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segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Festival Boca de Brasa mostra força das culturas da periferia de Salvador

 


Fotos: Luis Costa/Divulgação 

Uma noite para celebrar as culturas periféricas de Salvador. Essa é a frase que sintetiza toda a grandiosidade que foi o Festival Boca Brasa, promovido pela Prefeitura, através da Fundação Gregório de Mattos (FGM) no Espaço Boca de Brasa Subúrbio 360, localizado em Alto de Coutos. Com o tema “A voz que vem do gueto”, o evento foi marcado por uma programação diversa, com artistas que se formaram e construíram suas carreiras nas periferias da cidade. 

A sala de espetáculos trazia toda a atmosfera e estética dos paredões e, a cada artista que subia ao palco, o público vibrava e entoava em uma só voz todas as músicas apresentadas. Um dos primeiros artistas a subir ao palco foi o cantor Bruno Barroso. Ele, que já tem passagem pelo Festival, acredita na sua importância. “O projeto tem um significado e um peso dentro do cenário. Sua concepção coloca em pauta pessoas que talvez não teriam tanto espaço, mas que o Boca de Brasa se responsabiliza em colocá-la em evidência”, afirmou.   


Dentre as atrações, a grande estrela mirim Lilica Rocha não poderia ficar de fora dessa celebração. Para ela, “as crianças do gueto, da periferia não se sentiam representadas e, por isso, nunca se sentiam artistas. A partir desse festival, as crianças podem se ver e se formar artistas também”. Em parceria com o também cantor mirim, Eduardo Guimarães, os dois se divertiram no palco e encantaram a todos os presentes com seus talentos. 

A vice-prefeita Ana Paula Matos acompanhou todo o festival de perto e saiu encantada com tudo que presenciou. “A gente tem buscado cada vez mais investir no fortalecimento da cultura jovem, identificar esses talentos e dar as ferramentas para que eles possam se aprimorar. Na periferia existe vida, cultura, arte e muita paixão por nossa cidade”.  

Ela ainda destacou a importância do Espaço Boca de Brasa Subúrbio 360 em revelar e formar os talentos das periferias. “Hoje é um show de final de ano, mas durante o ano todo tem oficinas e cursos que ajudam na geração de emprego e renda para esses jovens”. 

  

Diversidade musical e de gênero – Com uma programação eclética, a produção do evento convocou artistas de inúmeros gêneros musicais. O público curtiu desde o gospel, a MPB, passando pelo o funk e o reggae. Tudo isso teve o intuito de apresentar toda a diversidade musical que as periferias de Salvador produzem. “Hoje, em especial, é um evento que determina que aqui é a periferia, apresentando para a própria periferia o que sua arte tem de melhor”, atestou o cantor Mavi.    

E a diversidade não ficou apenas na música: os artistas performavam com seus corpos suas ancestralidades, suas marcações de gênero e de identidade sexual. A drag queen Chocolate Batidão trouxe toda a força de sua batida e coloriu a plateia com todo seu glamour. “Estou no festival para trazer a representatividade da classe LGBTQIAP+. Espero que tenham mais eventos como esse, que promovem a cultura e engrandece essa arte, que muitas vezes não tem oportunidade”, pontuou. 


Representatividade foi o sentimento predominante na apresentação. O produtor cultural Fabrício Cumming curtiu tudo com um olhar atento e com uma alegria estampada no rosto. Ele, que sempre está presente em todos os festivais, acredita que o Boca de Brasa sempre se renova. “O projeto mostra que a galera do gueto tem arte, tem beleza, que a gente tem tudo para ser maravilhoso e é sempre”, falou, orgulhoso.   

Com muita emoção, o presidente da FGM, Fernando Guerreiro, cumprimentou a todos os presentes ao reiterar como o festival contribui para a produção cultural das periferias de Salvador. “Nesta noite, estamos presenciando um coroamento de um trabalho que vem desde 2013. Este é um lugar que tem a mesma potência de um Teatro Castro Alves. Esse é um projeto que tem que acontecer aqui para que a periferia se veja, veja seus parceiros e celebre toda sua potência artística e cultural”, exalta.   

Realização – O Festival Boca de Brasa acontece anualmente com o objetivo de valorizar e dar visibilidade às produções artísticas realizadas nas comunidades de Salvador. O resultado é o ponto alto de todas as atividades que passaram pelos palcos de seus espaços culturais, tendo como objetivo promover a circulação de produções culturais, estimular a profissionalização do setor, bem como criar pontos de difusão artísticas nos mais diversos territórios da cidade. 

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