Depois de dias de impasse, confusões e informações desencontradas, o
presidente Jair Bolsonaro enfim decidiu exonerar Gustavo Bebianno do
cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (18) pelo porta-voz da
Presidência, Otávio do Rêgo Barros.
“O excelentíssimo senhor presidente da República decidiu exonerar
nesta data do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da
República o senhor Gustavo Bebianno Rocha. O senhor presidente da
República agradece a sua dedicação à frente da pasta e deseja sucesso na
nova caminhada.”
O porta-voz da presidência afirmou ainda que, no lugar de Bebianno,
assumirá o general da reserva Floriano Peixoto Neto. O militar será o
oitavo a assumir um ministério no governo de Jair Bolsonaro.
Ex-presidente do PSL, Gustavo Bebianno foi alvo de denúncias do
jornal Folha de S. Paulo. O veículo apontou supostas irregularidades em
sua gestão à frente do caixa eleitoral do PSL. O partido é suspeito de
liberar verbas para candidaturas laranjas.
Para acalmar os ânimos, diante da repercussão negativa causada pela
denúncia, Bebianno afirmou ao jornal ‘O Globo’ que conversou três vezes
com o presidente Jair Bolsonaro em uma tentativa de desfazer a impressão
de que vem sofrendo desgastes dentro do governo. O filho de Bolsonaro,
Carlos, conhecido como Pitbull, fez jus ao nome e resolveu divulgar um
áudio nas redes sociais em que o presidente desmente o Secretário-Geral
da Presidência. Carlos e Bebianno são desafetos declarados.
A partir daí, a confusão não parou de crescer. Bebianno, que
inicialmente soltou nota avisando que não se demitiria, fez declarações
colocando em dúvida a biografia de Bolsonaro.
Diante do cenário praticamente irreversível, o ex-presidente do PSL
encerrou sua participação no governo e teve sua exoneração confirmada.
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