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quarta-feira, 25 de março de 2020

Psicóloga alerta como identificar um relacionamento abusivo

Psicológa - Lorena Santana
Os relacionamentos abusivos têm afetado, de forma considerável, muitas pessoas em todo o Brasil.

A Psicóloga Comportamental Lorena Santana esclarece que é preciso entender que relacionamento abusivo não é apenas entre cônjuges, pode acontecer nos mais variados relacionamentos da sociedade, por exemplo, entre amigos, familiares, parentes. Disse ainda que, neste tipo de convivência, uma das partes exerce poder e controle sobre a outra. O abusador tem um discurso direcionado em todas as suas solicitações, ele alega não estar pedindo nada demais e que todo comportamento é inclinado para o bem-estar de ambos. 

 De acordo com a Psicóloga, “uma das maneiras de identificar um relacionamento abusivo é quando a vontade de uma das partes quer sempre prevalecer, e a figura do abusador quer perpetuar a vontade dele. Neste sentido, a vontade do abusado é continuadamente deixada para segundo plano. Muitas vezes é solicitado pelo abusador que haja a redução total ou parcial dos contatos sociais, em tempos de redes sociais, que muitas pessoas acabam vivenciando um relacionamento abusivo e não se dão conta.”

 Outro fator é o acesso forçado às contas de redes sociais e conteúdos privados, como mensagens, logar redes, solicitando aparelho celular com a finalidade de monitorar com o que o parceiro ou a parceira está tendo contato com terceiros e até mesmo responder às mensagens; em alguns casos até senha do celular é compartilhada. É comum que o abusador trate essa questão como uma demonstração de confiança, argumentando "Se você não tem nada a esconder, porque não posso ter acesso à sua rede social?”

A profissional destaca algumas características das pessoas que se alimentam do relacionamento abusivo: traços comportamentais dirigidos à posse entre o cuidado e o abuso, gerenciar conta bancária, controle nas compras do parceiro, isso vem acompanhado do discurso que o parceiro está gastando muito. Determinar o valor que o outro pode gastar e, a partir desse ponto, o abusador passa a monitorar o extrato bancário, para verificar os gastos e certificar se o abusado está obedecendo às suas ordens. Isso nada mais é do que posse sobre o poder de compras do sujeito, que configura um relacionamento abusivo. 

Lorena orienta como as pessoas podem se proteger desse tipo de relacionamento: “é preciso entender que esse convívio sempre terá um lugar e uma função na vida desse sujeito, seja mulher ou homem, muitas pessoas se mantém em um relacionamento por acreditarem que não conseguirão encontrar um novo e por crerem que toda relação é igual e, portanto, não adianta tentar com outra pessoa. É preciso ressignificar as crenças, para que possam compreender o que está por trás da adesão, manutenção e da permanência no relacionamento. 

A pessoa pensa que o relacionamento vai ser o único da vida e que nunca vai encontrar outra pessoa e que todo relacionamento é igual. De fato, essas crenças vão inclinar o indivíduo a permanecer no relacionamento. A forma primordial para se proteger é mudar as crenças. A nossa cultura tem uma máxima que diz: ‘todo homem é igual’. Logo, pensa que tudo o que as demais mulheres sofrem, todas terão que sofrer. E isso acaba por descaracterizar os relacionamentos. E, por conta disso, acreditam que não adianta tentar com outra pessoa. A forma de se proteger é mudar as crenças, a forma de pensar, ter um conceito diferente, e assim, alavancar a situação.”

Muitas são as sequelas, marcas e consequências provocadas pelos relacionamentos abusivos, a autoestima, humor deprimido, que podem evoluir para quadros depressivos, quadros de ansiedade, aumento de peso, redução significativa do peso, quadros compulsivos onde o sujeito pode fazer uso demasiado de álcool, drogas ilícitas, compras excessivas, e até desejo de sair da relação e permanecer em um ciclo vicioso.  
Luria sarraf. Jornalista.
 A respeito do tema, a Jornalista Lúria Sarraf emitiu a sua opinião: “vejo que pessoas tem recuado em iniciar e manter relacionamentos afetivos, porque consideram alto o risco, devido à frustrações anteriores. Frustrações que são consequências de insucessos e/ou de relações abusivas. Experiências vivenciadas tem feito com que grande parte prefira adiar ou abrir mão de um compromisso. Esses conflitos emocionais são consequências do que hoje conhecemos (mas pouco fazemos algo para mudar) como "a época dos relacionamentos líquidos". A grande indagação é: se cada parte envolvida fizer a sua parte, os resultados serão envolvimentos satisfatórios ou repetições de  ciclos viciosos?”

A Psicologia ajuda às vítimas desses casos, na tentativa de buscar compreender como se estabeleceu esse relacionamento na vida do sujeito em questão. E depois, tenta mapear essas crenças dominantes e estabelecer novas estratégias de suporte e de enfrentamento, de acordo com cada caso, mantendo sempre o foco na autoestima. O desenvolvimento da autoestima, o perceber-se enquanto pessoa, gostar da sua imagem, que normalmente nesses relacionamentos há uma descaracterização da importância do sujeito. O aumento da variabilidade comportamental que, no senso comum, significa viver bem, o empoderamento enquanto pessoa, agregado ao sentido real da vida, todas essas questões são trabalhadas para ajudar às vítimas de agressões físicas, emocionais e morais desses casos em questão.


Texto Ana Meira Dias
Fotos arquivo pessoal.

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