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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Itacaré e Uruçuca apostam no Porto Sul para geração de emprego e renda

O município de Itacaré, no litoral sul da Bahia e com 25 mil habitantes, é considerado um dos principais destinos turísticos do país. As belas praias e a natureza exuberante atraem turistas do Brasil e do exterior. Mas a cidade não se mantém apenas com a atividade turística, o que resulta num número elevado de pessoas desempregadas e em ocupações irregulares nos morros, já que na última década houve uma forte migração para a cidade.
Para os moradores de Itacaré, a implantação do Porto Sul, projeto do Governo da Bahia, que terá investimentos de R$ 3,4 bilhões, é a oportunidade de gerar um novo ciclo de desenvolvimento regional. O empreendimento está em fase de licenciamento ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e de realização de audiências públicas. A primeira foi realizada em Ilhéus e reuniu cerca de 3.700 pessoas. No período de 28 deste mês e 2 de junho, acontecerão outras nos municípios de Uruçuca, Itacaré, Itabuna, Itajuipe, Coaraci e Barro Preto. Com a concessão da licença ambiental, o Governo do Estado e a Bahia Mineração, que terá um terminal de uso privado, poderão dar inicio às obras.
“Precisamos de novos empreendimentos, e o Porto Sul beneficiará o município, na medida em que vai gerar emprego e renda em toda a região”, afirma o prefeito de Itacaré, Antonio de Anísio. Segundo ele, a cidade, por estar localizada a mais de 50 quilômetros do porto, não sofrerá danos ambientais. “Vamos continuar tendo um turismo forte e podemos investir também no turismo de negócios”.
Transparência
De acordo com o presidente da Associação de Moradores do Bairro Pituba, Luiz Quadros, o Porto Sul trará benefícios para a cidade, pois “o turismo é uma atividade sazonal e o maior empregador continua sendo a prefeitura”. O presidente da Cooperativa de Pesca de Itacaré, Agnaldo Grem, diz que a categoria apoia a implantação do porto, “porque irá gerar novos empreendimentos e aquecer a economia regional. Não podemos ser contra o desenvolvimento e acreditamos que a questão ambiental será equacionada com medidas compensatórias”.
A representante do Instituto de Turismo de Itacaré, Claudia Cruz, considera “o Porto Sul como uma necessidade para a região, e é importante que o projeto seja debatido com a comunidade para que se conheçam os impactos positivos e negativos. O Governo da Bahia tem agido com absoluta transparência e isso a gente tem que destacar”.
Segundo o operador de transporte e turismo, Antonio Eduardo Costa da Silva, “investimentos como o Porto Sul, a Ferrovia Oeste-Leste e o novo aeroporto de Ilhéus vão dar um novo dinamismo à região, gerando emprego e renda. Para o nosso setor, será bastante positivo”.
O representante da Associação de Cabaneiros de Itacaré, Fernando Costa Santos, “o turismo é a nossa vocação natural, mas o Porto Sul beneficiará a região como um todo. Com a melhoria da renda, as pessoas irão gastar mais com atividades de lazer e entretenimento”.
Uruçuca quer capacitar jovens para trabalhar no empreendimento
Município com 23 mil habitantes, Uruçuca sofreu um baque no início da década de 1990, quando surgiram, numa fazenda, os primeiros focos da vassoura-de-bruxa. A doença se alastrou rapidamente e em duas décadas reduziu em cerca de 80% a produção de cacau, mergulhando a região numa grande crise econômica.
O prefeito Moacir Leite afirma que “o Porto Sul é um projeto de grande importância para a região, pois vai impulsionar o desenvolvimento dos municípios, gerando emprego e renda”. Ele defende a realização de programas de capacitação, “para que os nossos jovens possam trabalhar no porto e nos empreendimentos que serão atraídos para o sul da Bahia”.
A estudante Eliana Pereira dos Santos, 17 anos, trabalha como vendedora de salgados e refrigerantes, mas mantém a expectativa de trabalho formal com a implantação do porto. “Hoje é muito difícil conseguir empregos aqui”. A esperança de Eliana é compartilhada pela professora Leila Rosa, coordenadora das escolas da zona rural. “Hoje, os jovens têm que sair em busca de emprego em outras regiões. O Porto Sul e a Ferrovia Oeste Leste vão reverter essa situação”.
Ampliar produção
A presidente da Ecovila de Serra Grande, que ocupa uma área de 99 hectares onde vivem 149 famílias, Onildes Maria da Rocha, afirma ser “favorável ao Porto Sul, para poder ampliar a produção, já que as coisas vão melhorar na nossa região”. A Ecovila produz feijão, milho, aipim, mandioca e hortaliças.
Para Joval Pereira, da Associação dos Pescadores de Serra Grand, o turismo é importante, “mas só gera empregos na alta estação. Por isso, nós defendemos o Porto Sul”. Segundo ele, o empreendimento não afetará a atividade pesqueira, “porque temos um governo que se preocupa com as questões ambientais”.
“O Porto Sul vai atrair indústrias para a cidade, absorver mão de obra local e aquecer o comércio e a prestação de serviços. É uma obra que mudará a vida da nossa cidade”, enfatiza o presidente da Associação Comunitária de Uruçuca, Edelson Silva.

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