Erasmo Carlos começou seu show na sétima edição da Virada Cultural pontualmente às 17h deste domingo (17), bem-humorado e visivelmente emocionado.
O cantor subiu ao palco montado no largo do Arouche (região central de São Paulo).
Aos 72 anos, de jaqueta de couro, apesar do calor, ele chegou a brincar que o show da Virada Cultural “estava sendo um orgasmo inenarrável”. A mulherada vibrava a cada frase do músico.
O cantor afirmou ainda que estava muito feliz por completar 50 anos de estrada falando de amor.
No repertório, sucessos de toda a sua carreira, como Negro Gato, Mulher (que dedicou às mulheres da Virada) e É Preciso Saber Viver.
- Quando os Rolling Stones não cantam Satisfaction ou o Roberto Carlos não canta Detalhes, todo mundo fica triste. Mas eu canto meus sucessos porque não quero ver ninguém triste aqui hoje.
Além de cantar seus hits, o compositor conversou bastante com os fãs, contando histórias engraçadas.
Erasmo relembrou histórias suas com o Rei e disse que houve uma época em que os dois cultivavam um lado hippie, falando da natureza.
- Nos anos 70, a gente cantava letras falando da natureza, mas ninguém dava bola. Agora, todo mundo repara no Sting e o Bono Vox. Ninguém dava importância para a gente porque cantávamos em português.
Quando cantou É Proibido Fumar, já perto do fim da apresentação, o roqueiro foi deixando o palco. Em clima de brincadeira, foi trazido de volta.
Aí, então, pegou o violão e cantou Cover, de seu mais novo CD, Rock N´Roll, ao lado de um sósia de Roberto Carlos que distribuiu flores para a plateia, um dos pontos altos do show.
A apresentação contou com os arranjos do maestro José Lourenço (teclados), que há 25 anos toca com Erasmo. O baixista Dadi Carvalho (que trocou o baixo pela guitarra), o guitarrista Billy Brandão e os novatos da banda Filhos de Judith, acompanharam o tremendão no palco.
Erasmo ofereceu o show a Ana Paula Braga, filha de Roberto que morreu na madrugada deste sábado (16), aos 47 anos.
*R7

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