A diversidade cultural quilombola foi apresentada por mulheres de
diversos Territórios de Identidade da Bahia em um desfile realizado
nesta sexta-feira (30), na Praça Quilombola, localizada na 9ª Feira
Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, que acontece no
Parque de Exposições de Salvador, em paralelo à 31ª Feira Internacional
da Agropecuária (Fenagro), até este domingo (02).
Roupas, bijuterias e acessórios enfeitaram e deram cores às agricultoras
que desfilaram e mostraram para os visitantes um pouco da beleza e da
identidade das quilombolas baianas.
A costureira e estilista Sandra Gonçalves, de Cruz das Almas, afirmou
que produzir essas roupas faz um resgate dessa cultura: “É a identidade
desse povo que me inspira. Eu me sinto orgulhosa em poder mostrar as
minhas peças em um evento como esse e ver que as pessoas estão
gostando”.
A produtora de ostras Juscilene Viana, do Centro de Educação e Cultura
Vale do Iguape (Cecvi), desfilou e destacou que participar da feira está
sendo importante para mostrar não só os produtos da agricultura
familiar, mas a cultura das comunidades quilombolas: “Hoje a gente
mostrou a vestimenta do povo quilombola, a história do povo quilombola,
através da sua vestimenta, da sua identidade, foi isso que a gente levou
para o desfile, o colorido das comunidades quilombolas, do povo negro e
da nossa comunidade, e a forma como valorizamos e nos vestimos no dia a
dia”.
Para a artesã soteropolitana Adrielle de Jesus Silva, participar do
desfile foi gratificante: “Na sociedade, sendo mulher negra, temos que
buscar o nosso empoderamento. Então, cada vez mais, quando ocupamos os
espaços que nos são permitidos, a gente avança, e com isso vamos
fortalecendo nossas raízes e o nosso povo, mostrando que a mulher negra
vai muito além de um corpo bonito e um cabelo bonito. Ela é empoderada
por ela ser mulher!”.
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