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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Costa Concordia ameaça afundar em 'abismo' no Mar Tirreno

As águas do Mar Tirreno estão tão movimentadas que o cruzeiro Costa Concordia, que naufragou na sexta-feira perto da ilha de Giglio após se chocar com uma rocha, já se deslocou nove centímetros na vertical e um centímetro e meio na horizontal, ameaçando deslizar a um abismo de 90 metros no qual ficaria submerso a cerca de 150 metros da costa.
Foto: Reuters
Bote com membros da equipe de resgate próximo ao cruzeiro Costa Concordia, navega pelo mar Tirreno, na ilha de Giglio
"O navio fala e isso não é um bom sinal", disseram os submarinistas à imprensa. Eles penetraram nas entranhas da embarcação em busca de desaparecidos e para maior rapidez nas operações utilizam pequenas cargas de explosivos para abrir o navio por sua quilha.
Nesta terça-feira, foram encontrados mais cinco corpos, elevando o número de vítimas fatais de seis para 11. Segundo balanço das autoridades divulgado na noite de segunda, o número de desaparecidos era 29: 14 alemães, seis italianos, quatro franceses, dois americanos, um peruano, um húngaro e um indiano..
Continua entrando água no navio pelos 70 metros de abertura de seu casco, que a formação de rochas abriu como uma faca quando ele tentou navegar a cerca de 500 metros da ilha de Giglio.
Os prognósticos meteorológicos não encorajam as operações de resgate. Na quinta-feira, é prevista uma forte ressaca e há o temor entre os mais pessimistas de que o navio, inclinado 30 graus sobre seu lado direito, possa se afundar completamente, o que acabaria com toda a esperança de encontrar alguém ainda vivo.
"Em direção ao abismo", dizem integrantes da unidade de crise do porto da ilha de Giglio. As rochas que mantêm o cruzeiro seguro em três pontos não são suficientes para sua segurança e estabilidade. Do banco de areia de 37 metros profundidade, o navio poderia deslizar em direção a uma depressão de 90 metros pronta para engolir a embarcação, uma possibilidade que tornaria dificilíssima a extração do combustível, 2.380 toneladas contidas em 17 cisternas na popa.
Os helicópteros sobrevoaram a região e avistaram algumas manchas, que poderiam ser de combustíveis leves e pertencer a lanchas locais, com o que acredita-se que seriam de fácil evaporação, segundo os especialistas. Trata-se de uma corrida contra o tempo para tirar o combustível, uma operação que poderia durar não menos que duas semanas.
O ministro italiano de Meio Ambiente, Corrado Clini, pediu à companhia Costa Cruzeiros que apresente nesta quarta-feira o plano previsto para esvaziar o depósito, e em dez dias, o programa para tirar o navio do ponto no qual se encontra.
A companhia holandesa Smit, que flutuou o submarino nuclear russo Kusk, que afundou em agosto de 2000, pretende flutuar e salvar o navio para depois rebocá-lo a um porto ainda não anunciado. Mas, para isso, é primordial tirar o combustível. As operações a cargo da companhia holandesa começarão na próxima semana, mas tudo "depende da estabilidade do navio", uma vez que dada a densidade do combustível, ele deve ser aquecido antes de extraído.
Para poder trabalhar a 40 metros de profundidade, é necessária uma complexa estrutura que inclui uma câmara hiperbárica para a recuperação dos mergulhadores após as imersões, assim como um recinto fechado apoiado sobre uma plataforma, no qual os submarinistas possam permanecer entre 7 e 15 dias, e uma cápsula móvel utilizada como elevador.
Os primeiros geradores de calor e os aparatos necessários para tirar o combustível já chegaram à ilha. Trata-se de evitar um desastre ecológico cuja magnitude seria não apenas para a ilha de Giglio, mas para todo o arquipélago toscano. Segundo os especialistas, se a recuperação do combustível for realizada sob a água, poderia acontecer um desastre ecológico.
A região onde aconteceu a tragédia é muito rica em tesouros paisagísticos e naturais, e até suas águas hospedam um santuário de cetáceos. Caso o cruzeiro afunde completamente, também formaria parte da paisagem marinha do arquipélago toscano já que passaria a ser o maior dos destroços do Mediterrâneo.
O lugar do naufrágio está protegido desde 1996, por estar dentro do Parque Nacional Arquipélago Toscano.
Com EFE

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