Em pronunciamento na Câmara Federal, o Deputado Federal Jutahy Magalhães Júnior alertou as autoridades de que está chegando à mesa do consumidor brasileiro produtos derivados do coco importado, que desrespeita todas as normas ambientais, sanitárias e trabalhistas impostas à produção nacional. “Por não terem o padrão de qualidade exigido pelas leis brasileiras e por alguns subsídios locais, os produtos derivados de coco vindo da Ásia chegam ao Brasil com preços muito menores que os nossos e com a qualidade e segurança alimentar longe das nossas próprias exigências nacionais”, alertou.
O deputado lembrou que os representantes do segmento protocolaram, em 29 de novembro de 2011, no Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, uma norma técnica visando impedir as importações de derivados de coco para o Brasil, devido ao perigo que representam para entrada de pragas e doenças.
O deputado destacou que os representantes também solicitaram ao MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que interceda junto ao Ministério da Saúde e ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O objetivo, conforme relatou, é de que “sejam criadas normas que protejam os consumidores brasileiros, exigindo nada além do mesmo padrão de qualidade e higiene que exigimos das nossas empresas”.
Dados do coco
A produção de coco, na Bahia, gera cerca de 200 milhões de reais no Valor Bruto da Produção Agrícola (VBP), por ano. O Ceará, estado que ocupa a segunda posição no ranking nacional, possui em torno de 44 mil hectares em plantações. Conforme dados do Instituto, no ano de 2010, enquanto a Bahia produziu 623 milhões de frutos, o Ceará produziu 263 milhões, menos da metade da produção.
Só o Conde, um dos municípios da Bahia, tem uma área de mais de 15 mil hectares plantados. Essa área é superior às plantações de estados como Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Na Bahia, a produção de coco gera mais de 200 mil postos de trabalho. 88% dos produtores são proprietários, 60% não utilizam tecnologias e 74% comercializam sua produção por meio de intermediários.
0 comentários :
Postar um comentário