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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Uma noite de homenagens e samba no pé

Quem foi ao Pelourinho, no último sábado, conferir a terceira apresentação do projeto Amarelo Verão, na Arena do Teatro Sesc Senac, assistiu a um encontro de sonoridades, num show empolgante, que trouxe a riqueza de ritmos ancestrais numa produção musical contemporânea e dançante. Tendo à frente a cantora e compositora Juliana Ribeiro, a noite contou com as participações de Adriana Moreira, de São Paulo, e do baiano Aloisio Menezes, referências no samba e afro-pop, respectivamente.
 
A sambista paulistana, Adriana Moreira emocionou a todos cantando músicas do compositor baiano Batatinha, como Direito de Sambar e Hora da Razão. Com os pés descalços, ela parecia querer sentir todas as boas vibrações emanadas no local. A platéia a reverenciou.

“Essa é a minha terra de coração, onde estão as minhas raízes, identidade. Foi aqui que busquei referências para minha obra em homenagem a Batatinha”, declara a sambista, fazendo alusão ao seu primeiro CD, em homenagem ao compositor. “Quero ainda trazer todos os meus músicos, aqui em Salvador, para fazer o lançamento do meu novo álbum”, revelou a cantora de MPB.

Adriana ainda aproveitou a oportunidade para divulgar canções do seu novo álbum intitulado Cordão, prestes a ser gravado e que deverá ser lançado oficialmente no final de julho deste ano. O novo projeto referencia artistas como Chico Buarque, Gonzaguinha, Nelson Cavaquinho e na nova geração de músicos, como Douglas Germano de São Paulo.

Para Adriana Moreira, o projeto Amarelo Verão atendeu ao que foi proposto na sua essência, trazendo “os cantos de outros cantos” e convergindo o tradicional ao contemporâneo. Sobre o samba, ritmo que se constitui a base do seu trabalho, Adriana avalia que a linguagem muda, outros ritmos são agregados, referindo-se às suas variáveis como o samba canção, o samba de quadra (comum em SP e no RJ), os enredos antigos, partido alto e o Samba de Roda, característico da Bahia, mas que ela ainda se identifica com o tradicional, de forma mais enraizada. “Faço o samba tradicional que, ao mesmo tempo, é contemporâneo e traz os temas de hoje”, define.

Já o cantor Aloisio Menezes, segundo convidado a se apresentar na noite, estava em casa e presenteou a todos com seu vozeirão. Durante sua apresentação, ele cantou novos sucessos de sua autoria e carreira solo como Reza, Benzedura e Simpatia e Trem das Yabás. No palco, o artista lembrou a cantora Clara Nunes, a “guerreira” como era conhecida que, se estivesse viva, completaria 70 anos em 2012. Menezes lembra que em toda a sua carreira, resumida em mais 20 anos no Afoxé Filhos de Gandhy, ela foi a única mulher a cantar no tradicional bloco.


Na sua trajetória musical, Aloísio Menezes é conhecido por experimentar variadas formas de sons, sempre ligadas às raízes africanas. No seu mais recente trabalho, com o grupo Afro Batá, o cantor mescla elementos da música cubana e do candomblé. O grupo surgiu há três anos, numa parceria com Portela Acúcar, do cortejo Afro. Tudo isso aliado, claro, a sua carreira com o afoxé Filhos de Gandhy, onde canta há mais de 10 anos e está há mais de 20 como um dos diretores. O músico, que integrou a primeira ópera negra baiana, Lídia de Oxum, ao lado de Margareth Menezes e Lazzo, também se destaca por suas participações nos teatros e cinema. Já integrou o elenco do Bando de Teatro Olodum, atuando e cantando em montagens como o “Novo Mundo”, “Ó Pai Ó”, “Woyzeck e “Medeia Material” com Vera Holtz e Guilherme Leme, sob a direção de Marcio Meirelles.

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