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sábado, 25 de fevereiro de 2023

SMS discute saúde mental da comunidade surda

 Fotos: Bruno Concha/Secom

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio do Campo Temático Saúde da Pessoa com Deficiência, promoveu, neste mês de fevereiro, uma roda de conversa voltada para a comunidade surda, com o tema “Estigmas do cuidado com a saúde mental: Ir ao psicólogo? Tá achando que sou louco?”. A atividade foi realizada no auditório do Multicentro de Saúde Professor Bezerra Lopes, na Liberdade.

A atividade contou com as presenças da psicóloga e intérprete de Libras, Ana Paula Melo, e do pedagogo Marcos André Neves de Souza. Na roda de conversa, houve diversos depoimentos sobre experiências de atendimentos psicológicos sem um profissional bilíngue e sobre os benefícios e possibilidades de poder contar com um.

Conforme a subcoordenadora de Ações Estratégicas da Atenção Especializada, Djara Mahim, a ação tem como objetivo fomentar os laços com a comunidade surda soteropolitana, visando aumentar a procura pelo serviço de acompanhamento em psicologia, disponibilizado para esse público pela SMS, desde julho de
2022. A intenção da secretaria é contratar mais profissionais bilíngues de psicologia, para atender outros níveis de atenção e complexidade da comunidade surda na psicoterapia.

Larissa Rebouças, deficiente auditiva de 46 anos, falou sobre a necessidade da quebra do estigma em cima do atendimento psicológico. "Atendimento psicológico não é coisa doido e todo mundo precisa. Ele ajuda no combate à depressão, melhora da autoestima, ajuda a se encontrar nos próprios pensamentos, previne suicídios. Também leva conforto às famílias, ajudando no processo de recuperação. É muito bom poder contar com uma psicóloga que fale Libras. Nós, surdos, temos muita dificuldade de nos expressar, e com esse contato direto com o profissional, sem precisar do intérprete, é muito melhor.

Ana Paula Melo falou sobre a importância de divulgar as ações para outros surdos. “Hoje sou a única psicóloga que fala Libras e atende pelo SUS em Salvador, e ainda são poucos surdos que buscam atendimento. É importante que os surdos presentes aqui sejam multiplicadores, divulgando o serviço entre a comunidade, para que outras pessoas surdas tenham acesso ao serviço e, assim, quebrar esse preconceito de psicólogo ser coisa de doido”, observou.

Desafios – A psicóloga clínica Marilda Correia, de 53 anos, contou que desde o tempo da graduação já percebia o sofrimento dos surdos por não terem alguém que pudesse entendê-los e que isso despertou nela a vontade de aprender Libras. “O deficiente auditivo também tem seus sofrimentos e angústias que precisam ser ouvidos. Ter uma profissional de psicologia que fala Libras é muito importante, porque consegue também perceber as expressões, o olhar do paciente, e assim direcionar melhor o tratamento. Então, esse contato direto é indispensável”, ressaltou.


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