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quinta-feira, 4 de julho de 2024

Ortopedista chama atenção para os riscos de fraturas e traumas

 

Período junino: ortopedista chama atenção para os riscos de fraturas e traumas provocados por acidentes nas estradas


Como algumas lesões não apresentam sinais de gravidade no momento do ocorrido, atendimento de emergência e exames de imagem são cruciais para recuperação física e funcional 


Forró, decoração com bandeirolas coloridas e comidas típicas: o clima, a musicalidade e a ornamentação de um dos períodos mais aguardados do ano costumam levar diversos baianos para os municípios que mantêm os tradicionais festejos juninos. Com a chegada das festas, além do fluxo de veículos em direção aos destinos mais procurados, aumenta-se também a preocupação diante dos possíveis acidentes nas estradas.   


De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), em março deste ano, cerca de 60% das unidades de terapia intensiva (UTIs) em funcionamento no estado foram ocupadas por vítimas desse tipo de ocorrência. Grandes causadores de fraturas sérias e lesões que podem deixar marcas físicas e psicológicas para o resto da vida, geralmente são provocados pelo excesso de velocidade, consumo de bebidas alcoólicas e distrações geradas pelo uso indevido de celular ao volante.   


O ortopedista Marcos Fernandes, do Hospital Mater Dei Emec, explica que as lesões mais comuns ocasionadas por acidentes de carro estão ligadas à coluna cervical, quadris e joelhos. “A falta do cinto de segurança no momento da condução pode prejudicar a coluna.  Já os joelhos e quadris são afetados pela batida no painel. Quando não há utilização do cinto, a pessoa ainda pode sofrer trauma cranioencefálico, uma vez que bate a cabeça contra o para-brisa”, detalha.  


O médico ainda reforça que o cinto de segurança protege diariamente motoristas e passageiros de possíveis impactos violentos no interior do carro, ou mesmo do arremesso para fora do veículo, em caso de colisões. Além de contribuir para redução nos riscos de ferimentos na cabeça, rosto, pescoço e na coluna, o item também ajuda evitar traumas que podem deixar sequelas incapacitantes, como as que resultam de fraturas expostas que evoluem com infecção, amputações e deformidades nos membros. 

 


Principais vítimas  


Conforme o levantamento da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, as ocorrências com motocicletas correspondem a 54% dos casos de acidente de trânsito no país. No que diz respeito às consequências, o Observatório Nacional de Segurança Viária estima que 400 mil indivíduos acabam com algum tipo de sequela a cada ano.  


Segundo Marcos, a maior parte dos atendimentos oferecidos pelo setor de ortopedia e traumatologia do Emec também estão relacionados a quedas e colisões envolvendo motos. “Nossos pacientes são homens de meia-idade que chegam após acidentes motivados pela ingestão de álcool e excesso de velocidade. O tempo chuvoso é outro fator de risco, pois a moto costuma derrapar na pista”, relata o especialista.  

 


Cuidados necessários  


O atendimento emergencial adequado, alinhado posteriormente a um programa de reabilitação, é fundamental para evitar a piora das lesões iniciais e reduzir as chances de sequelas. Além da avaliação médica, isso inclui a realização de exames de imagem, a exemplo de raio X, tomografia computadorizada e ressonância magnética, que possibilitam o diagnóstico da extensão e gravidade da fratura ou traumatismo.   


“Como os acidentados sofrem uma série de traumas, esses exames ajudam a analisar bem os quadros e encaminhar para o tratamento nas subespecialidades indicadas”, afirma o ortopedista. Ele ainda acrescenta que a assistência acontece de forma multidisciplinar, com a participação de especialistas em ortopedia e traumatologia, fisioterapeutas, psicólogos, entre outros profissionais de áreas associadas. 


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