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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Saiba como funciona a prevenção combinada no combate ao HIV

 
Carnaval seguro: Saiba como funciona a prevenção combinada no combate ao HIV 


Especialista alerta para a importância do cuidado preventivo  



Crédito: Divulgação


O carnaval chegou trazendo muitas festas e oportunidades de interação social. Contudo, o período carnavalesco também reacende o alerta para os cuidados com Infecção Sexualmente Transmissível (IST), em especial pelo HIV, e a importância da prevenção. De acordo com um levantamento da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab), em 2023, a Bahia registrou cerca de 2.304 casos da doença e uma taxa de incidência de 15 casos a cada 100 mil habitantes.  


Em contrapartida, o Boletim Epidemiológico sobre HIV/Aids, divulgado pelo Ministério da Saúde no final do ano passado, revelou que, nos últimos dez anos, o Estado registrou queda de 5,8% no coeficiente de mortalidade por aids, passando de 3,4 para 3,2 óbitos por 100 mil habitantes. A queda desse número está ligada diretamente aos métodos de prevenção disponíveis no país, entre eles: a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP). Disponíveis através do Sistema Único de Saúde (SUS), a PrEP e a PEP são consideradas estratégias fundamentais na prevenção do HIV, cada uma atuando em momentos distintos da exposição ao vírus. 


 


PrEP 


Classificada como um método efetivo de prevenção ao HIV, a PrEP consiste na ingestão regular de um medicamento antirretroviral por pessoas que não têm o vírus, mas que estão em alto risco de exposição. Se tomado corretamente, a Profilaxia Pré-Exposição reduz significativamente o risco de contrair o vírus. 


A médica infectologista Vanessa Teixeira destaca em quais situações o método deve ser considerado. “A PreP é recomendada, principalmente, para pacientes que vivem em situação de risco, ou seja, profissionais do sexo e casais sorodiscordantes (quando um é positivo e o outro é negativo para HIV). É como se fosse um tratamento anterior à exposição ao vírus, para no caso de isso acontecer, a pessoa já possuir no sangue níveis de medicamento suficientes para evitar que esse vírus invada o seu corpo e a infecção aconteça”, esclarece a professora do curso de Medicina do Centro Universitário UniFG, parte integrante da Inspirali, melhor ecossistema de educação em saúde do país.   


O primeiro passo para ter acesso é procurar um serviço de saúde que ofereça a PrEP, geralmente os centros de testagem e aconselhamento, Unidades Básicas de Saúde (UBS) que contam com serviços especializados em ISTs/HIV/AIDS ou hospitais que dispõem de ambulatórios especializados. O indivíduo interessado passará por uma avaliação de risco para determinar se a PrEP é indicada para o seu caso, seguindo os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Se for considerado elegível, receberá a prescrição e as orientações de uso. 


 


PEP 


Já a PEP é considerada uma medida de emergência para prevenir a infecção pelo HIV após uma possível exposição ao vírus. “A partir do momento que o paciente tem uma exposição de risco, ele deve fazer uso da medicação durante 28 dias e isso evita que ele se contamine. Vale destacar que a PEP deve ser iniciada até no máximo 72h após a exposição de risco”, orienta a infectologista.  


Também oferecida gratuitamente pelo SUS, a PEP pode ser acessada em hospitais, unidades de pronto atendimento (UPAs) e alguns centros de testagem e aconselhamento, especialmente aqueles vinculados a hospitais. Em caso de exposição ao HIV, é crucial buscar atendimento o mais rápido possível.  


 


De olho na prevenção 


A combinação de métodos preventivos oferece a melhor proteção contra o HIV, sendo indispensável o uso de preservativos em todas as relações sexuais. Para aquelas pessoas em alto risco de exposição, evitar o compartilhamento de agulhas e realizar regularmente testes de HIV e outras ISTs também são formas eficazes de prevenção. Além disso, a educação e a conscientização sobre o vírus são cruciais. 


“O teste de HIV é recomendado como rotina, não é necessário que a pessoa esteja doente ou que esteja grávida. A gente recomenda sempre que, a partir do momento que a pessoa tenha uma exposição que pode ser de risco, após o início da sua vida sexual, ou até mesmo pessoas que não têm uma vida sexual ativa, mas que venham a ter algum fator de risco para ter contraído o HIV, façam o teste. O teste é oferecido gratuitamente nas Unidades Centrais e Básicas de Saúde e o resultado sai em cerca de 30 minutos”, recomenda a Dra. Vanessa Teixeira.  


A professora da UniFG defende, por fim, a importância da quebra do preconceito e da consolidação de uma estratégia em que se fale sobre o HIV nas Unidades de Saúde, incentivando as pessoas que passam por ali a realizarem o teste, ainda que não apresentem sintomas. “Quanto mais precoce o diagnóstico, maior a possibilidade de um tratamento antes que o paciente desenvolva Aids. A partir do momento que o paciente está em tratamento, a saúde dele já vai ficar preservada. Além disso, diminui muito as chances de transmitir o vírus para outras pessoas, já que o tratamento torna a pessoa indetectável para HIV”, finaliza.    


 


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