Brasil lidera ranking mundial de cirurgias plásticas estéticas em 2024, aponta levantamento internacional
Com mais de 2,3 milhões de procedimentos cirúrgicos, país supera os Estados Unidos e lidera intervenções estéticas com bisturi; Anadem alerta para riscos de judicialização e para segurança do paciente
O Brasil se tornou o país com maior número de cirurgias plásticas estéticas do mundo em 2024, de acordo com o levantamento da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS). Foram registrados 2.354.513 procedimentos cirúrgicos e, no total geral de procedimentos estéticos (cirúrgicos e não cirúrgicos), o país ocupa a segunda colocação global, com 3.123.758 intervenções realizadas no ano, atrás apenas dos Estados Unidos.
Ainda segundo dados do estudo, o Brasil também está em segundo lugar no número de cirurgiões plásticos. Em relação ao “turismo médico”, o país recebe mais pacientes dos Estados Unidos, Portugal e Itália.
As informações reforçam o protagonismo brasileiro na área da cirurgia estética, mas também reacendem discussões sobre a judicialização na saúde e a segurança do paciente. Dados do Infográfico 2024: judicialização da saúde e da medicina no Brasil mostram que a cirurgia plástica é a terceira especialidade médica mais demandada judicialmente.
Segundo o presidente da Anadem (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética), Raul Canal, o avanço quantitativo precisa ser acompanhado de responsabilidades técnica, jurídica e ética. “O Brasil liderar em cirurgias plásticas é também um reflexo da confiança na medicina estética nacional e em seus profissionais de excelência, mas isso exige mecanismos sólidos de controle e boas práticas. A segurança do paciente e o respeito aos limites éticos precisam estar no centro do debate”, afirmou.
O especialista em Direito Médico também reforça que é essencial seguir as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a segurança do paciente. “É urgente que instituições e profissionais de saúde desenvolvam iniciativas e se adequem às melhores práticas relacionadas à segurança do paciente. Itens como identificação do paciente, prescrição de medicamentos, prevenção contra infecções e adesão a políticas de comunicação claras devem ser implementadas e seguidas à risca”, ressalta.
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