As doenças cardíacas estão entre as mais fatais em todo o mundo. E, para enfrentá-las, são muitos os pesquisadores envolvidos em estudos e novas tecnologias. Entre elas, uma tem chamado atenção: a polipílula, que como o nome sugere, reúne diferentes medicamentos em um único comprimido.
A polipílula foi criada para facilitar a vida do paciente e melhorar a aderência à terapia medicamentosa, principalmente, nos casos de tratamento de doenças crônicas, a exemplo das enfermidades do coração. Entre as vantagens, está o fato de que a polipílula reduz as chances de um ou outro remédio ser esquecido pelo paciente.
Pesquisa
A polipílula foi destaque no Congresso Europeu de Cardiologia (European Society of Cardiology) de 2022, evento que debate as principais novidades e tendências da especialidade.
A cardiologista Viviane Zorzanelli, médica do Grupo Fleury, detentor da Diagnoson a+ na Bahia, esteve no Congresso, em Barcelona, na Espanha, e evidenciou uma pesquisa sobre o benefício da polipílula em pacientes que recentemente apresentaram infarto do miocárdio.
Um total de 2.499 pacientes que tiveram a doença foram randomizados, ou seja, escolhidos de forma aleatória, e acompanhados por uma média de 36 meses. O resultado foi que o grupo que fez uso da polipílula (contendo 3 medicações utilizadas na prevenção cardiovascular) teve menos eventos cardiovasculares adversos do que o grupo que fez o tratamento usual.
A polipílula ainda não é disponibilizada para uso no Brasil, mas pesquisas estão sendo realizadas para levantar prós e contras, diante da importância da personalização do tratamento. “O principal objetivo dos estudos sobre a polipílula é melhorar a adesão ao tratamento, visto que muitas pessoas se esquecem de tomar algum medicamento, o que reduz a eficácia do processo e coloca o paciente em risco. Os testes têm se mostrado favoráveis e a expectativa é que o procedimento melhore a qualidade de vida e impacte positivamente o desfecho clínico”, ressalta a Dra. Viviane.
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