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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Marisqueiras quilombolas recebem equipamentos

Ao som da capoeira, a comunidade quilombola do Alto do Tororó, de São Tomé de Paripe, na região do Subúrbio Ferroviário em Salvador, comemorou a entrega dos equipamentos de segurança e de pesca às marisqueiras locais. A ação faz parte do Programa Vida Melhor e marcou a primeira entrega de kits às comunidades tradicionais na Bahia.

“O que está acontecendo nunca mais ninguém vai esquecer. Esse programa vai mudar a vida da gente. Agora, o povo negro está sendo lembrado. Isso é uma honra para mim. Eu me orgulho de ser marisqueira e de ser quilombola”, compartilhou a líder comunitária Maria de Fátima, de 52 anos. Para ela, o material entregue “trará segurança à rotina das colegas de trabalho”. Segundo ela, o grupo tem mais de 200 mulheres e apenas duas sabem nadar. “Só quem sabe sou eu e mais uma colega. O risco de cair e se afogar é grande”, afirmou.
Inclusão produtiva 
As marisqueiras receberam 40 coletes salva-vidas, três extintores, 15 redes de pesca e outros utensílios. Até o meio do ano, o programa disponibilizará a elas uma cozinha para a manipulação adequada dos mariscos e dez barcos de pesca. O secretário Carlos Brasileiro, titular da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), informou que esse é o início do processo de melhorias na vida da comunidade do Tororó. “O Vida Melhor incentivará a inclusão produtiva dessa comunidade. A intenção do governo Jaques Wagner é oferecer condições para que as famílias baianas consigam melhorar de vida. Com incentivo e estrutura, vocês conseguirão produzir mais, lucrar mais e ampliarão a renda familiar por meio do trabalho”, disse.

O representante da Casa Civil do Governo do Estado, Fábio de Freitas, da coordenação executiva do Programa Vida Melhor, falou sobre a força dessas mulheres. “Aqui eu pude comprovar a força das mulheres que integram esta comunidade. São guerreiras e trabalhadoras”.

A tradição do trabalho passa de mãe para filha. Dona Lindaura Silva, de 84 anos, tem “saudade da mariscada”, mas vê na filha a continuação da sua vida no mar. “Naquele tempo, não tinha modernidade. Hoje, graças a Deus, elas estão recebendo esses presentes. Vai ser tudo mais rápido e melhor”, falou.

Durante o evento, com danças, cantos e fantasias, a comunidade compartilhou parte da sua cultura. E, para finalizar a primeira ação do Vida Melhor em São Tomé de Paripe, as trabalhadoras ofereceram a toda a comunidade e às autoridades presentes um almoço, em que prato servido, como era esperado, foi a mariscada. 

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