Apesar da crise, pandemia faz crescer o mercado pet no país
Com as medidas de distanciamento social muitos setores acabaram quebrando e entrando em crise, mas um setor que cresceu foi o mercado de Pets. Em casa por mais tempo, as famílias adquiriram muitos mais pets que o normal. De acordo com pesquisas, o Brasil encerrou 2020 com cerca de R$ 40,1 bilhões de faturamento, 13,5% a mais que o ano anterior. Isso faz com que o país seja o terceiro na lista de nações com os maiores mercados pets, atrás apenas de EUA e China.1
Pensando nisso, a professora e coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Unime Lauro de Freitas, Aline Quintela, traz algumas dicas para quem quer ser tutor de pet.
SEGURANÇA E PROTEÇÃO
Quando a família decide trazer um pet para casa, é necessário tomar alguns cuidados na preparação do lar, pois assim como crianças, os pets são muito curiosos e querem explorar cada centímetro do novo lugar.
“É preciso telar janelas, cercar escadas e piscinas, ter muita cautela com tomadas e fios que fiquem expostos e ao alcance dos animais, evitar que os pets tenham contato com armários e locais que produtos de limpeza e medicamentos ficam estocados. Nos jardins, é necessário retirar plantas tóxicas, como a comigo-ninguém-pode, por exemplo, e não deixar objetos e brinquedos que possam ser engolidos ao alcance dos novos companheiros”, explica a coordenadora.
Outra dica importante é colocar um tecido fixo, como um carpete, na escada para que sirva como amortecedor ou antiderrapante. Dito isso, se atente ao piso. Os assoalhos de cerâmica e porcelanato são os que menos derrapam, reduzem ruídos e são mais fáceis de limpar. Outro piso indicado é vinílico, que além de também ser prático na limpeza, não prejudica as patinhas e é atérmico.
ALIMENTAÇÃO
Aline Quintela pontua que cada espécie animal tem suas necessidades nutricionais que devem ser atendidas. “Por exemplo, jabutis são onívoros, animais que se alimentam de carne, ovos, frutas, verduras e legumes, mas que erroneamente, às vezes são alimentados apenas com alface. O desequilíbrio nutricional pode trazer muitos problemas de saúde, portanto, consulte o Médico Veterinário para saber exatamente que tipo de alimentação deve ser dada ao seu bichinho, seja ele um cão, um gato, um coelho ou um peixinho”.
O profissional vai dizer o que eles devem comer, qual a quantidade correta, quantas vezes por dia, além de explicar também quais os alimentos que podem trazer problemas de saúde graves para o seu pet. Por exemplo, o chocolate e a uva são extremamente tóxicos para cães e não podem jamais ser oferecidos aos mesmos.
Algo que não é comida, mas os pets amam comer, são as plantas. Algumas plantas não são boas para se ter com animais em casa, podem ser nocivas. Portanto, prefira criar Grama de Alpiste, Trigo ou Aveia; Chifre de Veado; Flor de Maio; Rosas; e Temperos.
Preste atenção também onde o novo integrante terá as refeições. Prefira um local arejado e livre de muitos móveis e objetos. Eles devem ter um comedouro para alimentação e outro para água, nunca o mesmo para os dois. Para isso, o melhor material é o aço inoxidável, por riscar e estragar menos que os de plástico, acrílico e alumínio e, se ele ainda for filhote, você terá de trocar os recipientes de comida e água conforme ele cresce.
TRANSPORTE
A coordenadora alerta que cães jamais devem sair de casa sem coleira e guia. “Se você vai passear ou viajar de carro com seu pet, fique atento, pois ele não pode ir no colo do motorista e não deve jamais ir com a cabeça para fora do carro, por conta do risco de acidentes e de lesões nos olhos e nos ouvidos, cães de pequeno porte e gatos podem ficar dentro de caixas de transporte, nas cadeirinhas de transporte ou presos aos cintos de segurança próprios para animais, que deixam o animal confortável e seguro no banco de trás”.
Lembrem-se, gatos não devem sair de casa sozinhos, pois isso pode trazer sérias consequências, como atropelamento, envenenamento e doenças infectocontagiosas. Além disso, avise seu veterinário se o pet não se der bem em veículos, aviões ou se a viagem for longa para juntos poderem ajudá-lo.
SAÚDE
“Quando adotamos um pet, uma das primeiras atitudes deve ser levá-lo ao Veterinário. Lá, seu amiguinho passará por uma consulta para avaliar sua saúde, será desverminado com medicamento que combata os parasitas, vacinados contra doenças muito perigosas, tanto para o animal, quanto para seres humanos, como por exemplo, a raiva e a leptospirose (que são zoonoses), a parvovirose e a cinomose, a FIV (Imunodeficiência felina) e FeLV (Leucemia felina), que são graves e podem ser fatais para os cães e gatos, respectivamente, mas que podem ser evitadas simplesmente com a vacinação”, explica Quintela.
O Médico Veterinário também explicará como alimentar seu bichinho, quando e como dar banho, que produtos utilizar para mantê-lo limpo e saudável, como deixá-lo entretido e feliz com brinquedos e passeios apropriados para eles.
“As visitas ao Veterinário devem acontecer a cada seis meses para a realização de checkups e consultas preventivas, além disso os pets devem ser revacinados anualmente”, conclui.
Anuário 2020. Instituto Pet Brasil. Disponível em: http://institutopetbrasil.com/2020/. Acesso em 19 de maio de 2021.
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