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sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Câncer de pele: prevenção também é importante no inverno


 Câncer de pele: prevenção também é importante no inverno, diz dermatologista


A atriz Lorena Campanato foi diagnosticada com câncer de pele no ano passado. Na ocasião, ela descobriu que a existência de uma pinta era o sinal da doença. No entanto, por estar acostumada com as pintas no corpo, a atriz não desconfiou quando uma nova surgiu na região do colo — um pouco acima dos seios.


Ela, que sempre foi "cheia de pintinhas", resolveu buscar assistência médica após perceber que a pinta ficou inflamada. Com isso, ela resolveu entrar em contato com uma dermatologista que a acompanha desde a adolescência, quando ainda tratava problemas com acne.


Na época, a especialista pediu que a atriz fosse ao consultório, mas ela não foi. Alguns meses depois, a atriz revelou que estava no banho e a pinta começou a sangrar. Foi neste ponto, que o alerta acendeu. Em contato com a médica, a atriz foi informada que poderia ser um câncer, e ficou assustada com a possibilidade.


Com isso, Lorena precisou fazer biópsia da pinta, exame que confirmou o carcinoma basocelular, o tipo mais comum de câncer de pele. Logo em seguida, a atriz passou por uma cirurgia com anestesia local para retirar a região afetada pelo câncer. Agora, ela faz check-up a cada 6 meses, e passou a prestar mais atenção nas pintas. "Tem muitos fatores externos para o câncer de pele e com exposição solar sempre muito displicente. Hoje em dia sou mais cuidadosa", diz.


O que é o carcinoma basocelular?

Conforme a dermatologista da Clínica Skincare, Dra. Julia  Ribeiro, o carcinoma basocelular é o tipo mais prevalente entre os cânceres de pele. "Ele surge nas células basais que se encontram na parte inferior da epiderme, que é a parte externa da pele", explica. 


Ainda segundo a especialista, o carcinoma basocelular tem baixa letalidade e cresce lentamente ao longo dos meses ou anos. No entanto, ela explica que ele pode ser totalmente curado em caso de detecção precoce e com tratamento adequado.


"A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solares, são os principais fatores de risco para o câncer de pele. Geralmente, o carcinoma basocelular é encontrado em regiões expostas ao sol, como o rosto, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. No entanto, também se desenvolve em áreas não expostas. É importante salientar ainda que a prevenção e os cuidados têm que acontecer durante todo o ano, inclusive no inverno”, observa. 


Dra. Julia explica ainda que a manifestação mais comum da condição é o surgimentos de "caroços" ou de "feridas que não cicatrizam", além de manchas avermelhadas, brilhantes, com podendo ter crosta no meio, e que podem sangrar com facilidade. "Em alguns casos, também pode apresentar um pigmento escuro", aponta.


"Existem diversos casos em que os pacientes contam que secaram essa 'espinha' com toalha e, depois, sangrou. É um caroço que começa bem pequeno, mas pode ganhar dimensões maiores", ressalta.


Tratamento

Diante deste cenário, a dermatologista reforça a importância de "não se menosprezar um câncer de pele, sobretudo para evitar seu crescimento e um possível acometimento na cartilagem e nos ossos". Conforme Dra. Julia, o tratamento deve ser feito o quanto antes. "Com isso, você evita provocar lesões mutilantes e desfigurantes. Muitas ficam situadas em áreas nobres do rosto, como pálpebras e orelhas. A cirurgia pode causar um 'defeito' na região que, depois, será necessário fazer uma reconstrução do tecido", explica.


Segundo ela, o tratamento conta com a cirurgia de remoção da lesão com margem de segurança, que apresenta altas taxas de cura. "Outro ponto importante é a prevenção. O carcinoma basocelular, em alguns casos, pode ser prevenível e ela deve ocorrer desde cedo, com a necessidade de sempre cuidarmos da pele. A fotoproteção deve vir desde a infância", orienta.


Conforme a espeecialista, as medidas mais importantes são: Passar protetor solar diariamente, em todas as épocas do ano, e reaplicá-lo a cada 2h ou se tiver contato com água; Usar óculos de sol, bonés e chapéus; Utilizar blusas com fator de proteção, sobretudo para quem trabalha mais exposto ao sol; Evitar exposição solar entre 9h e 15h; Consultar o dermatologista ao menos uma vez ao ano para fazer um exame completo da pele; Ter o hábito de observar a própria pele e fazer o auto-exame em busca de pintas ou manchas suspeitas.

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