Como identificar se a criança ou o adolescente está sofrendo bullying
O termo bullying (inglês) tem sua origem na palavra bully, que significa tirano, brigão ou valentão. Seu conceito clássico foi criado na década de 1970, pelo psicólogo sueco-norueguês Dan Olweus. Ele descreveu o bullying como o comportamento agressivo, intencional e repetitivo de uma pessoa, que ocorre em circunstâncias de desequilíbrio de poder. No Brasil, o termo se popularizou em 1990, culminando para a oficialização, em 2016, do Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, celebrado em 07 de abril.
É inegável a importância da data para chamar a atenção da sociedade sobre um tema tão grave - e que por vezes é tratado com superficialidade -, mas mais urgente e necessário é que o bullying seja debatido nas escolas e em casa durante todo o ano. Para o psicólogo Henrique Costa Brojato, coordenador de Cuidado Integral do Marista Brasil, a escola precisa atuar em três dimensões: na prevenção, na identificação e nos encaminhamentos dos casos confirmados de bullying, promovendo um ambiente inclusivo e de bem-estar aos estudantes. Nesse sentido, ele cita alguns comportamentos que podem auxiliar os familiares a identificar que a criança ou o adolescente está sofrendo com intimidações:
Desinteresse nas atividades e tarefas escolares;
Isolamento no momento do recreio ou aproximação de adultos com objetivo de se proteger;
Em casos extremos, apresenta hematomas, cortes, arranhões, roupas danificadas;
Apresenta postura retraída, mostra-se comumente triste ou aflito;
Apresenta queixas de dores de cabeça, enjoo, dor de estômago, tontura, perda de apetite (principalmente antes do horário de aula);
Tem faltas frequentes;
Tem poucos amigos.
Brojato ressalta que o diálogo, a disponibilidade para a escuta e a participação ativa na vida escolar dos filhos são fundamentais para estabelecer uma relação de confiança e amenizar o sofrimento causado por violências físicas e psicológicas. As famílias precisam ter proatividade no diálogo com as crianças e adolescentes. Elas não precisam esperar que os assuntos apareçam, podem se antever a eles, demonstrando interesse sobre o contexto escolar e sobre os seus relacionamentos interpessoais, destaca o coordenador do Marista Brasil.
Outro movimento dos pais e responsáveis que merece atenção é quanto à orientação de como os estudantes devem resolver os conflitos ou problemas que surgem dentro do ambiente escolar. Henrique Brojato salienta que é imprescindível que a família compreenda e esteja de acordo com os valores e a cultura da escola. Por último, o psicólogo cita a importância de buscar orientação de um profissional, caso os pais percebam que seus filhos precisam de apoio emocional ou psicoterapia
Marista Brasil
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