
com atividades diárias incluindo palestras, rodas de copeiras e oficinas de movimento.
O evento será aberto às 17 horas desta quarta-feira, com o credenciamento dos participantes, seguindo-se, às 19h, da instalação oficial dos trabalhos. Durante o período do encontro, além das oficinas, palestras e rodas de capoeira, haverá relato de experiências, confecção de berimbaus e interpretação de ladainhas. O encerramento do encontro será no domingo (13) ao meio dia, com uma feijoada servida aos participantes.
“O objetivo principal é chamar atenção da comunidade de capoeiristas e simpatizantes sobre os rumos que a capoeira angola vem tomando hoje quando ocorre a globalização da cultura afrobrasileira”, afirma mestre Moraes, presidente do Grupo de Capoeira Angola Pelourinho (Gcap) que organiza o evento. Com grupo estabelecido no Forte há 27 anos, Moraes terá o aniversário comemorado na abertura do evento e deve conduzir e mediar as discussões durante a programação.
Patrimônio cultural
Além de ser reconhecida como Patrimônio do Brasil desde 2009 pelo Ministério da Cultura (MinC), e patrimônio cultural da Bahia pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) desde 2006, a capoeira é, segundo o MinC, o produto cultural brasileiro mais difundido no mundo. A capoeira é uma expressão cultural de matriz africana, mas que surgiu no Brasil trazendo a mistura de luta, dança, cultura popular e música, a partir da chegada dos escravos africanos e seus descendentes.
As palestras do ‘Iê dá volta ao mundo: a Capoeira Angola na atualidade’ contemplarão temas diversos como a história do Forte de Santo Antônio enquanto prisão, relatos de viagens a Angola feitas pelo Mestre Cobra Mansa e as subjacências da musicalidade da capoeira, entre outras temáticas.
História do Forte
Por três décadas, o Forte de Santo Antônio Além do Carmo, localizado no extremo norte da poligonal de tombamento federal do Centro Histórico de Salvador, vem servindo como centro de ação e difusão da capoeira. A edificação é tombada como Bem Cultural da Bahia, por meio do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural, autarquia vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult), que também foi responsável pela restauração da fortaleza, administra o prédio secular e que cede o espaço a academias de capoeira.
Propriedade da União cedida à Secult, o forte fica no mesmo lugar da extinta trincheira de defesa Baluarte de Santiago, construída em 1627, após a expulsão dos holandeses de Salvador. Na década de 1950, foi transformado em Casa de Detenção só vindo a ser desativada em 1976, sendo que, durante o regime militar, abrigou presos políticos.
ecomalmente, o Forte sedia ações de caráter social, educativo e cultural, desde as atividades das academias de capoeira até eventos que trabalham com linguagens e manifestações artísticas. Outras informações podem ser obtidas através do endereço eletrônico gcap30anos@yahoo.com.br e pelos telefones (71) 3117-1488 e 3117-1492.
*Agecom
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