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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dislexia na escola: como tratar o problema?

Seu filho costuma ler devagar, tem dificuldades de aprendizado e está abaixo da escolaridade normal? Estes sintomas podem significar que ele é disléxico. Problema que atinge de 10% a 15% da população mundial, a dislexia é diagnosticada principalmente no sexo masculino e pode ser tratada como qualquer outra doença.
Os primeiros indícios podem surgir ainda na alfabetização e costumam estar relacionados ao atraso na linguagem, à troca de letras na fala e à dificuldade  na nomeação. “Não há estudos precisos a este respeito, mas suspeita-se que o índice de evasão escolar por causa da doença seja elevado”, acredita a pedagoga Ana Regina Monteiro, responsável pelo Centro de Atendimento à Diversidade (CAD) do Colégio Perfil.  “Por isso, é importante que os pais e professores conheçam os sintomas para que possam encaminhar o aluno a uma equipe multidisciplinar”, conclui.
Para identificar crianças que possuem este problema, Inez Bambirra, supervisora do CAD, diz que é possível observar alguns sintomas; “Os primeiros sinais se manifestam na escrita e leitura e podem incluir dificuldades no ditado, inversão ou substituição das letras, separação inadequada das palavras, má pronúncia em palavras familiares, falha na cópia, dentre outras”, enumera. “Além das dificuldades com a Língua Portuguesa, estudantes que apresentam esta doença também tem dificuldades com línguas estrangeiras ou em disciplinas que envolvem leitura e compreensão de texto, como Geografia, História e Ciências”, completa.
O distúrbio não impede ninguém de aprender. Em geral, os disléxicos são pessoas criativas e não raro possuem inteligência acima da média. Muitos se destacam na música (o cantor John Lennon), na ciência (Albert Einstein), nas artes (Leonardo da Vinci e Vicent Van Gogh), na política (Winston Churchill) ou nos negócios (Henry Ford). “Não há nenhum problema em uma criança com dislexia freqüentar um escola regular; ele é um aluno como outros e pode ser aprovado em qualquer exame, inclusive no vestibular”, esclarece Ana Regina.
Mesmo talentosos, os disléxicos costumam ser rotulados de preguiçosos, ou apontados como problemáticos, o que pode causar outros danos, do ponto de vista emocional. “A dificuldade em administrar o tempo na execução de atividades, dificuldades relacionadas à atenção e memória são apenas algumas das dificuldades. Por conta destes problemas, muitos desenvolvem baixa auto-estima, que dificulta a execução e apresentação de trabalhos. Aliado a tudo isto, estes sintomas também podem desencadear problemas emocionais, tais como depressão e ansiedade”, conta Inez.
Neste ponto, o papel da escola é fundamental. O mais importante é entender as reais dificuldades do aluno e acompanhar de perto seu processo de aprendizado. “O tratamento não é realizado pela escola, mas ela atua como colaboradora sob a orientação de especialistas que acompanham o estudante aos locais de atendimento. É fundamental trabalhar com o aluno e não para ele, o que significa que a mudança de atitude do professor frente à aprendizagem sirva como modelo e referência para o aluno”, orienta Ana Regina. “A boa relação entre os membros da família também é essencial. Os pais precisam aceitar as dificuldades e tentar não fazer exigências acima das possibilidades do aluno; eles devem, antes de tudo, servir como apoio emocional e ajudar a superar as dificuldades. A compreensão e parceria são fundamentais para garantir o futuro destes jovens”, completa Inez.

