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terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Aumento de casos de Covid na China preocupa brasileiros

 


É o que mostra a plataforma Google Trends, que aponta ainda as dúvidas mais elencadas no Brasil; veja o que diz especialista


Reportagem Karina Dantas

Mesmo sem um aumento que tenha gerado maiores impactos nos casos de Covid-19 no país nas últimas semanas, a possível nova onda do vírus causada por subvariantes da Ômicron, e que já atinge a China, tem despertado dúvidas nos brasileiros. De acordo com dados do Google Trends, houve um aumento repentino de pesquisas sobre o assunto no último mês, principalmente quando se compara com meses anteriores.


Ouvir especialistas e entender melhor como cada variante da doença se comporta é importante para saber quais os cuidados necessários. Por isso, a Agência Tatu esclareceu as principais dúvidas pesquisadas no Google com a infectologista Sarah Dominique, que é também professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e coordenadora do Controle de Infecção Hospitalar da Unimed Maceió.




Sublinhagens da Ômicron

De acordo com a médica, a preocupação com o aumento de casos de Covid-19 está relacionada ao surgimento de duas sublinhagens da variante Ômicron no Brasil, a BQ.1 e BQ.1.1., que ameaçam um novo surto da doença. “As sublinhagens são formas de adaptação do vírus frente à resposta imunológica, seja vacinal, seja adquirida pelo adoecimento. É o acúmulo de mutações na tentativa de driblar o sistema imune que o impede de se replicar”, contou Dominique.


Sintomas da nova variante da covid

Apesar de se tratar de uma nova variante, a forma de contágio e os sintomas permanecem os mesmos já conhecidos, pois a doença não mudou. “Febre, dor de garganta, perda parcial ou total de olfato e paladar, dor de cabeça, fadiga, tosse, sinusite pelo próprio vírus da COVID e a forma grave pulmonar principalmente nos imunossuprimidos”, explicou a especialista.


Doses de reforço da vacina contra a covid

A vacinação, principalmente com as doses de reforço, ainda se demonstra como a forma mais eficaz de prevenir a ocorrência de casos graves e óbito por coronavírus. “A vacina administrada à população foi composta somente pelo vírus selvagem original, mas os estudos de prevalência do acometimento atual pela COVID evidenciam menor porcentagem nos vacinados com três a quatro doses, sim”, relatou Sarah Dominique.


Fotografia da infectologista Sarah Dominique

Médica infectologista Sarah Dominique | Foto: Marcel Vital / SESAU


Período de isolamento pós covid

Para aqueles que contraírem o vírus, o período de isolamento permanece o mesmo.


“O vírus permanece se replicando por até 10 dias nas formas leves sem imunossupressão e nos imunossuprimidos; mas independente da forma, o isolamento deve ser de 20 dias. No Brasil, foi instituída a redução do isolamento visando o regresso das pessoas sem sintomas e sem febre a partir do 5º ou 7º dia, contudo, ainda assim há replicação viral mesmo com RT-PCR não detectável. Portanto, o regresso às atividades sociais e/ou laborais deve ser feito sob uso de máscara”, disse.


Medicamentos contra a covid autorizados pela Anvisa

Ainda observando as perguntas frequentes realizadas no Google, foi possível notar muitos questionamentos acerca de medicamentos autorizados pela Anvisa.


“O antiviral já autorizado para uso pelo SUS gratuitamente e com comercialização em drogarias privadas é na verdade a associação de dois medicamentos, o Nirmatrelvir e o Ritonavir. Ambos são medicamentos antivirais, cuja ação é inibir a replicação do vírus dentro das células e, desta forma, reduzir sintomas e evitar gravidade. Deve ser administrado até o 5º dia de sintomas sob prescrição médica. O tratamento é feito fora do ambiente hospitalar e é indicado para adultos com comorbidades”, completou a infectologista.


Vitamina D e Covid-19

Outro questionamento frequente notado nas pesquisas do Google é sobre a relação entre a vitamina D e Covid-19, isto porque uma matéria recém publicada pelo G1 fala sobre um estudo que associa o déficit de vitamina D a casos graves de Covid-19. Entretanto, a médica infectologista afirma que ainda não há estudos que comprovem a eficácia da vitamina como terapêutica.


“Até porque a suplementação durante a vigência do adoecimento não dispõe de tempo suficiente para que o estoque de vitamina D aja de maneira a surtir seu efeito. Como a vitamina D é coadjuvante do sistema imune, quem tem níveis adequados terá a função da vitamina D sendo exercida, mas não há garantias de que não se evolua à forma grave da COVID”, finalizou Sarah Dominique.

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