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sábado, 11 de março de 2023

Médica faz alerta sobre o uso indevido do Zolpidem

 


O medicamento é uma das ferramentas coadjuvantes de um processo muito mais complexo no resgate de uma boa noite de sono


Divulgação feitas por jovens em suas redes sociais chamaram atenção para uso indiscriminado do Zolpidem, hipnótico usado para o tratamento da insônia que pode causar dependência. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o fármaco é indicado para pessoas com insônia ocasional, transitória ou crônica e só pode ser comercializado sob prescrição médica.


De acordo com a Dra. Ivete Gianfaldoni Gattás, psiquiatra e professora do curso de Medicina da Faculdade Santa Marcelina, o medicamento é recomendado para adultos (indivíduos maiores de 18 anos) que apresentem diagnóstico de insônia crônica. Atua em receptores cerebrais, aumentando a liberação do GABA (Ácido gama amino butírico), o qual promove uma cascata de eventos que levam à sedação e ao sono, mas tudo isso de maneira muito mais rápida que no sono natural.


Veja o que diz a Dra. Ivete sobre o medicamento que virou moda entre os jovens.


Por que o remédio só deve ser utilizado, no máximo, por quatro semanas?


Porque esse medicamento possui as “qualidades” de dependência e tolerância, ou seja, “vicia “e ao passar do tempo, você vai precisando de doses cada vez maiores para obter os mesmos efeitos.


Quais são os riscos do uso sem indicação médica do Zolpidem e por tempo prolongado?


Os indivíduos que fazem uso desse fármaco podem vir a apresentar efeitos como sonambulismo, amnésia, levando ao risco de comportamentos inadequados e imprevistos. Além da dependência física, podem vir a apresentar dependência emocional do medicamento.


Nas redes sociais, as pessoas têm relatado episódios de alucinações e de tomadas de decisões “loucas’, como compras exorbitantes e conversas das quais elas não se lembram no dia seguinte. Por que isso acontece?


Se o indivíduo ingerir o medicamento e não se deitar, aumenta o risco do “efeito adverso” de sonambulismo e amnésia e não vai registrar adequadamente seus atos, gerando a falta de lembrança deles.


Com a dependência, quais as consequências a longo prazo para a saúde?


Além da dependência emocional, onde os indivíduos passam a acreditar que só conseguirão dormir se tomarem o medicamento, a dependência química do medicamento pode levar a problemas de memória, de raciocínio e de atenção.


Para quem sofre com dificuldades para dormir, quais são os outros motivos por trás da insônia?


Há vários motivos para alguém não conseguir conciliar o sono, ou ter uma qualidade ruim dele. Desde questões ambientais, como barulho, quarto pouco ventilado, luminosidade excessiva, uso excessivo de telas, principalmente antes de dormir. Má higiene do sono; falta de rotinas e horários habituais para dormir e acordar; falta de exercícios físicos; quadros de ansiedade e depressão não tratadas.


Mesmo quando o diagnóstico de insônia crônica é feito, o tratamento principal é a Terapia Cognitivo Comportamental, conduzida por psicólogo especialista em sono. Nessa abordagem são sugeridas mudanças de hábitos, de crenças e perspectivas relacionadas ao quarto, à cama e ao dormir. Quando há a necessidade de terapia medicamentosa, esta precisa estar baseada no uso racional de fármacos e na menor dose possível para se obter o efeito desejado. Neste contexto, o Zolpidem é uma das ferramentas coadjuvantes de um processo muito mais complexo no resgate de uma boa noite de sono.



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