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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Oficina de meliponicultura promovida pelo Inema capacita agricultores


Oficina de meliponicultura promovida pelo Inema capacita agricultores familiares na criação de abelhas sem ferrão


Como parte dos esforços contínuos na conservação das abelhas sem ferrão e no fortalecimento das práticas sustentáveis no campo, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), realiza, nos dias 22, 24 e 26, uma oficina de meliponicultura voltada para agricultores familiares localizados em assentamentos rurais, comunidades quilombolas e núcleos rurais integrantes das bacias dos rios Joanes e Jacuípe e da APA Joanes-Ipitanga, nos municípios de São Sebastião do Passé, Camaçari, Candeias, Simões Filho, Mata de São João e Dias D’Ávila.


A oficina, que faz parte de um programa mais amplo de capacitação, tem como objetivo promover a conservação e criação da abelha indígena “sem ferrão” uruçu (Hymenoptera, Apidae, Meliponini) como fortalecimento da proteção ambiental, geração de renda e fomento à meliponicultura, fornecendo aos agricultores familiares conhecimentos práticos e teóricos sobre a criação da espécie, destacada por sua importância na polinização e na produção de mel, pólen e própolis.


Segundo o gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) Joanes – Ipitanga do Inema, Geneci Braz, este mesmo projeto foi objeto de execução no período de 2021 a 2022, com beneficiários selecionados mediante visitas às propriedades, entrevistas e manifestação de interesse, sendo retomado agora em 2024 para o fortalecimento da gestão participativa da Unidade de Conservação.


“Nesta nova etapa, além dos conhecimentos práticos da criação da abelha sem ferrão, objeto deste projeto, eles estão aprendendo também sobre os serviços ambientais ecossistêmicos que essas abelhas proporcionam à natureza. Então além do objetivo do projeto ser trabalhar com os agricultores, numa perspectiva de produção de mel, e comercialização também, nós estamos visualizando a questão da prestação de serviços ambientais como a polinização e outros serviços que as abelhas fazem em prol do meio ambiente, então isso tudo a gente está abordando na capacitação”, explica Geneci, especialista que coordena o projeto na Diretoria de Sustentabilidade e Conservação (DISUC/Inema).


Durante a oficina, os agricultores estão sendo capacitados em diversos aspectos, incluindo orientações sobre o manejo adequado das colônias de abelhas e a identificação de espécies presentes na região, bem como sua importância para a biodiversidade e para os ecossistemas locais. O instrutor da oficina, Marcos Abelha, explica que foram apresentadas técnicas de multiplicação das colônias visando a expansão da atividade de meliponicultura entre os agricultores participantes, incluindo os já experientes.


“Além da base teórica, apresentamos práticas de campo aos agricultores, permitindo que construam suas próprias experiências na manipulação das colônias. Atualmente o projeto conta com 239 colônias, mas o objetivo é inserir 200 novas caixas ainda nesta segunda etapa. Então, pelo menos até o final do projeto, nós teremos entre 400 e 600 colônias novas espalhadas pela região metropolitana de Salvador”, garante o biólogo e especialista em abelhas sem ferrão.

 



Práticas sustentáveis no campo


Considerada uma prática muito antiga no país, a meliponicultura se apresenta como uma atividade de inestimável valor para a conservação e preservação de diversos biomas do território brasileiro, desempenhando um papel vital na polinização e na preservação dos nossos ecossistemas e promovendo a sustentabilidade para comunidades tradicionais, assentamentos e núcleos agrícolas.


O caráter polinizador da espécie Uruçu foi um dos motivos para Adenilton Lima, representante do Assentamento União, do município de Candeias, participar do projeto. “Fui um dos incentivadores do projeto em nosso Assentamento desde o início. Como temos uma extensa área de Mata Atlântica, de 410 hectares, sugeri aos companheiros levar esse projeto de meliponicultura para o Assentamento, para balancear o ambiente. No início, recebi uma caixa por meio do projeto, hoje eu tenho seis e provavelmente devo multiplicar para 10 na próxima visita. Trago como um incentivo aos agricultores o fato de que as minhas plantações tiveram um avanço depois da criação de abelha, estão produzindo muito mais, então as abelhas pra mim hoje fazem parte do meu cotidiano”, afirma o agricultor.


Também do município de Candeias, representando a Fazenda Petecaba, Maria Clara recorda o que a motivou saber mais sobre a espécie, destacando a possibilidade de geração de renda. “Foi muito gratificante participar do projeto porque eu identifiquei, lá atrás, que o mel que eu tinha gostado era de uma abelha sem ferrão, e depois de conhecer o projeto fui estimulada a saber como criar e comercializar esse mel. E essa geração de renda é muito importante pra quem está nos povoados, porque é gratificante a gente conseguir se manter com aquilo que nós mesmos cultivamos”, disse a agricultora.





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