Sequestro de Pau da lima

As chegadas e saídas de viaturas e ambulâncias do Salvar não intimidavam a aglomeração de curiosos e vizinhos ao longo da estreita rua. Policiais da Rondesp demonstravam certo despreparo quando o assunto era isolar a área. Até por volta das 18 horas, o trânsito ficou sem qualquer restrição, como também o acesso de curiosos em áreas bem próximas ao prédio onde a ação se desenrolava. Na expectativa de qualquer final, os curiosos não deixaram de fazer correlação entre o seqüestro de São Paulo, que terminou de forma trágica, com aquele que acontecia no bairro. “Será que esse rapaz se espelhou na ação desastrosa do paulista?” , perguntava uma evangélica que saia de culto bem perto do prédio. Cada movimentação de médicos, enfermeiros do Salvar e de policiais fortemente armados era motivo de manifestação daqueles que assistiam a tudo como se fosse a um filme, uma reprise de algo visto recentemente. O comércio do lugar fechou as portas. Apenas aqueles que tinham grades com dispositivo de segurança ainda permaneceram em funcionamento por algum tempo. Uma movimentação de viaturas e ambulâncias, como se o caso fosse finalizar da área, no final da tarde, fez o pequeno grupo mudar de idéia e as portas foram cerradas.