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sábado, 7 de janeiro de 2023

Os obstáculos no caminho da garantia da vacinação COVID-19



As vacinas contra a COVID-19 trouxeram um ar de esperança para a população que vinha sofrendo com as perdas, sintomas e sequelas causadas pelo coronavírus. E passados quase três anos do início da pandemia, a população hoje, conta com vacinação para quase todas as faixas etárias (bebês acima de 6 meses), sendo elas em mais de três doses, porém em alguns casos ainda existem as dificuldades e incertezas de recebimento de lotes das vacinas, e esta ausência da garantia de doses preocupa Conselho Estadual de Saúde.


O Conselho Estadual de Saúde, órgão colegiado deliberativo e fiscalizador do SUS, faz cobranças ao Ministério da Saúde sobre o prazo para a chegada de novos lotes da vacina infantil para a Bahia.  


Em Salvador, diante da suspenção, por parte da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), da vacinação da Pfizer pediátrica para crianças entre 5 e 11 anos, e também da vacinação com o imunizante Pfizer Baby, para crianças entre seis meses e menores de 3 anos de idade, o Conselho considera preocupante a situação. Apesar da expectativa de recebimento de novas doses ser para a segunda quinzena de janeiro, ainda não foi informado um calendário com a confirmação.  


Além da capital, outros municípios baianos já percebem a ausência do imunobiológico nos estoques, que estão com um número reduzido de doses. Outras capitais já suspenderam a vacinação, sendo elas: Belo Horizonte e Rio de Janeiro. 


De acordo com a SMS a aplicação da segunda dose para o público que iniciou o esquema vacinal na cidade segue mantida, devido ao armazenamento do lote destinado para imunização com a dose complementar.


O presidente do Conselho, Marcos Sampaio, ressalta a necessidade de envio das vacinas, o quanto antes, visto que o estamos no período pós festas de final de ano, férias escolares, proximidade do retorno às aulas, as variantes da covid-19. “Esses elementos, representam um conjunto de fatores que indicam sério risco para o público infantil, que está impossibilidade de se vacinar”, afirma.


Marcos Sampaio, ainda questiona a desproporcionalidade de envio das vacinas para o Nordeste. “Se comparado com as outras regiões, o Nordeste foi a que menos recebeu doses das vacinas, mesmo tendo um quantitativo considerável de crianças para receber a vacina”.


De acordo com os dados do Primeira Infância Primeiro, na Bahia, foram registradas 1.228.174 crianças e no mesmo período em São Paulo foram registradas 902.637, sendo essas de 0 a 6 anos. Porém, quando avaliamos o quantitativo de vacinas recebidas a Bahia recebeu 70 mil doses, enquanto São Paulo 206,3 mil.


Para o CES é notório que em algum momento Salvador e demais municípios da Bahia, estaria passando por essa condição, visto que o quantitativo de doses enviadas era menor do que o necessário para imunizar todas as crianças, em suas respectivas faixas-etárias. 


“É preciso que haja o reequilíbrio das vacinas no estado, garantindo a continuidade da chegada das mesmas em um prazo que não afete a manutenção do calendário. Essa ação faz com que diminuam as interrupções entre a aplicação das doses de reforço, ajuda no combate as fake-news que ainda circulam na sociedade e não alimenta o desinteresse dos pais em levar seus filhos a se vacinar”, declara Marcos Sampaio.


Além da vacinação infantil, são necessárias doses suficientes para garantir a cobertura vacinal completa de toda a população. 


O Conselho ainda, cumprindo o seu papel fiscalizador, irá enviar um oficio para o Ministério da Saúde solicitando o cronograma de envio de novas doses de vacina infantil para a Bahia, o prazo para distribuição das vacinas bivalentes e explanação sobre o andamento da compra das vacinas atualizadas. 


Tanto Sesab quando Governo Federal precisam ter um esboço de como será a retomada do plano nacional de vacinação. Assim, como no abito estadual e municipal as secretarias precisam discutir estratégias de mobilização da sociedade para garantir a disponibilidade e ações que levem vacinas para o braço da população.


“Apesar do nosso descontentamento com este cenário, a expectativa é que o novo governo apresente o Plano Nacional de vacinação, para que a gente não precise vive um processo de conta-gotas da vacina”, afirma Marcos. 


Marcos Sampaio- presidente do Conselho Estadual de Saúde.

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