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sexta-feira, 3 de maio de 2024

A importância da educação inclusiva para autistas no Ensino Superior

 


Especialista alerta sobre a importância da educação inclusiva para autistas no Ensino Superior


Com o retorno às aulas nas instituições de ensino superior, uma questão fundamental ganha destaque: a educação inclusiva. Embora muito se fale sobre a inclusão de alunos com deficiências nas escolas, pouco se discute sobre como o ensino superior precisa se adequar para atender os alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).


Carolina Barbosa, especialista na área e sócia da Clínica AutismA, destaca a importância de uma abordagem centrada no aluno para apoiar a educação inclusiva de adolescentes e adultos autistas. Segundo ela, é fundamental desenvolver estratégias que considerem suas necessidades individuais, habilidades e preferências.


“Uma das melhores práticas para promover a inclusão no ensino superior é trabalhar com uma perspectiva de adaptação curricular. Isso não significa estruturar um novo currículo, mas sim desenvolver estratégias que incluam e atendam as características dos alunos autistas. É crucial garantir que todos tenham acesso ao currículo, estimulando a heterogeneidade, individualidade e socialização no processo de ensino-aprendizagem”, ressalta Barbosa..


Para a construção de uma educação inclusiva nas faculdades e universidades de todo país, é de extrema importância a implementação de estratégias de ensino diferenciadas, como o uso de recursos visuais e concretos, adaptação de rotinas e horários, e o uso de tecnologias assistivas. Além disso, é essencial criar ambientes acolhedores e acessíveis, promovendo a sensibilização e empatia por parte dos colegas e educadores das instituições de ensino.


De acordo com a especialista, alguns desses indivíduos podem apresentar sensibilidades sensoriais aumentadas a luzes, sons, cheiros, toques e texturas, causando desorganização sensorial, diminuição da atenção e concentração e, consequentemente, do aprendizado.


Capacitação do corpo docente


“Por falta de conhecimento, muitos docentes no meio acadêmico rotulam estes indivíduos de irresponsáveis, desatentos ou preguiçosos, características que certamente não são relacionadas por ser autista apenas. Há muito preconceito ainda e falta de conhecimento da sociedade o que torna a inserção acadêmica e social ainda muito difíceis.  Essas dificuldades podem resultar em baixo rendimento acadêmico”, alerta.


A capacitação dos educadores em relação ao autismo também é crucial para uma verdadeira inclusão. É necessário oferecer formação em educação especial e estratégias de ensino eficazes para atender às necessidades dos alunos autistas.


Mercado de trabalho


No mercado de trabalho, apesar da existência de legislações que contemplam a inserção da pessoa com TEA, nem sempre há recursos e estrutura adequada para sua implementação. Os empregadores devem reconhecer as potencialidades das pessoas autistas e criar ambientes de trabalho que atendam às suas necessidades sensoriais, sonoras e de iluminação.


Para promover uma verdadeira inclusão no ensino superior e no mercado de trabalho, é necessário conhecimento, sensibilidade e acolhimento por parte de todos os envolvidos. Somente assim, os alunos autistas poderão alcançar seu pleno desenvolvimento e contribuir de forma significativa para a sociedade. “É imperativo garantir que todos tenham acesso ao ensino superior, com estímulo a heterogeneidade, individualidade e socialização do processo de ensino-aprendizagem. A defasagem de capacitações nesta área educacional contribuem para uma falsa inclusão, muitas vezes apenas no sentido de integrar, mas não necessariamente incluir”, alerta Barbosa. 



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