Ping Pong: Dislexia
1. Há algum tratamento diferenciado para este tipo de problema ?
Há tratamento diferenciado e ele é realizado de acordo com o tipo de Dislexia apresentado.
2. Como um profissional da educação pode tratar o problema?
O tratamento não é realizado pela escola, esta atua como colaboradora sob a orientação de profissionais especialistas que acompanham o estudante em seus locais de atendimento.
3. Existem matérias que são mais complicadas para alunos que tem este perfil ?
Sim. Os alunos com Dislexia apresentam dificuldades inerentes à Língua Portuguesa (leitura e escrita), não só na língua materna, como nas línguas estrangeiras e também nas disciplinas que envolvem leitura e compreensão de texto como Geografia, História e Ciências.
4. Um aluno com Dislexia pode frequentar uma escola normal ?
Sim, não há nada que impeça. Ele é um aluno como outros, com peculiaridades inerentes a cada um.
5. Há alguma lei que prevê tratamento diferenciado para alunos com este tipo de dificuldade ? Se a resposta for positiva, quais direitos são assegurados por estas leis?
Específica não. Mas quando utilizamos a expressão necessidades educacionais especiais estamos nos referindo a crianças e jovens cujas necessidades decorrem de sua elevada habilidade ou de suas dificuldades para aprender.
A inclusão do aluno disléxico na escola, como pessoa com necessidade especial, está garantida e orientada por diversos textos legais e normativos, como:
A lei 9.394, de 20/12/1996 (Lei de Diretrizes de Bases da Educação). Além da LDB ainda temos a lei 8.069, de 13 de julho de 1990 (ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente) ; a Deliberação CEE nº 11/96 que prevê que a avaliação final do aluno “deve refletir o seu desempenho global durante o período letivo no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados obtidos durante o período letivo sobre os da prova final. Considerando-se as características individuais do aluno e indicando sua possibilidade de prosseguimento nos estudos.”
A indicação do CEE nº 5/98, de 15/04/98-D.O.E em 23/09/98 reza que “ (...) educação escolar consiste na formação integral e funcional dos educandos, ou seja, na aquisição de capacidades de todo tipo: cognitivas, motoras, afetivas, de autonomia, de equilíbrio pessoal, de inter-relação pessoal e de inserção social.”
A lei nº 10.172 de 9 de janeiro de 2001- Plano Nacional de Educação – Capítulo 8 – Da Educação Especial  8.2 – Diretrizes : “ A educação especial se destina a pessoas com necessidades especiais no campo da aprendizagem, originados quer de deficiência física, sensorial, mental ou múltipla, quer de características como de altas habilidades, superdotação ou talentos. Finalmente citamos o Parecer CNE/CEB nº 17/2001 Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001:
“ O quadro das dificuldades de aprendizagem absorve uma diversidade de necessidades educacionais, destacadamente aquelas associadas a: dificuldades específicas de aprendizagem como a dislexia e disfunções correlatas; problemas de atenção, perceptivos, emocionais, de memória, cognitivos, psicolinguísticos, psicomotores, motores, de comportamento; e ainda há fatores ecológicos e sócio-econômicos, como as privações de caráter sociocultural e nutricional.”
6. As avaliações realizadas com estes alunos são diferenciadas?
Sim. Há casos em que o aluno necessita apenas que suas avaliações sejam apresentadas com letras maiores e impressas somente na frente do papel. Em outros casos é necessário uma adaptação nas consignas especialmente na utilização de comandos verbais claros e diretos. A mediação se faz necessária sempre que o aluno pontua dificuldades de compreensão da questão. Na correção o professor deverá considerar as dificuldades específicas do aluno disléxico.
7. Como um professor percebe que um aluno tem este problema? Quais são os principais sintomas?
Os primeiros sintomas se manifestam na escrita e na leitura :
Dificuldades no ditado,
Substituições: mudanças de letras por outras de fonética similar,
Inversões: modificação da sequência das  letras ou das sílabas em uma palavra,
Omissões: supressão de uma ou várias letras ao ler ou escrever,
Agregados: aumentar letras ou combinações de letras ou repetí-las,
Dissociações: separação inadequada das palavras,
Má pronúncia em palavras familiares,
Dificuldade para fazer rimas,
Perda do lugar do texto que se estava lendo ou do lugar em cima, embaixo, esquerda, direita na leitura – escrita,
Falha na cópia,
Além desses  comportamentos facilmente observáveis há inúmeros outros, inclusive de ordem motora, visual, visomotora, espacial.
8. Quais as principais dificuldades que um disléxico enfrenta na escola?
Dificuldade em administrar o tempo na execução de atividades, dificuldades relacionadas a atenção e memória. Muitos desenvolvem a baixa auto-estima que dificulta a execução e apresentação de trabalhos. Estes sintomas também podem desencadear problemas emocionais, tais como depressão e ansiedade.
9. Há alguma relação entre inteligência e Dislexia?
A capacidade cognitiva do disléxico em geral é preservada, ou muitas vezes acima da média, a diferença está na forma do seu funcionamento, há um déficit no processamento fonológico da informação( não consegue identificar símbolos gráficos, letras e números) resultando nas dificuldades já descritas.
10. Um aluno com dislexia pode ser aprovado em exames comuns aos outros alunos e também no vestibular?
Com certeza.
11. Há algum aluno ou ex- aluno do colégio que pode servir de personagem para ilustrar este tema?
Sim, vários.
12. Como o problema deve ser tratado na escola? E os pais, como eles podem ajudar?
É fundamental trabalhar com o aluno e não para ele. Isto significa que na mudança da atitude frente à aprendizagem o professor pode e deve ser um bom modelo para que o aluno utilize como referência.
A família deve ser um grupo estável e consistente, com limites claros. É importante que eles mantenham uma boa relação entre eles, o que possibilita um acordo sobre as regras, limites e deveres. Precisam aceitar as dificuldades que as crianças apresentam sem negá-las, nem minimizá-las ou maximizá-las. Devem saber conhecer e aceitar as dificuldades tentando não fazer exigências acima de suas possibilidades.  “ Devem ser um apoio emocional para a pessoa com dificuldades, ajudando a superá-las.”
13.Qual a fase da vida em que o problema começa a ser percebido? Qual profissional faz este diagnóstico?
No período da alfabetização. Geralmente os primeiros sintomas são observados pela professora. Neste caso a escola encaminha o aluno para ser avaliado por uma equipe multidisciplinar que inclui fonoaudiólogos, psicopedagogos, psicólogos e outros.
14. A Dislexia pode ser encontrada também em um adulto?
Sim, uma vez que ainda não se conhece um tratamento que solucione definitivamente o problema.
15. Como uma pessoa pode enfrentar a dislexia na vida escolar?
Com o apoio da família e de profissionais especializados.
16. Como diferenciar uma criança mal alfabetizada ou com dificuldade de aprendizado de uma criança disléxica?
A criança disléxica apresenta dificuldades específicas na lectoescrita. Ela encontra dificuldades na aprendizagem da  leitura apesar de ter um desenvolvimento intelectual para esse processo.
No caso da criança mal alfabetizada diferentes fatores constituem sua causa: emocionais, motivacionais, socioculturais ou educativos (método adotado para a alfabetização). No caso da dislexia nenhum dos fatores mencionados é a causa explicativa.





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