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terça-feira, 25 de abril de 2017

Pesquisa realizada na Bahia sobre Doença de Chagas é destaque em revista internacional de patologia

Um estudo realizado no Centro de Biotecnologia e Terapia Celular (CBTC) do Hospital São Rafael (HSR), na Bahia, sobre a Doença de Chagas foi destaque na capa do The American Journal of Pathology – conceituada revista internacional. De acordo com um dos pesquisadores da unidade de saúde, Bruno Solano, os resultados obtidos durante as análises e divulgados na edição, são importantes para o desenvolvimento de novos tratamentos para a patologia que, atualmente, conta com opções terapêuticas limitadas. 

A pesquisa consiste na busca de tratamentos, não somente que atuem sobre o parasita que causa a doença, oTrypanosoma Cruzi, mas também sobre o processo de inflamação e fibrose que ocorre no coração, prevenindo a perda da função cardíaca ou restaurando a função do órgão, por meio da aplicação de fármacos, fatores de crescimento e células-tronco.

O trabalho de pesquisa é realizado no CBTC, em parceria com a Fiocruz e o Hospital do Coração de Messejana (Ceará) - centro de referência para transplante cardíaco na região Nordeste e que forneceu amostras para as análises. De forma geral, os pesquisadores estão investigando de que modo a produção de uma molécula chamada galectina-3, na Doença de Chagas, está associada ao processo de inflamação e fibrose no coração. 

“Quando bloqueamos a galectina-3, impedindo sua função, a fibrose e inflamação no coração são reduzidas, melhorando o quadro clínico. Estes são resultados de estudos experimentais de laboratório, de pesquisa básica, em culturas de células e em animais. No entanto, analisamos também amostras de coração de pacientes com Doença de Chagas, que passaram por transplante cardíaco, e notamos que também há presença da galectina-3 no tecido cardíaco de humanos, indicando que este pode ser um importante alvo para o desenvolvimento de novas terapias”, esclarece o pesquisador.  



Doença de Chagas

Dados da Organização Mundial de Saúde indicam a existência de, aproximadamente, sete milhões de indivíduos infectados pela doença, que afeta o coração, a maioria na América latina, sendo que 30% destes desenvolvem uma forma grave, que pode levar à morte. As práticas de tratamento atuais são as mesmas que são oferecidas aos pacientes com insuficiência cardíaca decorrentes de outras causas. “Em casos graves, a única opção é o transplante cardíaco, que é pouco disponível e associado a outras complicações”, conclui o especialista.

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