O ministro do supremo tribunal
federal Gilmar Mendes considerou o posicionamento da defesa do Senador Aécio
Neves (PSDB) e devolveu as investigações sobre o tucano ao Procurador-Geral da república Rodrigo
Janot. A defesa do senador afirma não haver provas e nem indícios suficientes
que levem Aécio a participação de esquemas de corrupção envolvendo a estatal de
energia de Furnas.
Gilmar Mendes havia
autorizado a abertura de inquérito com base nas informações trazidas pela Procuradoria-Geral
na delação do senador cassado Delcídio Amaral (MT-sem partido). Aécio já foi citado em outras delações como a do doleiro Alberto Yousseff. Na
ocasião o procurador da república avaliou as informações como rasas e
insatisfatórias. Entretanto com o depoimento feito por Delcídio, Rodrigo Janot
percebeu uma semelhança nas delações e enviou o pedido de abertura de inquérito ao STF.
“Os elementos
de prova aqui coligidos já eram do conhecimento da Procuradoria-Geral da
República. O único elemento novo seria o depoimento de Delcídio do Amaral.
Sustenta, no entanto, que as declarações do colaborador não forneceram nenhum
acréscimo relevante ao conjunto probatório”, registrou o ministro Gilmar Mendes
no documento enviado a PGR.
Agora um
segundo pedido foi avaliado pelo ministro Teori Zavascki para abertura de
inquérito contra o senador mineiro. A PGR considera que as investigações não
estão correlacionadas com as operações feita na lava-jato e que também o caso deveria
ser redistribuído a outro relator. O ministro
enviou o inquérito para análise do presidente do supremo Ricardo Lewandowski.
"Diante da
correlação direta dos fatos narrados neste procedimento com aqueles descritos
em inquérito redistribuído nesta data, submeto o caso à Presidência desta
Corte, para análise de possível redistribuição do presente procedimento ao
Ministro Gilmar Mendes", diz o ministro Teori em seu despacho.
Neste segundo pedido de
inquérito as informações levantadas tratam de que houve a manipulação dos dados
no Banco Rural para esconder o mensalão mineiro durante a CPI dos correios e
que também o caso está diretamente ligado ao inquérito sobre Furnas.
A operação de maquiar os
dados do Banco Rural teve as participações também segundo Delcídio do atual
prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) e do deputado federal Carlos Sampaio
(PSDB).
Em resposta o senador
Aécio Neves afirma que as denúncias levantadas na delação de Delcídio Amaral
são caluniosas, improcedentes e sem qualquer relação óbvia com a realidade.
Eduardo Paes disse
estar à disposição da justiça para prestar esclarecimentos.
Carlos Sampaio procurou
a Procuradoria-Geral para apresentar esclarecimentos e documentos sobre as acusações.
Disse que não há motivos para ser investigado.
O fato é que com a
cassação do senador Delcídio Amaral as conveniências não estão mais atreladas às
relações de bastidores internas do congresso para que haja os chamados “acordão”.
Muitas denúncias trazidas ao STF pressionam os ministros a medirem seus posicionamentos nos despachos tramitados, Gilmar Mendes é criticado pelos apoiadores do PT como alguém que anda nos corredores de Brasília agindo sobre as orientações do PSDB, Teori Zavascki já recebe criticas de politizar suas decisões abraçadas ao interesse da base governista. Diante deste quadro o supremo parece dividido num país de cenário caótico que precisa julgar imediatamente essas acusações sobre os políticos para proporcionar um terreno favorável aos sonhos de uma reforma política.
Muitas denúncias trazidas ao STF pressionam os ministros a medirem seus posicionamentos nos despachos tramitados, Gilmar Mendes é criticado pelos apoiadores do PT como alguém que anda nos corredores de Brasília agindo sobre as orientações do PSDB, Teori Zavascki já recebe criticas de politizar suas decisões abraçadas ao interesse da base governista. Diante deste quadro o supremo parece dividido num país de cenário caótico que precisa julgar imediatamente essas acusações sobre os políticos para proporcionar um terreno favorável aos sonhos de uma reforma política.
Fotos: Reprodução
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