Pílulas anticoncepcionais de baixa dosagem hormonal reduzem os efeitos colaterais
As pílulas anticoncepcionais mudaram muito desde a primeira vez que foram disponibilizadas no mercado, em 1960. Inicialmente, as dosagens de hormônios eram altas e traziam vários efeitos colaterais associados. Entre os principais problemas acarretados pelo uso do medicamento, estava o ganho de peso e aumento no risco de tromboembolismo e doenças cardiovasculares. Com o tempo, os estudos avançaram e foi observado que a redução na taxa de estrogênio, um dos hormônios presente na pílula, minimizava a incidência de efeitos negativos. Para se ter uma ideia, os primeiros anticoncepcionais tinham em média 150 microgramas de estrogênio, sendo que os atuais possuem apenas 20 microgramas.
Com isso, a retenção de líquidos diminuiu, minimizando o inchaço e ganho de peso sentido pelas mulheres. Além disso, a ocorrência de tromboses diminuiu bastante. Outro fator positivo na redução de dosagens hormonais é que o uso por adolescentes não acarreta qualquer prejuízo para o desenvolvimento da garota.
De acordo com a farmacêutica da Farmácia Sant’Ana, Natália Dias Ferreira, pesquisas apontam que 77% das mulheres brasileiras usam métodos contraceptivos. “Elas adotam um, entre os diversos métodos encontrados hoje no mercado brasileiro, que corresponda as suas expectativas. Seja para trazer o bem estar familiar, para evitar uma gravidez indesejada, ou até mesmo como método terapêutico para doenças como a endometriose”, argumenta a profissional.
Ainda segundo Natália, por isso, há algum tempo no mercado, as pílulas de microdosagem têm um papel de destaque entre as adeptas deste método contraceptivo, já que garantem o mesmo resultado, mas sem os efeitos colaterais. Náuseas, dores de cabeça, manchas na face causadas pela alteração hormonal, retenção hídrica, aparecimento de varizes, entre outros efeitos colaterais comuns às demais pílulas anticoncepcionais, praticamente inexistem com a microdosagem dos hormônios.
Com a redução dos efeitos colaterais, cada vez mais mulheres passam a utilizar o método contraceptivo. Atualmente, cerca de 100 milhões fazem uso da pílula, permitindo que a gravidez indesejada não aconteça, interferindo diretamente no crescimento populacional. Observa-se que a cultura e educação dos países influenciam na quantidade de mulheres que usam o método contraceptivo. Na Grã-Bretanha, 25% das mulheres entre 16 e 49 anos usam a pílula, contra apenas 1% no Japão.
Natália Dias Ferreira – Farmacêutica
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