“Acho que teremos um semestre ainda mais movimentado. Estamos notando uma fragmentação cada vez maior da base governista na Câmara. A presidente tem uma base grande, mas com problemas cada vez maiores. Talvez o nível de deteriorização da base seja igual ou maior do que o ex-presidente Lula enfrentou com o mensalão”, ressaltou o parlamentar.
O deputado vinculou a presidente Dilma Rousseff e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, ao suposto esquema de corrupção no Ministério dos Transportes. "Não há distinção entre Lula e Dilma. Tanto o ex quanto a atual presidente devem ser responsabilizados. Não existe isso de herança deixada por Lula. Dilma era o coração do governo passado. Ela era a mãe do PAC", lembrou, ao comentar indícios de superfaturamento de obras e recebimento de propina por empreiteiras. "Não acredito que a presidente não tenha tomado conhecimento sobre essas irregularidades antes”, complementou.
ACM Neto disse que a presidente tem usado de dois pesos e duas medidas na questão do escândalo envolvendo a pasta dos Transportes, já que só exonerou indicados do PR na pasta, “enquanto há integrantes do PT também com suspeita de envolvimento”. Ainda de acordo com Neto, o mesmo aconteceu com o ex-ministro Antonio Palocci, quando da acusação de que ele teve o patrimônio aumentado em 20 vezes entre 2006 e 2010. “Em suma, a presidente tem dado um tratamento adequado ao PR, mas não ao PT”.
O líder revelou que pretende convocar o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, para prestar esclarecimentos na Câmara após o recesso. Para o deputado, as denúncias de corrupção dentro do governo "enfraqueceram, desgastaram e fragmentaram o governo Dilma neste primeiro semestre, ao passo que a oposição vem conseguindo superar a crise".
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