De bem com a balança: Gastroenterologista
destaca as principais causas e problemas decorrentes do sobrepeso e da obesidade
e dá dicas de como evitá-los
Dados do
Ministério
da Saúde, no ano de 2018, mostram que 18,9% da população acima de 18 anos nas capitais brasileiras é
obesa.
O percentual é 60,2% maior que o obtido na primeira vez que o trabalho
foi realizado, em 2006, quando essa parcela era de 11,8%. A obesidade no
Brasil começa cada vez mais cedo. Entre meninos e meninas de 5 a 9
anos, 33% já estão acima do peso e 15% são considerados
obesos.
Considerada uma epidemia mundial, a
obesidade também aumenta o risco de
infarto. Uma vez diagnosticado o problema, deve-se investir no controle
do peso de modo continuado, saudável e em longo prazo. Perder peso
rápido e ganhar novamente, ou seja, o efeito sanfona,
traz prejuízos ao organismo. O cuidado vale também para as dietas
milagrosas, com medicamentos, chás e suplementos que prometem perda
rápida de peso.
A
orientação é procurar o acompanhamento de um médico que vai analisar os
hábitos de vida, o histórico de doenças e a história familiar do
paciente para propor
cuidados e uma alimentação saudável, que deve ser incorporada à rotina
durante toda a vida. A médica gastroenterologista Virgínia Figueiredo,
da Diagnoson a+, destaca que as principais causas do sobrepeso e da
obesidade são a má alimentação e o
sedentarismo, agravados ainda pela ingestão de álcool em grande
quantidade, combinação perigosa, mas que pode ser evitada.
Uma
alimentação desequilibrada, marcada pela ingestão de alimentos
processados pobres em nutrientes, vitaminas e minerais, pode trazer uma
série de riscos à
saúde. É o caso do sobrepeso e da obesidade,
que escondem por trás dos quilos extras uma relação extensa de
complicações que vão muito além da estética. Diabetes, hipertensão,
dislipidemia, que é o excesso de gordura no sangue,
e esteatose hepática, conhecida como doença do fígado gordo, são
algumas delas.
A
médica lembra, também, que o hábito alimentar saudável deve ser
construído já na infância. Consumos de refrigerante, sucos artificiais
ou mesmo sucos naturais,
com açúcar adicional, embutidos e o abuso de alimentos processados, são
prejudiciais à saúde e favorecem quadros de
obesidade desde a infância precoce.
No
lugar deles, vale apostar em alimentos naturais, ricos em fibras,
nutrientes e vitaminas e com baixo teor de açúcar (frutas, legumes,
grãos, cereais), que
são fundamentais para o bom funcionamento do organismo. Dra. Virgínia
lembra que não é preciso se privar do que gosta de comer ou ficar
escravo da balança. “O caminho é o do equilíbrio. Quando percebemos que é
possível preparar alimentos saudáveis e saborosos,
e que podemos contar com eles para a promoção da nossa saúde e do nosso
bem-estar, fica mais prazeroso adotar uma alimentação alinhada à um
estilo de vida mais saudável”, afirma.
A
obesidade infantil precisa ser olhada
com atenção pelos pais e escolas, que devem envolver a criança numa
rotina alimentar saudável. A ida ao mercado é um momento importante e
saber escolher os alimentos que colocamos no carrinho
é parte fundamental do processo de controle e combate ao sobrepeso.
Feliz com a balança e com a saúde
Dra. Virgínia destaca algumas dicas para quem quer evitar o sobrepeso e quadros de obesidade: evitar alimentos processados, reduzir a quantidade de óleos, sal e açúcar e diminuir o consumo de bebidas alcoólicas são regras de ouro. Abusar de temperos naturais, como cebola, salsinha, cebolinha, coentro, cúrcuma, páprica, açafrão, e tantos outros, estão liberados, bem como tirar proveito da diversidade de frutas e legumes comuns no Brasil.
Dra. Virgínia destaca algumas dicas para quem quer evitar o sobrepeso e quadros de obesidade: evitar alimentos processados, reduzir a quantidade de óleos, sal e açúcar e diminuir o consumo de bebidas alcoólicas são regras de ouro. Abusar de temperos naturais, como cebola, salsinha, cebolinha, coentro, cúrcuma, páprica, açafrão, e tantos outros, estão liberados, bem como tirar proveito da diversidade de frutas e legumes comuns no Brasil.
Praticar
atividades físicas e realizar os exames de imagem e sangue pertinentes,
é essencial. “Um check-up pode sinalizar altos níveis de gordura e
açúcar no
sangue, bem como a presença de gordura no fígado e ligar o alerta de
que é preciso frear o ganho de peso”, frisa.
IMC
O índice de massa corporal (IMC) é uma medida para avaliar se a pessoa está no peso adequado à sua altura. Ele é simples de calcular e revela informações importantes sobre nossa saúde.
O índice de massa corporal (IMC) é uma medida para avaliar se a pessoa está no peso adequado à sua altura. Ele é simples de calcular e revela informações importantes sobre nossa saúde.
Como calcular: peso em kg dividido por duas vezes o valor da altura em metros.
Se o valor deu entre 25 e 29, é preciso
ficar alerta, pois é indício de sobrepeso, condição que favorece o
aparecimento ou o agravamento de doenças:
Situação
|
Peso adequado
|
Sobrepreso – Pré-Obesidade
|
Obesidade
Grau 1
|
Obesidade
Grau 2
|
Obesidade
Grau 3
|
IMC
|
18,6 - 24,9
|
25,0 - 29,9
|
30,0 - 34,9
|
35,0 - 39.9
|
Acima de 40,00
|
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