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quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Beber leite reduz o risco de osteoporose e doenças crônicas


 Beber leite reduz o risco de osteopenia, osteoporose e doenças crônicas


Não há evidências científicas de que o leite seja inflamatório


“O leite – e seus derivados - é a melhor fonte de cálcio para os ossos. Nós que cuidamos de pacientes com osteoporose nos preocupamos demais com essa ‘moda’ de eliminar o leite da dieta sem indicação médica para isso. Os prejuízos para a massa óssea são imensos” comenta Dr. Sergio Maeda, médico endocrinologista e presidente da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo – ABRASSO.




Reconhecido por seu alto valor nutricional, o leite é uma fonte importante de nutrientes, fundamental para uma dieta balanceada e o crescimento saudável. A disseminação de informações sem respaldo científico, especialmente nas redes sociais, tem gerado incertezas entre consumidores e profissionais de saúde, ocasionando essa mudança comportamental salientada pelo médico.




Por conta dos aspectos nutricionais envolvidos no consumo do leite de vaca, associações ligadas a nutrologia e nutrição publicaram recente consenso sobre o consumo de leite pelos humanos com base em evidências científicas. (leia o consenso aqui: https://ijn.zotarellifilhoscientificworks.com/index.php/ijn/article/view/359/334).




Trazemos aqui os principais trechos deste consenso, que se refere ao consumo de leite para crianças a partir de um ano de idade (na impossibilidade de amamentação), adolescentes, adultos e idosos.




1)           Consumo de Leite de Vaca


O leite de vaca é adequado para o consumo humano devido à capacidade evolutiva e adaptativa dos humanos.

Fonte relevante de proteínas, vitaminas e, principalmente, a principal fonte alimentar de cálcio.



2)           Benefícios do Consumo de Leite nas Diferentes Fases da Vida


Alta densidade nutricional, fornecimento de proteínas, cálcio e componentes funcionais.

Auxilia no crescimento e estruturação óssea na infância e adolescência.

Reduz o risco de osteopenia, osteoporose, doenças crônicas (diabetes, obesidade), doenças cardiovasculares, hipertensão.

Previne a sarcopenia na senescência.



“Gestantes e lactantes também precisam de aporte de cálcio, preferencialmente por meio da alimentação, pois sem isso há importante prejuízo para o osso materno, inclusive, já atendi pacientes com fratura vertebral em razão da exclusão do leite na dieta da mãe”, conta Dr. Maeda.




3)           Relação entre Leite de Vaca e Inflamação


Não há evidências científicas de que o leite seja inflamatório.

Estudos indicam que a ingestão de laticínios pode melhorar biomarcadores inflamatórios.

O consumo de leite só está associado a inflamações em pessoas com Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV).



4)           Leite de Vaca e Intolerância à Lactose


O consumo de leite de vaca não aumenta o risco de desenvolver intolerância à lactose.

Maior consumo de leite pode reduzir o risco de intolerância à lactose.

Intolerância autopercebida não confirmada clinicamente pode levar a perdas nutricionais.

Pacientes diagnosticados com intolerância geralmente toleram até 12 g de lactose sem sintomas.



5)           Tipos de Leite de Vaca Disponíveis no Mercado


Diferenciados pelo teor de gordura: integral, semidesnatado e desnatado.

Adição/exclusão de nutrientes específicos ou tratamento térmico (pasteurizado, UHT).

Indicação para cada tipo de leite deve ser avaliada individualmente.



6)           Segurança do Leite de Vaca UHT


Processo altamente seguro e validado desde o século XX.

Tratamento térmico seguido de resfriamento e envase em embalagens assépticas garante maior vida útil e segurança microbiológica.



7)           Orientações para o Consumo de Leite de Vaca


Importante em todas as fases da vida: infância, adolescência, gestação, adultos e idosos.

Recomendado por diretrizes internacionais e guias alimentares.

Inclusão na rotina alimentar dos brasileiros deve ser incentivada, salvo contraindicações.



“Vale lembrar que as orientações alimentares devem ser personalizadas, levando em conta as necessidades nutricionais e condições de saúde individuais. Mas o mais importante é acabarmos com essas informações sem respaldo científico e que acabam virando moda e prejudicando a saúde dos brasileiros”, finaliza Dr. Maeda.


Foto Créditos: depositphotos.com / digifun

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