domésticas, mas não emergem novos modelos familiares que tenham uma validade universalmente reconhecida e aceita. A igualdade entre os sexos estende-se do quotidiano familiar até o trabalho profissional e ao empenho cultural e político, com uma progressiva tendência a não identificar nenhum trabalho como tipicamente masculino ou exclusivamente feminino. Estas mudanças foram incorporadas ao 1 Artigo original publicado em BORGES, A; CASTRO, M. G. (orgs). Família, gênero e gerações. Desafios para as políticas sociais. São Paulo: Paulinas, 2007.
2 Bispo Auxiliar de Salvador, Bahia, é Doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP, Coordenador do Mestrado em Família na Sociedade Contemporânea da Universidade Católica de Salvador, Diretor do Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e Família, seção brasil
João Carlos Petrini2
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