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quinta-feira, 20 de abril de 2023

Centro de Referência às Pessoas com Doença Falcilforme recebe comitiva de Angola

 



Centro de Referência às Pessoas com Doença Falcilforme recebe comitiva de Angola 


Uma comitiva do Ministério da Saúde de Angola esteve, nesta terça-feira (18), no Centro Estadual de Referência às Pessoas com Doença Falciforme – Rilza Valentim, gerido pela Fundação Hemoba. Esta foi a última etapa da visita técnica da comitiva de médicos e especialistas angolana em Brasília, Belo Horizonte e Salvador. O objetivo é reiniciar a cooperação bilateral com o Brasil, principalmente, nas áreas de captação de doadores de sangue e no tratamento da doença falciforme (DF). “O Brasil é uma peça fundamental, por ser referência na atenção às pessoas com a doença falciforme. Angola veio aqui para colher in loco todo o processo, como é a política, o atendimento, a triagem neonatal, a área de educação e comunicação. E não poderíamos deixar vir a Salvador, na Bahia, pois foi a cidade que primeiro recebeu a população de Angola no Brasil, tem uma população similar à nossa”, declarou Francisco Domingos, chefe da comitiva e diretor geral do Instituto Hematológico Pediátrico em Angola.

Diferente do que ocorre no Brasil, a maioria da doação de sangue em Angola é 80% familiar e 20% de voluntários não fidelizados. Já a doença falciforme, enfermidade hereditária e genética de origem africana, atinge cerca de 2% dos nascidos vivos no país, segundo estimativa oficial. Até 2020, foram registrados 11.540 casos. 


A taxa de pessoas com o traço falciforme, mutação genética em que a doença não se manifesta, é de quase 20%. Lá foi iniciado um projeto piloto para implementar o teste do pezinho que identifica a doença falciforme. Segundo Tiago Novais, assessor técnico da Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) do Ministério da Saúde, a importância da Bahia no cenário mundial da doença falciforme é porque o estado tem a segunda maior prevalência de pessoas negras, perdendo apenas para a Nigéria, e o Brasil tem a maior incidência do diagnóstico para a doença e do traço falciforme. “Pra gente foi muito importante visitar tanto a Fiocruz como o Centro de Estadual. Que a cooperação com Angola possa levar para lá as experiências, protocolos, fluxos, qualquer tipo de informação, que possam subsidiar a implantação de sua política nacional tanto da atenção da pessoa com doença falciforme e da triagem neonatal”, avaliou.

 

Reunião – Em reunião com a delegação angolana, o diretor geral da Hemoba, Luiz Catto, fez uma apresentação da estrutura e funcionamento da Fundação. Ele afirmou que a principal forma de mobilização de doadores de sangue é a captação voluntária e altruísta, através de campanhas de mídia e parcerias com universidades, empresas, militares e entidades religiosas. No ano passado, foram 120 mil bolsas coletadas pela instituição em todo o estado, com a distribuição de 190 mil hemocomponentes. Catto informou que o Centro de Referência oferece assistência multidisciplinar aos pacientes e trabalhará no ensino, pesquisa e capacitação dos profissionais de saúde. Destacou que no Brasil estimam-se o nascimento de 700 a 1.000 casos novos de DF/ano, enquanto na Bahia tem incidência estimada da doença em 1 caso para cada 650 nascimentos, cerca de 30 nascimentos mensais. 

 

Sobre o SUS, o coordenador de Promoção da Equidade em Saúde (DGC/Sesab), Antonio Purificação, afirmou que a sua implantação foi um grande avanço para a assistência da população brasileira, tornando o acesso à saúde descentralizado, universal, integral, igualitário e gratuito. Lembrou que há 23 anos é realizada pelo SUS a triagem do teste do pezinho para detectar a doença falciforme. Purificação apresentou para a comitiva as propostas de cooperação técnica com Angola da Secretaria de Saúde do estado, como a organização do Simpósio Multidisciplinar Aspectos do Cuidado Integral, do Encontro de Pesquisadores e Pesquisadoras da Bahia e Angola e do Encontro entre Famílias e Pessoas com Doença Falciforme, além de apoios técnicos para regionalização do cuidado às pessoas com doença falciforme e qualificação do autocuidado, dos gestores e profissionais de saúde. 

 

Além da diretoria e técnicos da Fundação Hemoba, estiveram presentes no Centro de Referência para receber a delegação angolana, o assessor técnico da Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) do Ministério da Saúde, Tiago Novais; o pesquisador e sanitarista Altair Lira; as assessoras técnicas da Coordenação de Saúde da População Negra da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Governo do Estado da Bahia (SEPROMI), Ubiraci Matildes e Aline Teles, representantes da secretária da pasta, Ângela Guimarães; e a responsável pela Diretoria da Gestão do Cuidado (DGC/Sesab), Liliane Mascarenhas, representante da secretária Roberta Santana.



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