Capitania dos Portos instaura inquérito para apurar encalhe de ferryboat em Aratu
A Internacional Marítima foi notificada pela Capitania dos Portos e vai responder por descumprimento das regras regionais sobre tráfego. A Agerba, que fiscaliza a concessionária, não se pronunciou.
O Comando do Segundo Distrito Naval afirmou nesta sexta-feira (12), em nota de esclarecimento ao JORNAL DA MÍDIA, que o encalhe do ferryboat “Pinheiro” pela Internacional Marítima em um banco de areia na Baía de Aratu, não teve anuência da Capitania dos Portos da Bahia (CPBA). Além de notificar a Internacional, o 2º DN vai instaurar inquérito administrativo para apurar o caso e apontar os responsáveis pela ocorrência.
A irregularidade praticada pela atual concessionária do sistema ferryboat, contratada pelo Governo da Bahia, foi divulgada com exclusividade pelo JM, em matéria com o título Internacional Marítima importa ”know-how” da TWB e encalha ferryboat em Aratu.
Confira abaixo imagens exclusivas do arquivo do JORNAL DA MÍDIA sobre a “tecnologia” de encalhe de ferries na praia. Clique no player e assista ao slide
A embarcação foi levada para a Baía de Aratu no último dia 9 e encalhada em um banco de areia próximo à Marina Aratu. A prática irregular, que nunca é autorizada pela autoridade marítima, é feita sempre às escondidas. É uma maneira que o operador da embarcação, no caso agora a Internacional e antes a TWB, encontra para não pagar docagem em estaleiros, como a Base Naval de Aratu.
Vale lembrar que as embarcações do sistema ferryboat pertencem ao Estado, ao patrimônio público. A Internacional não trouxe nenhum ferry para a Bahia.
Além da operadora do sistema ferryboat, o comandante da embarcação também pode ser punido pela autoridade marítima. Informações que chegaram à redação do JM indicam que a ex-concessionária TWB “pagava por fora” pelos serviços de encalhe de um navio na praia de Gameleira ou na Baía de Aratu. A cota seria de R$ 10 mil para a tripulação.
Além de prejudicar a estrutura da embarcação, a prática também representa uma agressão ao meio ambiente. Praticamente colado ao banco de areia onde o ferry “Pinheiro” foi encalhado na Baía de Aratu está um manguezal.
Confira abaixo, na íntegra, a nota do Segundo Distrito Naval ao JORNAL DA MÍDIA:
Em atenção à notícia publicada por esse veículo de comunicação na última quinta-feira, 11 de abril, sob o título “Internacional Marítima importa know how da TWB e encalha ferryboat em Aratu”, o Comando do 2º Distrito Naval informa que a manobra de encalhe da embarcação “Pinheiro”, em um banco de areia situado nas proximidades da Marina de Aratu, no dia 9 do corrente mês, não teve a anuência da Capitania dos Portos da Bahia (CPBA).
Em razão do exposto, a empresa Internacional Marítima Ltda foi notificada pela CPBA, por descumprimento das regras regionais sobre tráfego, conforme previsto no artigo 23, inciso VI, do Regulamento da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (RLESTA). Será, ainda, instaurado um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), cujo prazo de conclusão é de noventa dias, para apurar as causas e responsáveis pelo ocorrido.
Fonte Jornal da Mídia
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