No verão, o calor e o excesso de umidade podem formar um ambiente propício à proliferação de mosquitos, vírus e bactérias que transmitem doenças como dengue, febre amarela, hepatite A, entre outras. Além disso, grandes grupamentos de pessoas, nas festas, nas idas para praias aumentam, e consequentemente, as doenças também.
Isso sem contar que estamos num período de alerta total contra uma doença perigosa que pode levar à morte. O Brasil vive o maior surto de febre amarela dos últimos tempos. É uma doença infecciosa causada por vírus cujos principais sintomas são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A doença pode se agravar e chegar a apresentar insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.
A vacina é considerada altamente segura; porém determinados grupos de pacientes não tem recomendação para aplicação. São eles: pessoas com imunossupressão provocada por doenças ou medicações, pessoas com reação alérgica grave à proteína do ovo, pessoas com doença febril em curso. Gestantes, crianças com idade acima de seis meses e abaixo de nove, e pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, devem passar por avaliação médica para atestar a necessidade e condições para realização da vacina. A vacina também impede a doação de sangue por um período de quatro semanas.
O resto da população a partir de 9 meses de idade deve ser imunizada. Quem já tomou a vacina, não precisa repetir a dose. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, estudos mostram que uma só aplicação é capaz de dar imunidade por toda a vida.
A vacina também é essencial para quem viaja a áreas endêmicas dentro do País. Segundo o Ministério da Saúde, hoje são: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas, Bahia, São Paulo e Rio.
De acordo com a responsável técnica de vacinação do Leme, Jamile Oliveira, a orientação da ANVISA para viagens internacionais, no caso da necessidade da emissão do Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP), a vacinação da febre amarela deve ser feita com antecedência mínima de dez dias da viagem.
OUTRAS DOENÇAS
“É preciso considerar a importância da prevenção de outras doenças que são atemporais, algumas com maior, outras com menor incidência, mas com alto grau de letalidade, ou que podem levar a complicações irreversíveis. São elas: a Meningocócica dos tipos ACWY e B, Sarampo, Caxumba e Rubéola, Varicela (catapora), Influenza (gripe), Pneumocócica, Hepatite A e B, Dengue, HPV, e outras.
Por isso, a prevenção vai além dos cuidados básicos, seja por evitar o contato com secreção por espirro, tosse, beijos, e o compartilhamento de itens pessoais, pelo uso de preservativos e uso de repelente, entre outros. O ideal é procurar um centro de vacinação de referência, e se informar sobre as vacinas que pertencem ao calendário de vacinação do grupo do seu interesse (criança, adolescente, adulto, idoso, viajante, ocupacional, atleta), afirma Jamile. A vacinação é a forma mais eficaz, para garantir que ficará longe de grandes surtos de doenças.
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